Não existe amor à primeira vista

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Pode existir paixão… Tesão. Mas amor de verdade, impossível. Quem pensa ser possível existir amor à primeira visto, não sabe direito o que é amor. Mas aí alguém pode dizer:

– Ah, mas quando bati os olhos em meu marido, deu um frio na barriga… Eu sabia que ele era o homem da minha vida.

Eu diria que você não amou logo de cara. Sentiu outra coisa. Paixão, por exemplo. Admiração também. O amor, porém, veio depois. Com o tempo. E esse tipo de coisa pode sim acontecer.

Amor à primeira vista é coisa de cinema, de novela, da literatura. Não da vida real.

Para amar é preciso conhecer. Ninguém conhece sem conviver. Quem diz que existe amor à primeira vista está afirmando que é possível amar um completo desconhecido. Está sustentando que aceitaria viver “na alegria e na tristeza” com alguém sobre o qual nada sabe. Porque amor de verdade envolve aceitação, renúncia, disposição para sofrer junto, suportar as dores…

Amor à primeira vista é, na verdade, atração, desejo, simpatia, empatia, encantamento… É a emoção à flor da pele em sintonia com as fantasias alimentadas ao longo de anos em que, nos sonhos, encontra-se um príncipe encantado.

Amor de verdade desenvolve-se com o tempo… Com as experiências de perdas e ganhos, com as gentilezas vividas a dois, frustrações e decepções administradas… Amor se cria e se alimenta. Não nasce de um simples troca de olhar. 

Receita para perder a esposa

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Não existe receita para fazer dar certo o relacionamento. Porém, é fácil pontuar alguns ingredientes que podem acabar com qualquer romance. E como os homens, com frequência, são mais displicentes, menos investem no relacionamento, hoje vou listar comportamentos que formariam uma espécie de “receita para perder a namorada” (ou esposa).

Não ser agradecido – Mulheres geralmente são carinhos e, principalmente no início do romance, adoram paparicar seus homens. Pode ser no preparo de um café da manhã diferente, um almoço gostoso ou um presentinho fora de datas especiais. Entretanto, se ela faz um carinho uma vez, outra vez, mais outra… E se em nenhuma ocasião o sujeito reconhece as atitudes da parceira, com o tempo, esses pequenos gestos gentis vão se tornando cada vez mais raros. É o tipo de coisa que causa frustração… Decepciona.

Não reparar na parceira e nem no que a envolve – Ela está super atarefada, criança chorando… Ou lotada de trabalhos na faculdade, com problemas no emprego… Está em crise com a família dela… E o camarada não nota. Ou, se nota, não apoia, não acolhe, não ouve. O homem que deseja preservar seu relacionamento, observa o que acontece com a parceira, demonstra preocupação e ajuda. Pode ser em coisas simples – como tirar os pratos da mesa – quanto se dispor para ajudá-la a procurar um emprego. Ou apenas ouvi-la.

Deixar de vê-la como uma mulher atrativa – Se o homem deixou de ver beleza em sua parceira, outro vai observar. Mais que isso, vai elogiá-la. Toda mulher quer se sentir admirada, desejada, amada.

Desconfiar de tudo – Ninguém gosta de responder interrogatório. E, infelizmente, alguns homens são controladores demais. Ter certo ciúme, um pouco de cuidado… faz parte. Diria até que é necessário. É até bom para o romance. Porém, ficar fuçando toda hora no celular, na caixa de e-mails, no facebook… Perguntar sobre tudo e sobre todos… Esse tipo de atitude desgasta o relacionamento. Quem ama confia.

Tratá-la mal – Quem gosta de ser maltratado? Quem se sente confortável sendo desrespeitado? Ninguém. Toda mulher deseja ser respeitada. A agressividade afasta, magoa o coração.

Não ter aspirações – Olha, até existem exceções, porém, como regra, diria que mulher não gosta de homem acomodado. O homem tem que desejar crescer, melhorar de vida… Isso passa segurança. Demonstra que ele não está parado no tempo, que tem interesse em oferecer conforto para a família.

Tornar o dinheiro um problema – De certa maneira, esse assunto está diretamente relacionado ao anterior. Da mesma maneira que mulher não gosta de homem acomodado, também não quer ter ao lado um sujeito mesquinho. E deixa eu explicar: não estou dizendo que o parceiro tem que abrir a carteira e fazer todos os gostos da mulher. Afinal, ter responsabilidade com os gastos é fundamental para o equilíbrio das finanças. O que estou dizendo é que não dá para ficar negando tudo, fazendo conta de cada real gasto em casa. Existe uma diferença entre ser econômico e ser avarento.

Enfim, se um homem permite-se agir de acordo com essa lista, recomendo que reveja suas atitudes. Ou, do contrário, pode ir dando adeus ao relacionamento.

Na segunda, uma música

Formada em 1982, a banda norueguesa Aha fez grande sucesso naquela década. Algumas de suas canções foram tocadas nas principais rádios do mundo ocidental. Embora fizesse parte de uma geração de artistas que produzia música para fazer sucesso (não muito diferente do que a gente vê hoje), o Aha garantiu um público fiel. Tanto é que, apesar de já ter parado por três vezes, o grupo segue fazendo shows pelo mundo. E neste ano estará no Brasil no Rock in Rio.

Para esta segunda-feira, escolhi a canção Take On Me. Aceita-me é uma música agradável. Produzida em 1986, tem um clipe muito legal de assistir. Take Me On faz parte da lista de grandes sucessos do Aha. Vale a pena espiar e recordar.

Quem é sábio edifica o relacionamento

Muitos relacionamentos fracassam por infidelidade, problemas financeiros, carência de amor, agressividade verbal e até física… Entretanto, parece-me que a principal razão é a falta de sabedoria. Sim, porque quem é sábio edifica o relacionamento. Gente sábia entende a importância do diálogo, reconhece o momento certo de falar ou calar, evita a exposição pessoal e do parceiro…

Ter sabedoria, ou inteligência emocional, é a capacidade de entender e trabalhar com as próprias emoções e também com as do parceiro. Gente sábia não age por impulso, mede as consequências de suas atitudes, dá conta de controlar-se mesmo quando se sente ofendido, não age de maneira arbitrária, não aceita ser manipulado e nem manipula o outro.

Essa capacidade pode ser desenvolvida. Porém, é necessário ter disposição em aprender, compreender, aceitar, acolher.

O caminho da sabedoria é construído sobre algumas bases. Entre elas, está o desenvolvimento da maturidade. E a maturidade emocional se adquire com a idade. As experiências de vida nos ajudam a crescer. É fato que alguns se tornam maduros muito cedo. Outros, são e serão eternos adolescentes. No entanto, maturidade também se adquire. Adquire-se com a autocrítica, com a busca por se conhecer… E se adquire ouvindo e observando pessoas sábias, gente de mais idade, gente equilibrada… Embora não existe fórmula pronta, aprende-se com bons exemplos.

Essa trajetória também passa por libertar-se do egoísmo. É natural que nosso olhar para o mundo seja baseado nas nossas próprias experiências. Lemos os movimentos da vida do lugar onde estamos. Ninguém sente o que o outro sente. Ninguém vê nada com os olhos do outro. Ainda assim, é necessário procurar entender as motivações do parceiro, o que o faz pensar como pensa, agir como age… E, por vezes, abrir mão de nossos próprios interesses em favor dos interesses da pessoa amada.

Sabedoria também se revela na capacidade de controlar o que a gente pensa. Não significa que é possível expulsar por completo pensamentos ruins, negativos, pessimistas. Porém, é possível sim questionar a razão e os fundamentos desses pensamentos. Quando a gente não fica alimentando coisas ruins na cabeça, as atitudes diante da vida se tornam diferentes. E o relacionamento ganha com isso, porque quando nossa mente é tomada por sentimentos negativos, afastamos a pessoa amada, culpamos o outro, cobramos… Quase sempre de maneira injusta.

O caminho da inteligência emocional também é construído com o perdão. Ninguém dá conta de viver bem guardando mágoa, rancor. A gente tem que aprender a perdoar para libertar-se do ódio, da raiva e até da inveja. Também é fundamental saber pedir perdão. Às vezes, somos orgulhosos demais. Temos a impressão que, se pedirmos perdão, nos rebaixamos, nos tornamos inferiores. Mas não é assim que funciona… Quando perdoamos, estamos investindo no relacionamento. E investir no relacionamento também requer o exercício da humildade, que nos aperfeiçoa como humanos, e um passo de confiança que vale a pena ter uma família pra chamar de sua. 

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Dois grandes erros que se comete no relacionamento

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Todo mundo quer uma relação feliz. Embora muita gente se acomode com o passar do tempo, no início do romance, acredito que as pessoas estão dispostas a fazer o seu melhor para viver bem no relacionamento. Penso que ninguém aceita dividir a vida com outra pessoa desejando ter problemas. Porém, eles aparecem. E por que aparecem se tudo que mais se deseja é evitá-los?

Está aí uma questão para a qual é difícil ter uma resposta. Na verdade, não importa o que se faça, as dificuldades vão surgir. Não temos controle sobre a vida. Isso significa que, ainda que esteja se esforçando muito, alguns dias serão de lágrimas e dor.

E diante das dificuldades que aparecem na vida do casal, alguns comportamentos podem ser determinantes para que o relacionamento afunde de vez.

O primeiro grande erro é “não encarar os problemas”. Por mais que isso possa parecer absurdo, é uma atitude compreensiva. Afinal, a pessoa se esforça tanto para que a relação funcione, e aí… parece que por mais que lute para dar certo, ainda assim, dá errado. Isso faz com que a pessoa se sinta ferida, frustrada, decepcionada porque o romance não é perfeito, não é como sempre sonhou.

Então a pessoa olha para o parceiro e pensa: “ele não está fazendo a parte dele”. O olhar passa a ser justamente esse: “se ele se esforçasse um pouco mais, não estaríamos nessa situação”.

Pois é… Acontece que quando você pensa assim, o outro também pode estar pensando de maneira semelhante. Talvez na cabeça do parceiro, ele também acha que está fazendo o melhor dele. E é possível que esteja… Por isso, quando os problemas aparecem, é necessário compreender, primeiro, que nenhum dos dois pode ter necessariamente culpa. Dificuldades fazem parte da dinâmica de um relacionamento. Segundo, é fundamental encarar a situação, dialogar com o parceiro, buscarem juntos uma solução e unirem-se para superar tudo o mais rápido possível.

Sabe qual o segundo grande erro? Encarar tudo sozinho. Enquanto alguns são omissos, outros acham que podem assumir o controle. Tenho repetido a tese óbvia de que relação se faz a dois. Assim, se algo ruim está acontecendo na relação, a responsabilidade é dos dois. Por isso, se uma dificuldade se apresenta, é importante entender qual é seu papel para encontrar uma solução. Mas… nunca deve tentar encarar tudo sozinho.

Portanto, quando os problemas aparecerem, converse abertamente com seu parceiro. Escute o outro e aceite suas opiniões. A comunicação só tem a melhorar seu relacionamento. E juntos sairão fortalecidos.

O poder destrutivo da inveja

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A inveja exerce uma poderosa força destrutiva na vida da gente. E, infelizmente, está mais presente no nosso dia a dia do que deveria estar.

Como sou professor, não raras vezes observo as movimentações entre os alunos. Em especial, após as provas. Tenho o hábito de não divulgar as notas. Porém, nem todo mundo age assim. E mesmo não tornando públicas as avaliações, os estudantes procuram saber as notas dos colegas. Entretanto, o que é bastante desagradável nessas ocasiões é notar as reações. Vez ou outra a gente escuta diálogos do tipo:

– Quem ficou com a melhor nota com o professor fulano? 
– Foi aquela loirinha sem vergonha, que vem sempre com uma saia que só falta mostrar a bunda.
– Ah… Eu já sabia que seria ela. Você ela fica sempre papeando com o professor? E os olhos dele chegam brilhar quando ela vem com aquelas blusinhas decotadas.
– E o perfume? Esses dias eu vi o professor comentando do perfume dela.

Sabe, as cenas podem ser outras, os personagens podem ser diferentes, porém creio que quase todo mundo já ouviu comentários desse tipo. Ou até participou de diálogos semelhantes. Nessas ocasiões, o talento, a capacidade e o empenho do outro raramente são notados. Não se questiona se pode haver algo, para além dos atributos físicos ou táticas de sedução, que tenha motivado as boas notas da garota bonita, a promoção na empresa do sujeito sempre falante, o sucesso financeiro do cara que está sempre falando com o chefe…

A inveja está presente em todos os ambientes. Inclusive dentro das famílias. E o mecanismo que sustenta a inveja é o conformismo, a insegurança, o medo de arriscar, de fazer diferente. É mais fácil ter inveja e listar defeitos na pessoa invejada que reconhecer o que lhe falta, o que é necessário mudar…

Do ponto de vista conceitual, a inveja pode ser definida como o desejo de algo que não se possui. A inveja produz angústia, tristeza e até ódio de alguém quando se observa o bem alheio – um bem que julgamos que nós merecemos.

Quando descobrimos que alguém tem algo que desejamos, surge a inveja. E pior, à medida que pensamos mais e mais no que não temos e a outra pessoa tem, os pensamentos se tornam mais profundos e, embora possamos não admitir, surge em nós uma convicção de que somos inferiores ao outro. Por isso, é quase natural tentar descaracterizar o outro. Ou, no caso da ilustração que usei, desqualificar a garota que tirou nota melhor. Prefere-se dizer que ela não tem mérito. Prefere-se afirmar que as conquistas dela são obtidas por atitudes não éticas; atitudes que nós não teríamos. Logo, a nota dela pode ser melhor, mas “nós somos melhores como pessoas”. Somos mais morais. É esse o discurso.

A inveja também nos tira a capacidade de nos alegrarmos pelas conquistas alheias. Tentamos relativizar os triunfos, as vitórias do outro… Tornar menores do que são. E sabe de uma coisa? Ao invés de desperdiçarmos energia com a inveja, que nos faz tanto mal e nos impede de crescer, deveríamos tentar desenvolver um outro tipo de sentimento pelas pessoas que invejamos: deveríamos admirá-las.

Sei que pode ser algo difícil. Entretanto, se alimentamos a inveja, destruímos a nós mesmos. Por outro lado, se nos esforçarmos para admirar os outros, nossas relações pessoais imediatamente se tornarão mais edificantes, mais felizes, nos tornaremos menos amargos. E o melhor, quem sabe até poderemos aprender com os acertos dos outros.

Na segunda, uma música

Dizem que mesmo pessoas apaixonadas precisam de um tempinho afastadas… Dizem que a distância faz bem ao amor. Mas Peter Cetera, em Hard to say I´m sorry, declara:

Não poderia suportar a distância
Mesmo que por um dia
De seu corpo
Não queria ser levado
para longe
da única que eu amo

Peter Cetera, que começou a carreira ainda na década de 1960, é um cantor norte-americano mais conhecido por ter sido baixista e vocalista da banda Chicago. Intérprete de canções românticas, há mais de 10 anos, Cetera não grava nada novo. Apesar disso, continua em atividade com shows em diferentes cidades, principalmente da América do Norte.

Neste vídeo, além da oportunidade de ouvirmos essa belíssima canção, temos um espetáculo de dança no gelo.

E então, vamos ver e ouvir?

Quando fazer sacrifício pelo outro é bom ou ruim?

sacrificio
Não é nada simples definir critérios para as concessões que são feitas num relacionamento. Deixa eu explicar melhor. É certo que, para funcionar, é necessário abrir mão de algumas coisas pelo outro. Porém, também é verdade que deixar de fazer coisas que gostamos em nome do relacionamento pode representar uma forma de negação da própria personalidade, uma maneira de anular-se. Então… como saber se estamos fazendo o certo pelo relacionamento ou se estamos construindo a própria ruína da vida a dois?

Pesquisadores da Universidade de Califórnia tentaram entender se os sacrifícios feitos no relacionamento são construtivos ou destrutivos. E embora possa até parecer simplista, creio que o resultado das observações desses estudiosos podem nos ajudar a refletir sobre as concessões feitas no dia a dia do casal.

Imagine a seguinte situação: você ama demais seu namorado (namorada, marido ou esposa) e entende que tem dedicado pouco tempo ao parceiro. Quer ficar mais tempo juntos. Então desiste de fazer uma pós-graduação para investir no relacionamento.

Para quem está de fora, pode até dizer:

– Que burrice! Só um idiota deixa de cuidar dos estudos, até da carreira por causa do relacionamento.

Pois eu digo, e os pesquisadores concordam: se for uma escolha pessoal, algo que você decidiu sem pressão alguma do outro, se for pelo desejo de construir uma relação com mais intimidade, com maior comprometimento, não vai se arrepender. Mesmo que no futuro não dê certo, você saberá que fez o melhor que podia fazer para serem felizes juntos.

Quando o sacrifício pelo outro é ruim? Quando você se sacrifica por pressão. Os estudiosos observaram que as pessoas, quando abrem mão de sonhos, afastam-se de amigos, familiares etc., apenas para agradar o outro, correm sério risco de se arrependerem. E o motivo é simples: não houve convencimento de que é o melhor para os dois. A pessoa está fazendo apenas para não ter de enfrentar cara feia, de não ficar brigando… É como se não tivesse outra opção, entende? Ou você se sacrifica ou o parceiro vai arrumar confusão. Se isso acontece, há grande chance de o casal ter problemas no futuro.

Por isso, o melhor critério antes de sacrificar-se é se questionar: estou fazendo isso por que quero melhorar meu relacionamento? Por que é algo que vai me fazer bem? Ou estou fazendo isso por medo de não ceder, por me sentir intimidado pelo outro?

Quer casar? Assuma o compromisso!

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Tempos atrás recebi uma ligação. Estranha, preciso reconhecer. Do outro lado, um homem falava sobre um texto que escrevi a respeito dos divórcios, separações. Ele parecia abatido. Era de São Paulo. Mas não consegui atendê-lo. A ligação no celular estava ruim. Não pude ouvi-lo, conversar sobre suas queixas.

Entretanto, entendi que ele queria que eu falasse mais sobre divórcio. Após desligar, fiquei imaginando… O que homem precisava? Estaria desesperado? Estaria pensando em se separar? Será que seu casamento já acabou? Não tenho as respostas. Mas sei que muitas famílias estão se desfazendo todos os dias. São homens e mulheres que sonharam ter uma vida feliz, mas encontraram desilusão.

Tenho uma visão conservadora a respeito dos casamentos. Defendo que a decisão de se casar seja um ato racional, responsável, consequente. Afinal, ninguém é obrigado a subir ao altar. Trata-se de uma escolha. E escolhas não se fazem de afogadilho.

Contudo, nem sempre é assim que acontece. Tem gente que namora dez anos. O casamento não dura seis meses. É um direito da pessoa, claro. A lei permite. Até mesmo Cristo reconheceu o direito ao divórcio. Mas o que me impressiona é a incapacidade de alguns de exercitar a paciência e pôr em prática o amor.

O casamento pode ser qualquer coisa, menos algo fácil. Homem e mulher são diferentes por natureza. Num relacionamento, outras diferenças aparecem. São aquelas originadas na formação de cada um. Coisas simples… Por exemplo, um tem o hábito de tomar café pela manhã; o outro não. Um costuma jantar – arroz, feijão, carne, salada etc. O outro prefere um lanchinho.

Tem aqueles que são organizados. Separam meias, camisas, blusas, cuecas, calcinhas por cor. Os sapatos ficam divididos entre os de uso para o trabalho, para ocasiões informais, para festas… Já o cônjuge é daqueles que não vê problema em deixar tudo misturado. Esquece a toalha molhada por sobre a cama, bebe água na boca da garrafa…

Sabe, geralmente são as pequenas coisas que destroem um casamento. As pequenas diferenças, com o tempo, tornam-se irreconciliáveis. Chega um ponto que um não tolera o outro. As brigas ficam cada vez mais frequentes e as separações, inevitáveis.

É a solução? Depende. Lamentavelmente, na maioria das vezes, os problemas que motivaram a separação acompanham os sujeitos.
 E se casar de novo, talvez a história não seja muito diferente da anterior.