A Veja e o silêncio sobre o Mensalão

Às vezes me pego pensando: ou eu sou muito chato ou tem muita gente por aí que simplesmente não consegue ver um palmo além do nariz. É impressionante. Desde ontem estou “trombando” com essa imagem divulgada no Facebook:

Tem outras variações dela. Trata-se da capa da Veja desta semana acompanhada de algumas frases de crítica à revista.

Eu, sinceramente, queria entender o que motiva as pessoas a fazerem esse tipo de coisa. Sim, eu queria entender, porque não dou conta. Acho que meu raciocínio é curto demais. Tá… tudo bem. Eu até sei a motivação de quem produz esse tipo de imagem (mas este não é o assunto deste post). O que não entendo, na verdade, é o que gente, aparentemente informada, faz ao reproduzir, compartilhar esse pseudo-conteúdo.

Desculpa aí, mas, se compartilhou, de duas uma: ou você é ignorante ou muito ingênuo. Dá uma espiadinha na capa da Veja da semana passada.

Qual é o tema principal? Mensalão.

Não é? Você acha que é o José Dirceu? Ok, digamos que é o Dirceu. Mas… o petista não era o suposto chefão do esquema?

Ok, digamos que o fato de apresentar o Dirceu na capa justifique o argumento de que a revista não tratou do Mensalão. Então, diga-me, e essa capa aqui?

Ao que parece, é sobre o Mensalão. Estou certo? E, diga-se de passagem, foi publicada em 18 de abril deste ano.

Convenhamos, caríssimos, não dá pra criticar a Veja por não dar capa ao Mensalão nesta semana. Não mesmo. A revista não manchetou na edição atual, mas o fez na semana anterior. E 15 dias atrás, também tinha reportagem sobre o assunto. Basta dar uma espiada na revista.

Sabe, eu não estou aqui pra defender a Veja. Não mesmo. Estou aqui em defesa da razão, da análise isenta, distanciada, da ruptura com o estado de ignorância. Sou crítico da revista desde meus tempos de faculdade. Foi tema de minha monografia, foi estudo de pós-graduaçao… Eu sei bem que interesses são defendidos pela revista. Por isso mesmo, posso garantir que, se há algo a criticar, talvez seja o posicionamento, por vezes, exagerado da Veja na cobertura do Mensalão. Desde o início do escândalo, a revista nunca poupou o PT e o Governo Lula. Nunca deu o direito da dúvida. Pelo contrário, pode-se até especular que julgou e condenou os envolvidos muito antes da justiça. Por isso, chegou a ser acusada por petistas e simpatizantes como um veículo que estaria a serviço da oposição.

Então, diga-me: se estaria a serviço da tucanada, por que a Veja, justamente agora, ocultaria o julgamento do Mensalão?

Caríssimos, o que a revista fez foi antecipar-se. Estrategicamente. Antes das demais publicações semanais, pautou o tema na capa e, por isso mesmo, muita gente – principalmente a oposição – tem circulado com a edição da semana passada nas mãos para atacar petistas e aliados (vi isso inclusive na Câmara de Maringá).

E aí alguém pode espernear:

– Ah… mas e a capa da vingança? Onde já se viu falar de Carminha e Nina na capa de uma revista tida como séria?

Eu devolvo: se até no Senado, Cachoeira e a mulher são comparados, por Kátia Abreu, aos vilões de Avenida Brasil, por que a Veja não pode estampar a novela na capa?

Peraí, né? Este é o assunto do momento. Julgamento do Mensalão é tema jurídico e político. Importante sim. Mas quem pauta a imprensa também é o público. A imprensa é o termômetro da vontade popular. E os recordes de audiência da novela são fatos sociais. Só um tolo ignoraria que o Brasil tem parado pra ver Carminha, Nina e cia ltda.

Acho que a crítica é válida (e é necessária), mas não pode ser feita de forma vazia. Falar da capa desta semana como se a revista estivesse silenciando o assunto é raso demais, é ignorar o todo, esquecer o contexto. Sugiro pra essas pessoas darem uma espiada na página especial que a revista lançou no site com todo o histórico de sua cobertura a respeito do tema. Vale observar, por exemplo, alguns “exageros” da Veja, inclusive a sugestiva capa reclamando o impeachment de Lula.

Vendas do comércio revelam nosso descaso ao conhecimento

As vendas do comércio varejista cresceram em 2011. Não como se esperava, mas cresceram. Entretanto, ao detalhar os dados apresentados pelo IBGE me chamou a atenção um segmento: o de venda de livros, revistas, jornais e papelaria.

O IBGE trouxe dados de dez atividades econômicas. Sete tiveram crescimento; três sofreram retração. As perdas mais significativas foram sentidas por quem vende livros, revistas, jornais e papelaria – saldo negativo de 5,3% na comparação com 2010.

Este é o tipo de indicador que pouca gente presta atenção. E quando se trata do assunto é apenas para falar numa perspectiva econômica. Entretanto, entendo que o dado é revelador. Mostra o verdadeiro valor que o brasileiro dá ao conhecimento.

São nos livros, revistas, jornais… que temos fontes preciosas de informação. E, quando o dinheiro encurta, o brasileiro corta o que considera desnecessário.

O indicador econômico sugere que nossa gente entende que o conhecimento é despesa. Não é prioridade.

Concordo que esses produtos têm preços elevados em nosso país, principalmente se levarmos em consideração a renda do trabalhador. Ganha-se pouco.

Ainda assim, estamos muito longe de sermos uma nação que valoriza a leitura. Leitura que produz saber, criticidade, conhecimento. Lamentável!

As revistas da semana

VEJA: – A revista Veja traz como reportagem de capa a eleição à Presidência da República neste segundo turno. Conforme a matéria principal, Dilma Rousseff (PT), que enfrenta José Serra (PSDB) nas urnas em 31 de outubro, é agora conhecida como “Dilminha paz e amor”, numa referência às estratégias adotadas pela equipe de marketing da petista, que tenta aproximá-la da população no intuito de vencer a disputa. Ainda na edição desta semana, Angelina Jolie é modelo de beleza para cirurgias plásticas.

ÉPOCA: – Deus entrou na eleição. Como o debate sobre o aborto e a religião pode influir no segundo turno. Ainda a estratégia de José Serra para virar o jogo. Mineiros no Chile. O drama das famílias em dois meses de espera pelo resgate. Máfia na TV, uma série tenta repetir o sucesso da Família Soprano. Americanas mais liberadas. O maior estudo sobre comportamento sexual nos Estados Unidos mostra que as mulheres estão variando mais.

ISTO É: – A fonte da saúde. A medicina descobre que a gestação é decisiva para uma vida longa e livre de doenças. Nesse período, pode-se prevenir a depressão, o câncer, a obesidade e até a diabetes. A cruzada contra a guerra suja. Líderes religiosos se unem a Dilma para impedir que discussões fundamentalistas tomem o lugar do debate político no segundo turno das eleições presidenciais. A vida de Bruno na cadeia. Uma pequena tevê, um rádio e a “Bíblia” preenchem a rotina solitária do ex-jogador, que quase não fala e é vigiado constantemente para evitar que cometa suicídio.

CARTA CAPITAL: – Aborto e oportunismo eleitoral. Uma em cinco brasileiras já abortou. É esta a realidade, longe do proselitismo religioso e político. “A imprensa é livre, o que não quer dizer que é boa”, diz Franklin Martins. Em visita à Europa para conhecer experiências de regulação do setor, o ministro disse que o governo deve apresentar um ante-projeto de regras para mídia entre novembro e dezembro deste ano.

As revistas da semana

VEJA: – A liberdade sob ataque. A edição desta semana destaca que os reflexos da sucessão de escândalos que fizeram a lama subir até o gabinete mais próximo da Presidência da República e derrubaram até agora sete servidores fizeram-se sentir pela primeira vez nas pesquisas eleitorais divulgadas na semana passada (…). A queda provocou uma violenta reação do governo. Não contra os acusados de malfeitorias e corrupção na Casa Civil, de onde emanaram os episódios mais cabeludos, mas contra quem os denunciou. Em uma série de comícios e entrevistas, o presidente Lula dedicou a semana a desferir ataques contra a imprensa com uma virulência inédita. Ainda na edição da Veja, uma reportagem especial sobre a química que comanda os sentimentos e a estréia no cinema de Comer Rezar Amar, com Julia Roberts.

ÉPOCA: – Tiririca. A cara do novo Congresso. Uma pesquisa inédita explica o sucesso de candidatos despreparados – como o comediante que, apesar do rumor de ser analfabeto, pode se tornar o deputado mais votado do país. Petrobras, o impacto da maior oferta de ações da história no futuro do Brasil. Um filme sobre a história do Facebook mostra episódios que seu fundador, Mark Zuckerberg, preferia que ninguém soubesse.

ISTO É: – O avanço da onda vermelha. De cima a baixo no País, o eleitor apoia a continuidade e tende a garantir uma quase inédita maioria governista no Congresso. A vida debaixo da terra. Os mineiros presos no Chile estão lidando de forma serena e cooperativa com a longa espera pelo resgate. É a prova de que tragédias são capazes de fazer seres humanos ultrapassarem os próprios limites. Bons de bola, ruins de escola. Levantamento mostra que clubes são omissos em relação à educação de atletas mirins.

CARTA CAPITAL: – Eles ainda sonham com a marcha. Em desespero, a oposição tenta evocar fantasmas do passado, alimentada pela mídia. IBGE registra menor taxa de desemprego em oito anos. Renda média mensal também bate recorde. O STF e a Ficha Limpa: em caso de empate, vale o voto pró-sociedade. Terminou empatada a votação no STF. O que fazer? A sociedade desempata, simples assim.

As revistas da semana

VEJA: – A síndrome do fofão. Crianças obesas, pais devem agir. Aja antes que os filhos completem 10 anos. Depois é quase impossível vencer a obesidade. Crianças acima do peso têm 80% de probabilidade de virar um adulto em eterna luta contra a balança. Nordeste, uma torrente de água destruiu cidades. Para crescer sem poluir. A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, defende incentivos financeiros em troca de um bom comportamento ambiental e diz que se sente discriminada por ser evangélica.

ÉPOCA: – O dom da fúria. O que nos faz perder o controle. E como usar a raiva a nosso favor. Os diversos episódios de descontrole na Copa põem em evidência um sentimento que muitas vezes nos prejudica – mas que nos dá motivação para superar obstáculos. O avanço de Dilma. Líder, ela agora aposta na classe média emergente e nas mulheres. Vampiros, o novo filme da série Crepúsculo.

ISTO É: – Milagres contemporâneos. As recentes histórias de brasileiros que superaram doenças desafiam a ciência e a medicina e são tratadas pelo Vaticano como prova da intervenção divina. O Haiti é aqui. As chuvas destruíram 17 cidades em Alagoas e Pernambuco e, outra vez, a falta de preparo e o descaso das autoridades deixam milhares de vítimas abandonadas à própria sorte. Está dando errado. A estratégia tucana de apostar nos programas de tevê e nas alianças regionais fracassou. Agora, o PSDB busca um novo discurso e tenta emplacar o senador Álvaro Dias como vice.

CARTA CAPITAL: – Os donos da bola. Havelange, Blatter e Teixeira não resistiriam a uma Lei da Ficha Limpa. Leia também: CartaVerde. Uma análise das opções energéticas do Brasil. A ciência das pesquisas eleitorais. Maioria do eleitorado já sabe que Dilma é candidata do presidente Lula.

As revistas da semana

VEJA: – Para sair do empate. A pouco mais de cem dias da eleição, José Serra e Dilma Rousseff estão em equilíbrio absoluto nas pesquisas. É a primeira vez que se vê no Brasil uma disputa tão renhida. Com a ajuda dos principais especialistas em pesquisas eleitorais do país, VEJA mostra o que pode ser determinante para decidi-la. Marina Silva, ela pode não ser apenas a miss simpatia. Crime, o monstro que abusou da filha. Pai tem seis filhos com filha. E abusa de filha-neta. E ainda, Dunga, maquiavélico e zangado.

ÉPOCA: – Como afastar os jovens das drogas. Uma pesquisa inédita mostra que as famílias não sabem onde buscar ajuda. O que funciona para prevenir – ou superar o drama. Iphone 4 G, novamente a Apple aponta os caminhos do celular. “A pandemia ainda não acabou”. Na segunda onda da gripe suína, o vírus A(H1N1) pode se tornar mais agressivo, é o que diz o virologista inglês John Oxford. Copa do Mundo, Kaká é o guerreiro evangélico de Dunga.

ISTO É: – Chegamos à era do videofone. Como um novo celular que permite chamadas com imagens vai mudar de vez a maneira como nos comunicamos. O remédio mais eficaz contra o câncer de pele. Novo medicamento aumenta em até quatro anos a sobrevida de pacientes com melanoma, o mais agressivo deste tipo de tumor. Faça o que eu digo… e não o que eu faço. Pesquisa revela como os pais caem em contradição na hora de educar seus filhos de 12 a 20 anos.

CARTA CAPITAL: – Edição especial da revista CartaCapital, nº 600, tenta responder a pergunta: Do que o Brasil precisa? Participam da edição: Marcelo Odebrecht, Marco Maciel, Jorge Furtado, Delfim Netto e outros artistas, intelectuais e empresários. Na pista do factoide. De um segundo econtro em uma confeitaria de Brasília ao roubo de arquivos, novos detalhes da mal-ajambrada trama do dossiê anti-Serra que ninguém viu.

As revistas da semana

VEJA: – DNA. O estudo da molécula da hereditariedade está produzindo o mapa completo das rotas migratórias humanas. Os caminhos genéticos de Luis Fabiano e do filho escocês Charles Miller, que trouxe o futebol para o Brasil. O craque de 2010 pode não estar na Copa. Lula alavancou a candidatura de Dilma Rousseff à liderança. Se ele continuar jogando assim, elegerá sua sucessora – isso se não aparecer uma zebra até lá. Hebe Camargo abre o coração. Ela diz que enfrenta a doença “toda serelepe”. E, poucas semanas depois de sair da quimioterapia, já voltou a comer bem – e a tomar seu vinhozinho.

ÉPOCA: – O cérebro do craque de futebol. Novas pesquisas revelam que os craques têm raciocínio mais rápido – e que o talento para brilhar na Copa está no cérebro, não nos pés dos jogadores. Um espião em seu computador. A operadora Oi adotou um programa que rastreia tudo o que seus clientes de banda larga fazem na internet. Por que isso é uma ameaça para nós. A volta de Palocci. Favorecido pelas trapalhadas de petistas nas armações contra Serra, o ex-ministro se consolida como o chefão da campanha de Dilma.

ISTO É: – Marina por Marina. Com propostas que fazem parte do imaginário dos eleitores e um tom de utopia, a candidata do PV faz campanha que lembra o PT dos anos 80 e encanta os mais jovens. Mas pode ser atropelada pela realidade do País. Romário: “Se o Brasil perder, porrada no Dunga!”. Candidato a deputado federal pelo PSB, o ex-jogador critica a Seleção e diz por que acha que fará a diferença no Congresso. A revolta dos médicos. Ginecologistas e obstetras estão insatisfeitos com os preços pagos pelos planos de saúde e ameaçam debandada geral.

CARTA CAPITAL: – O que pensa Dilma: A pré-candidata do PT fala sobre continuidade, drogas, o papel do Estado, reforma agrária e, por que não?, o seu novo visual. E ainda, o dossiê do dossiê do dossiê… Como o livro de um jornalista virou um novo factoide a favor de Serra.

As revistas da semana

VEJA: – Uma copa para você jogar. A capa da revista desta semana é uma autopropaganda sobre o guia interativo da Copa do Mundo produzido pela revista. Mas a edição desta semana também traz: Eleições 2010, Marina Silva cai no gosto dos jovens e modernos; a carga tributária no Brasil, os tributos são europeus, mas os serviços prestados pelo Estado têm a qualidade dos africanos; tecnologia, por que a Apple superou a Microsoft.

ÉPOCA: – Facebook, Twitter, Orkut… É hora de entrar ou cair fora? O risco de revelar sua vida privada; os amigos digitais ajudam ou atrapalham a carreira?; quando a internet se transforma em vício; e 27 personalidades da rede que você precisa conhecer. A edição dupla de aniversário da Época ainda tem: a temperatura subiu para José Serra. A alta de Dilma Rousseff nas pesquisas pressiona o tucano, que se vê agora obrigado a subir o tom das críticas à adversária e a resolver logo a questão do vice. O novo rosto das comédias românticas. Katherine Heigl é a garota que faz todo mundo suspirar e morrer de rir.

ISTO É: Comida, sexo e amizade. Pesquisas comprovam que esses são os prazeres essenciais para o ser humano. Saiba como incrementá-los no dia a dia e ampliar a sensação de bem-estar em outras áreas da vida. Aécio diz não. Agora o candidato Serra e seus aliados se debatem com o desafio de como resolver o imbróglio da chapa tucana. O parque de Harry Potter em Orlando. Como é o mundo do bruxinho, a atração mais aguardada dos últimos anos, que será inaugurada no dia 18 de junho.

CARTA CAPITAL: – Antes famintos, hoje gordos: com a desnutrição controlada, o Brasil assiste ao vertiginoso crescimento da obesidade. Mais: especial The Economist. Os bancos dos BRIC vão dominar o mundo? Candidata da continuidade. Por que Dilma cresce nas pesquisas? O êxito do governo Lula explica.

As revistas da semana

VEJA: – O milionário mora ao lado. Os novos ricos surgem no país. Onze mulheres e homens que enriqueceram dão a receita de como aproveitar a maré alta da economia. Por que os dólares acharam o caminho do Brasil. A substância que produz o amor. Como funciona a oxitocina, responsável por estabelecer e reforçar os vínculos afetivos entre mãe e filho – e entre amigos, namorados, amantes… Ainda na Veja, os jovens prodígios em Matemática. A história desses jovens mostra como o estímulo precoce produz resultados extraordinários.

ÉPOCA: – Cabeça ou coração? Uma série de novos estudos está mostrando que nem razão nem intuição – e nem análise de dados por computadores – são suficientes para garantir boas decisões. Você precisa de tudo o que estiver a seu alcance. A Seleção de R$ 800 milhões. Esse é o valor dos convocados de Dunga, segundo um mercado virtual de jogadores. Parece muito, mas o Brasil nem é o time mais valioso da Copa. As brasileiras de Bollywood. A Índia foi invadida por atrizes e modelos brasileiras que começam a fazer carreira no cinema de Bollywood.

ISTO É: A nova febre dos imóveis. A união de juros baixos, crédito longo e farto e economia estável fará de 2010 o ano com o maior volume de vendas de imóveis das últimas três décadas no Brasil. De volta ao começo. Mais de duas décadas depois, Fernando Collor quer novamente ser governador de Alagoas, cargo que o catapultou à Presidência. Os padres casados da igreja. Sob as bênçãos do Vaticano, os diáconos assumem paróquias e celebram batizados e casamentos. Depois, voltam para mulher e filhos.

CARTA CAPITAL: Grampos e intrigas: Tuma Jr. não resiste à divulgação de conversas comprometedoras e é afastado do governo. Mas a quem, na Polícia Federal e fora dela, interessa o vazamento? O Estado tira o pé do acelerador. Bancos preveem PIB de até 7,5% e Mantega anuncia corte no orçamento.

As revistas da semana

VEJA: – Com imagem do Cristo Redentor chorando, a revista destaca a tragédia ocorrida no Rio de Janeiro. Segundo a Veja, culpar as chuvas é demagogia. Os mortos do Rio de Janeiro que o Brasil chora foram vítimas da política criminosa de dar barracos em troca de votos. E ainda, como a internet mudou a relação dos músicos com seus fãs. Cuba: a juventude rebelde contra os irmãos Castro. Filhos: a superproteção é ruim, mas não é fácil identificá-la.

ÉPOCA: – Rio de Janeiro, Abril de 2010. A revista também trata da tragédia do Rio de Janeiro. A maior tragédia na história do Rio de Janeiro em décadas serve de alerta para a omissão das autoridades diante da ocupação ilegal dos morros. Em entrevista à Época, José Serra diz: “Estou mais preparado”. Ao se lançar pela segunda vez na disputa pela Presidência da República, o candidato do PSDB, José Serra, defende um Estado mais ativo e menos obeso para fazer o Brasil avançar. Querem frear a internet. Uma corte americana abriu uma brecha para os provedores reduzirem a velocidade de quem usa muito a rede. A revista revela por que isso é ruim para todos.

ISTO É: – Como salvá-los. A tragédia que se abateu sobre o Rio de Janeiro mostra que não há mais tempo a perder: é preciso superar velhos tabus e adotar, com urgência, uma política firme e responsável de remoção das pessoas que vivem em áreas de risco. Michel Temer um vice bem resolvido. Ao unir em torno de si um partido historicamente dividido como o PMDB, o deputado conquista o apoio de Lula e do PT e consolida seu nome na chapa de Dilma Rousseff. Como o Youtube transformou sua vida. Criado há apenas cinco anos, o site de vídeos reinventou nossa relação com as câmeras, revelou celebridades instantâneas e revolucionou padrões de comportamento.

CARTA CAPITAL: – Não culpem os céus. No Rio de Janeiro, quase 200 mortos e 14 mil desabrigados. E o descaso olímpico das autoridades. Ainda na edição, as pesquisas eleitorais no campo de batalha. Levantamentos dissonantes do Datafolha e do Vox Populi geram uma disputa entre petistas e tucanos. Você confia nas pesquisas eleitorais?