Quanto tempo você fica no trânsito?

Você já fez as contas de quanto tempo passa no trânsito? Eu fico mais de uma hora por dia no trânsito… Fiz a soma ontem à noite. E fiquei bem aborrecido. É tempo demais jogado fora. Dava para ler quase um livro inteiro. Assistir pelo menos metade de um filme. Ver pelo menos um episódio inteiro de uma série… Dava para ter uma hora a mais de sono.

Sabe, eu não sou o único que fica tanto tempo no trânsito. Uma pesquisa feita pelo Ibope revelou que 3 de cada 10 brasileiros passam pelo menos uma hora no trânsito por dia. E em cidades com mais de 100 mil habitantes, o percentual aumenta… São cerca de 4 para 10 moradores que ficam trânsito esse tempo todo.

A pesquisa também revelou que as pessoas que usam o transporte coletivo são aquelas que mais perdem tempo no trânsito. Muitas delas chegam a ficar cerca de duas horas dentro de um ônibus.

De acordo com o Ibope, quando questionado sobre a qualidade do transporte público, 36% dos entrevistados disseram ser ruim ou péssimo. Apenas 24% avaliaram como ótimo ou bom. E sabe o que é mais interessante? Quatro anos atrás, 39% das pessoas haviam avaliado positivamente o transporte público. Ou seja, se o índice positivo já não era tão expressivo há quatro anos, a situação se agravou ainda mais nos últimos anos.

Dois últimos dados… Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, pelo menos metade da população precisa de transporte público. E nas cidades com menos 20 mil moradores, só 16% da pessoas passam mais de uma hora no trânsito. Provavelmente, por trabalharem ou estudarem fora de seus municípios.

É difícil analisar em tão pouco tempo tantos dados. Porém, uma coisa é clara: as coisas não estão funcionando. Gente que passa muito tempo no trânsito é gente que se estressa mais, que cansa mais, que produz menos, que vive menos.

Portanto, é fundamental repensar a organização das cidades. O transporte público precisa ser mais eficaz, as pessoas precisam morar mais próximas do trabalho… E as atividades que as pessoas desenvolvem ao longo do dia não podem ser em lugares muito diferentes. Quanto mais você precisa ir de um lugar para outro, mais você fica em trânsito, mais tempo você perde no seu dia.

Faça as contas… Veja se não é o caso de, como sociedade, discutirmos mais seriamente alternativas para gastarmos menos tempo em carros, ônibus, motos… E sobrar mais tempo para efetivamente vivermos.

Cidades sustentáveis

As ruas do centro de Estrasburgo (França) funcionam como um calçadão; não há espaço para carros
As ruas centrais de Estrasburgo funcionam como calçadões. Não há lugar para os carros

Imagine o seguinte quadro… Você sai de casa de bicicleta. Percorre algumas quadras. Não precisa disputar espaço com carros, caminhões ou motocicletas. Chega num bicicletário, guarda a magrela. Logo ali tem um ponto de ônibus. O ônibus tem ar condicionado, é confortável e, o melhor de tudo, é rápido. Deixa você a três quadras do trabalho em dez minutos. Você desce, caminha por uma calçada ampla. Não há carros por ali. Apenas pedestres. Embora more a cerca de dez quilômetros do emprego, você usou três sistemas de transporte, mas não demorou mais que 30 minutos.

O quadro acima não é utopia. Já é uma realidade em várias cidades do mundo. Por exemplo, nesta semana (dia 28/3), em Bruxelas, três cidades europeias – Vitoria e Rivas-Vaciamadrid (Espanha), e Estrasburgo (França) – disputam o prêmio de melhor plano de intermobilidade. Elas possuem modelos que integram diferentes sistemas de transporte. E o foco é um só: sustentabilidade. (Veja o vídeo abaixo).

A palavra que está na moda, inclusive aqui no Brasil, por lá representa uma prática. As pessoas são desestimuladas a usar o carro. Não vale a pena. Os governos apertam o cerco contra quem quer circular de carro, mas oferecem contrapartida (não apenas eliminam estacionamentos e saem alardeando a necessidade de se usar ônibus sem oferecer nenhuma melhora no sistema).

Em Rivas (Espanha), a prefeitura acertou com o consórcio regional de transportes uma mudança significativa no sistema. Hoje, existem menos pontos de ônibus. As pessoas precisam andar mais, é verdade. Entretanto, com menos paradas, o transporte ganhou agilidade. Para garantir que os usuários não tivessem que andar tanto a pé, foi criado um sistema público de aluguel de bicicletas. Há vários pontos para locação. E a cidade apostou numa rede de vias para pedestres. O veículo é desestimulado. A lógica que norteia as ações do município é uma só: gastar com ruas e avenidas para circulação de carros é insustentável; beneficia poucos e custa caro. Ou seja, não vale a pena.

Em Vitória (Espanha), a administração municipal tem uma meta: garantir que o espaço público seja ocupado pelos pedestres, não por carros. O plano é ousado. Muito. Permitir que as vias públicas sejam ocupadas, no máximo, em 20% por carros (até 2050, esse índice é de 10%). Para isso, os estacionamentos ficaram muito mais caros. A velocidade máxima permitida é de 30km/h. Como contrapartida, o poder público já construiu 120 quilômetros de ciclovias (a proposta é chegar aos 150). O sistema de transporte coletivo também foi otimizado. Há menos linhas, mas ganhou em agilidade. Em cerca de 10 minutos é possível atravessar a cidade. Curiosamente, até a bicicleta sofre restrições. Certos pontos permitem apenas a circulação de pedestres.

No transporte coletivo de Estrasburgo, há lugar para bicicletas. É a integração plena

Sobre Estrasburgo, outra finalista do prêmio de mobilidade, nem é preciso falar. Há anos é uma referência mundial. Os espaços são muito bem definidos para pedestres (ruas e avenidas que servem apenas como passeio público), bicicletas, carros e tram (um veículo leve que funciona sobre trilhos – uma espécie de substituto do bonde). Para se ter uma ideia, o incentivo aos modelos alternativos é tanto que são quatro vagas de estacionamento para bicicleta para cada vaga de estacionamento para carro.

Num dos meus textos anteriores, ao falar sobre nossa mentalidade provinciana, ressaltei que antes do desenvolvimento econômico, a mudança começa pelo nosso jeito de ser e pensar. Nós, brasileiros, queremos carro, andar de carro. O carro é quase uma extensão nossa. Brigamos por mais investimentos nas vias públicas a fim de contemplar a fluidez e vagas de estacionamento para carros. Em Maringá, por exemplo, os comerciantes criaram uma celeuma em função de uma pobre ciclovia que seria construída no canteiro da principal avenida da cidade. A prefeitura fez um projeto porco, questionável… tudo às pressas (neste momento, tudo empacado).

Nas cidades-modelo em sistemas sustentáveis de transportes, planejamento é palavra de ordem (mas não demora décadas para sair). Nada é feito por acaso. E na medida que se restringe o carro, outros serviços são implantados, melhorados. Claro, quem promove mudanças, enfrenta resistências iniciais. Existem hábitos, costumes arraigados. Por isso, há necessidade de um amplo programa educativo. É preciso mudar a cultura. Pode parecer utópico, mas quando os objetivos são claros (e nobres), as ações transparentes, é possível construir uma nova realidade.

Transporte que dá medo

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Eu vivo dividido entre a defesa do transporte público e a crítica aos serviços prestados no Brasil. Ainda no post anterior falei um pouco sobre a mentalidade provinciana da nossa gente e a necessidade de se romper com a cultura dos carros. Entretanto, que argumentos favoráveis usar quando lemos nos jornais os casos de violência contra mulher em ônibus ou no metrô?

O transporte público em nosso país é ruim em todos os sentidos. É caro, demorado, antiquado, desconfortável e, pior, perigoso. Quem mulher pode se sentir segura ao entrar no metrô em São Paulo? Na última segunda-feira, 17, vimos a notícia a respeito de um universitário que foi preso por estupro. Ele foi acusado de molestar uma mulher de 30 anos dentro do trem.

No Facebook, páginas como “Encoxadores”, com mais de 12 mil seguidores, atraem muita gente. E ali são encontrados simpatizantes de ataques a mulheres no transporte coletivo. Isso é assustador!

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Defender um sistema de transporte que rompa com a lógica dos veículos particulares é fundamental para mudar o trânsito das grandes e médias cidades. Porém, não dá para implantar medidas restritivas aos carros enquanto o usuário do transporte público não tiver um serviço de qualidade. E seguro (Talvez meu discurso possa parecer conservador – ou até machista -, mas, tendo um pouquinho de condição econômica, eu não permitiria que minha filha usasse o ônibus ou o trem. Não dá para ficar em paz).

Por isso, semelhante ao que eu sempre digo a respeito da educação, só vou aceitar discurso de político incentivando o uso do transporte coletivo, quando nossos representantes fizerem a lição de casa. Promoverem o enfrentamento real dos problemas experimentados pelos cidadãos comuns (quem sabe usando rotineiramente ônibus ou trem para ir de casa ao trabalho, do trabalho para casa. Quem sabe até no lazer). Talvez nesse momento eles conheçam a realidade enfrentada pelos cidadãos e saibam por que todo mundo quer andar de carro próprio.

Onde vão ficar os carros?

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Foto: O Diário

Brasileiro gosta de carro. É inegável. Mas onde vamos colocar tantos veículos? Em Maringá, a principal avenida da cidade vai perder vagas de estacionamento. A prefeitura está retirando as chamadas “espinhas de peixe” – as vagas de estacionamento nos canteiros centrais. Faz parte de um projeto de revitalização da avenida visando transformá-la num binário – pista de sentido único.

A novidade afeta diretamente o cidadão. Mais que mudar o sentido da avenida e colocar as paradas de ônibus nos canteiros centrais, a situação se tornará ainda mais dramática para quem deseja estacionar na avenida. E sabe de uma coisa? A tendência é piorar. E em todo país.

Sim, do ponto de vista de estacionamentos em espaços públicos, não existem milagres. A frota de veículos não para de crescer e, para melhorar o trânsito, a saída é eliminar vagas. Isso vai tornar mais caro e difícil circular de carro no centro. Haverá impacto no comércio de rua? Difícil saber. Mas já tem muita gente chiando…

O cidadão não gosta nenhum pouco disso. A gente se acostumou a sair de casa e ter garantido um lugarzinho pra estacionar. Com os anos, isso mudou. Foi ficando cada vez mais difícil achar uma vaga. E agora, estão sendo eliminadas. Porém, não tem o que fazer. Não há como criar estacionamentos na proporção que aumentam os veículos nas ruas. Muito menos garantir vagas e ainda assegurar mobilidade. Estamos diante de um grande impasse. E vamos ter que nos acostumar com essa nova realidade. Aprender a pagar estacionamento privado ou a andar de ônibus… Deixar o carro longe do centro também é uma alternativa.

Protestos: reduzir a passagem silenciará o povo?

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Prefeituras de todo Brasil estão reduzindo as tarifas do transporte coletivo (até a de Maringá já colocou propaganda na tevê pra dizer que fez isso). Pressionados pelo grito das ruas, os prefeitos estão recuando – dando um jeito, digamos. Mas tenho um monte de dúvidas. Entre elas, será que os protestos deixarão de existir após as passagens caírem? Quem vai pagar pela redução? Será que os gestores pensam que basta atender a demanda mais imediata para silenciar a multidão?

Como apontei nos textos anteriores, tudo que a gente sabe é que nada se sabe a respeito desse momento histórico. E tudo que mais desejo é que os governantes estejam totalmente errados. Se por uma canetada o grito das ruas perder força, eles continuarão acreditando que estão no controle. Continuarão pensando que o povo é facilmente dominado.

Sabe, eles sempre estiverem com o jogo nas mãos. Ditavam o ritmo da vida pública. Orientavam – e ainda orientam – até a opinião pública. Talvez, no Brasil, pela primeira vez, o povo se antecipou, surpreendeu. E incomodou.

Políticos são flexíveis. Sabem dizer:

– Ok, vocês ganharam.

Recuam, mas não para mudar. Apenas como estratégia. Fazem isso com tamanha habilidade que o povo acha que venceu. Na verdade, tudo segue na mesma. Não, caro leitor, eles não são bonzinhos. Políticos têm projeto de poder. E, infelizmente, não representam a maioria.

Isso tem que acabar.

Os protestos têm pautas diversas. E as questões mais graves estão para além do transporte coletivo. A lista é imensa: segurança, educação, saúde, corrupção etc etc. Nossos líderes devem ser vigiados, monitorados. A luta deve ser contra a prática política, os costumes, os vícios.

Não basta, por exemplo, aceitar a redução das tarifas do transporte coletivo. É necessário entender como isso será feito. Não adianta essa conta sair do pagamento direto – no “caixa” do ônibus – e tornar-se indireto, com concessões às empresas de transporte que, no final, serão pagas pelo contribuinte (dinheiro nosso transferido para o caixa das empresas).

Esses protestos só se justificarão se os governantes foram constantemente incomodados, acuados… O povo tem que dar o norte, apontar as demandas, orientar as decisões da vida pública. Isso sim é retomar o comando do país.

Não, não é culpa do preço

Muita gente fala do preço do transporte coletivo. Principalmente em Maringá. Às vezes, transfere-se para a tarifa a “culpa” por não se usar ônibus. Afinal, o cidadão prefere o carro, a moto.

Esta semana, ouvi esse argumento de novo na Câmara de Vereadores. Uma parlamentar subiu na tribuna e sustentou que faltam vagas de estacionamento, que o fluxo no tráfego de veículos está comprometido porque as pessoas acham caro usar o transporte coletivo.

O argumento é pequeno, raso. Não revela a complexidade do problema. Não trata de todas as variáveis.

Eu discordo desse tipo de justificativa. Eu não deixaria o carro em casa mesmo que a passagem custasse R$ 1,00. E não é porque tenho dinheiro de sobra. É porque o transporte coletivo é ruim e não responde as minhas expectativas – e da maioria das pessoas.

Apesar da dificuldade para estacionar, para transitar nos horários de rush, ainda assim vale a pena tirar o automóvel da garagem.

Os ônibus estão sempre lotados. É desconfortável. E, em Maringá, brigar por espaço com a molecadinha beneficiada pelo passe do estudante não é nenhum pouco divertido. Vale acrescentar o fato de serem desrespeitosos, baderneiros…

Alguém aí acha que uma mulher, produzida para um dia de trabalho, sente-se bem naquele aperto todo, sem saber se o toque no bumbum é um esbarrão ou sacanagem de algum sujeito?

Tem ainda a espera no ponto. Na maioria dos bairros, mesmo no horário de ir pro trabalho, só passa um ônibus a cada meia hora (e nos fins de semana???). É preciso se adaptar ao ritmo do transporte coletivo. O atendimento não é personalizado. Sem contar que nem sempre tem um ponto perto de casa ou do trabalho.

E quando é preciso pegar mais de um ônibus? O sistema de integração é péssimo.
Ah… sem contar a demora na viagem. Dependendo onde a pessoa está e pra onde vai, pode-se gastar uma hora pra chegar.

Reduzir o preço da passagem não muda isso.

O cidadão só vai usar o transporte coletivo quando essas demandas forem solucionadas – preço, conforto, agilidade. E ainda assim nunca o ônibus será mais interessante que o veículo próprio. Por isso, há uma outra questão a se considerar: o desestímulo ao uso do carro. De que jeito? Pedágio urbano, eliminação de vagas de estacionamento, cobrança pelas vagas de estacionamento etc.

E tem mais: garantir formas alternativas de transporte. Valorização e respeito aos pedestres; implantação de ciclovias, ciclofaixas, espaços adequados para guardar as bicicletas, integração das bicicletas com o transporte coletivo, banheiros e vestiários nas empresas para banhos etc etc.

Este é o caminho. Infelizmente, nem tudo se resume a uma tarifa – que, no caso do transporte coletivo, nem é pago totalmente pelo trabalhador; é custeado parcialmente (ou totalmente) pelo empregador.

Pedágio urbano: não desejável, mas inevitável

Comecei o dia ouvindo uma discussão sobre a instalação de pedágios urbanos. O governo federal já liberou os prefeitos para tratarem do assunto. Afinal, o trânsito nos grandes centros é cada vez mais complicado. Temos um verdadeiro caos urbano. Cobrar pedágio do cidadão seria uma forma de tirar carros das ruas e avenidas.

Infelizmente, trata-se de uma estratégia necessária. Pode ser adiada, mas é inevitável. Nos países do chamado Primeiro Mundo foi adotada há algum tempo. Em cidades como São Paulo, Rio… é uma questão de tempo.

Em época de eleição, dificilmente um candidato vai admitir a adoção dessa medida, mas chegará um tempo que, pra manter as cidades funcionando, entre outras coisas, será necessário instalar pedágios como forma de desestimular o uso de carros.

Cá com meus botões, entendo que o problema é que, no Brasil, geralmente as ações são isoladas. Não se cria um ambiente que contemple todos os aspectos, de maneira sustentável. Quase sempre se atinge o bolso do cidadão, mas nada lhe é oferecido.

Por exemplo, não dá pra cobrar pedágio nos centros urbanos sem oferecer contrapartida: melhorar o transporte coletivo, ampliar ciclovias e ciclofaixas, estacionamentos para bicicletas, banheiros etc.

E em cidades médias, como Maringá, penso que, antes dos pedágios, há outras ações. Além de criar uma estrutura que estimule o uso de outras formas de transporte, é possível tirar carros das ruas eliminando os estacionamentos de ruas e avenidas. Cria-se um ambiente favorável para o fluxo de veículos e, ao mesmo tempo, motiva o cidadão a deixar o carro em casa.

O BBB do transporte coletivo

A Câmara de Maringá aprovou a instalação de câmeras de vídeo nos ônibus do transporte coletivo. O projeto nasceu no próprio Legislativo. E por demanda dos motoristas, preocupados com o aumento dos assaltos.

Em Maringá, meses atrás, a prefeitura licitou o serviço de transporte coletivo. Porém, não previu a instalação das câmeras. Poderia, mas não fez. Sabe-se lá por quê.

Os equipamentos são fundamentais. Podem não impedir completamente a ação dos bandidos, mas vão representar uma ferramenta a mais para combater os crimes ocorridos no interior nos ônibus. Trata-se de uma estratégia já adotada em várias cidades.

Claro, as câmeras devem representar um ônus para o próprio usuário. A empresa certamente vai repassar os custos para a planilha. Uma atitude lamentável. Afinal, tudo leva a crer que há “gordura” na planilha de custos da TCCC – Transporte Coletivo Cidade Canção. Contudo, em Maringá, a lógica da empresa nunca foi muito favorável ao passageiro. Ainda assim, as câmeras são necessárias. Por isso, vamos aguardar as reações do Executivo, que precisa sancionar o projeto, e da própria empresa, que ficará responsável pela instalação e monitoramento das imagens.

As manchetes dos jornais de Maringá

O DIÁRIO: – “Obrigada. Meu bebê voltou”
Duas horas depois de nascer, Nicolas foi levado de um hospital de Apucarana por uma mulher vestida de branco. Foram 22 horas de desespero para os país, até a polícia entrar a criança e a raptora, em Cambé. Marlene Miranda de Lima, de 40 anos, foi quem levou a criança. Mas ela ainda não falou à polícia por que raptou o bebê.

HOJE NOTÍCIAS: – Número de passageiros aumenta 146% em 2 anos

O aeroporto regional de Maringá Silvio Name Júnior precisa se adequar para atender ao aumento na demanda de passageiros. O superintendente Marcos Valêncio afirma que o aeroporto está projetado para atender 430 mil passageiros, mas este ano já deve fechar em 450 mil.

JORNAL DO POVO: – Licitação pode aumentar tarifa

A mudança de critérios no sistema de cálculos da tarifa de ônibus de Curitiba poderá resultar em aumento da passagem. A mudança está prevista no contrato firmado entre o município e as empresas que ganharam a licitação para explorar o transporte coletivo na capital do Estado. Mas as tarifas só devem sofrer alteração após as eleições deste ano.

Fiscalização é ponto fraco da regulamentação do serviço de mototaxi

A Câmara de Maringá aprovou ontem o projeto que regulamenta o serviço de mototaxi no município. Foi a primeira votação. No texto discutido nessa terça-feira aparecem uma série de exigências. Todas bastante coerentes.

Hoje, na CBN Maringá, abrimos espaço para discutir o assunto. Procurei ouvir alguém de Londrina. Afinal, por lá, os mototaxistas circulam regulamentados há dez anos.

Entrevistei o diretor de Trânsito e Transportes de Londrina, Wilson Santos de Jesus. Ele foi enfático: a fiscalização é o ponto fraco do serviço de mototaxi. As regras podem ser boas. Mas não é simples obrigar que sejam cumpridas.

Na opinião dele, a regulamentação do setor é necessária, mas geralmente a fiscalização é falha e, por isso, a atividade continua sendo exercida por clandestinos.

Wilson Santos de Jesus também criticou a falta de segurança nesse serviço de transporte e reconheceu que apenas uma legislação severa e cobrança de sua aplicação podem garantir benefícios aos usuários.