Acho difícil se concretizar, mas Edmar Arruda disse nesta quinta-feira na CBN Maringá que pode ser candidato a prefeito em 2012. O deputado federal sonha ser prefeito da cidade. Isto não é novidade para ninguém. Ele mesmo afirmou isso com todas as letras:
– Eu tenho um sonho de um dia, se Deus permitir, administrar essa cidade e poder implantar os projetos que eu tenho sonhado para essa cidade.
A afirmação é literal. É a reprodução do que ele disse no microfone da emissora.
Entretanto, entre o desejo de ser prefeito e a realidade, pelo menos para 2012, há uma enorme distância.
Edmar não quer disputar sem ter a garantia de que pode vencer. Não quer ser coadjuvante; quer ser protagonista. Ele sabe que, numa corrida em que existam cinco ou seis candidatos com densidade eleitoral, suas chances de chegar ao segundo turno são pequenas.
E o quadro que se configura é de uma briga entre vários nomes. Por exemplo, Enio Verri, Carlos Roberto Pupin, Dr. Batista, Wilson Quinteiro, Evandro Júnior… Só aqui temos cinco candidatos. Claro, alguns deles podem ser “substituídos”. Casos de Pupin e Evandro Júnior. Ainda assim, são cinco. Com Edmar, seriam seis. Seis candidatos com chances de brigar pelo executivo maringaense. E não podemos esquecer do presidente da Câmara de Maringá, Mário Hossokawa. Ele também quer a prefeitura. E teria tempo de TV, por ser do PMDB.
Na opinião do deputado, esse quadro só favorece a disputa polarizada entre situação (grupo do prefeito Silvio Barros) e oposição (Enio Verri, PT). Afinal, já entram na campanha como favoritos. Os demais brigariam pela terceira posição.
– Terceiro colocado não tem troféu. Não vai para o segundo turno.
Ou seja, se tiver que dividir as atenções do eleitorado com vários outros postulantes ao cargo, Edmar Arruda prefere ficar onde está: na Câmara Federal.
– Eu trabalho para reduzir ao máximo o número de candidatos. Nesse quadro, eu sou candidato a prefeito.
A decisão será tomada até o dia 30 de março
Cá com meus botões, como apontei no início, acho difícil. Não vejo espaço para uma costura política que reduza o quadro para apenas três ou quatro candidaturas fortes. Os partidos em Maringá são bastante influenciados pelo principal articulador da cidade, Ricardo Barros. Enio Verri também tem crescido em prestígio. É o presidente estadual do PT. Dialoga com toda a base que compõe o governo federal. E ainda conta com os caciques ligados à presidência para pressionar as lideranças locais. Isto tudo dificulta a estratégia de Edmar.
Ele pode conseguir? Pode. Em política, nada é impossível. Contudo, o cenário todo deve mesmo ser montado para a briga que todos esperam: Barros X Verri.