Você se prepara para fazer o que você tem pra fazer?

Sei que a ideia de “se preparar” deve ser diferente pra muita gente. Mas quando eu falo de “se preparar” é estar de posse das informações necessárias para realizar a sua atividade, ter tido um tempo para definir o melhor método, a melhor estratégia e assegurar o melhor plano de ação.

Em cada atividade, isto funciona de um jeito. Mas vou dar aqui alguns exemplos.

Você que cozinha… O que significa se preparar para fazer o que você tem que fazer? Significa que você decide com antecedência o que vai cozinhar, verifica se tem todos os ingredientes disponíveis, separa esses ingredientes… Faz uma estimativa de quanto tempo precisa para preparar a refeição ou a receita e organiza seu horário para dar conta dentro do prazo necessário.

Se você é professor, estar preparado não significa apenas ter formação e repertório. Significa que você tem o conteúdo planejado, dentro dos objetivos estabelecidos. E para isso, a aula acontece, primeiro, na sua cabeça. E aí você prevê possíveis exemplos, prepara atividades, perguntas… E prevê inclusive situações inesperadas.

Gente, isso vale para tudo.

Por mais domínio que você tenha de uma atividade, você fará com mais qualidade se estiver preparado para ela. O pedreiro, por exemplo, pode ser excepcional em suas habilidades. Mas estar preparado significa saber, com antecedência, por exemplo, quando o dono da obra que terá que comprar o saco de cimento para não atrapalhar o andamento do serviço.

Se vai cantar na igreja, por melhor cantor que seja, significa ensaiar antes e fazer passagem de som – com tempo, com antecedência.

A gente poderia seguir aqui dando inúmeros exemplos. Mas acho que você já entendeu.

Não basta ser especialista, é preciso se preparar para a execução de sua tarefa. Imagina só um cirurgião que não pede os exames antecipadamente ou não confere se todos os instrumentos e equipamentos estarão disponíveis? Qual a chance de ter sucesso?

Tá entendendo?

Se preparar para fazer o que tem que ser feito não tem a ver apenas com reunir as habilidades necessárias na atividade que você especialista.

Na verdade, o maior risco que o especialista corre é se acomodar. Por dominar o assunto, o especialista pode esquecer de se preparar para a execução das tarefas específicas.

Eu já fiz isso. Por dominar algumas áreas, já realizei entrevistas sem me preparar, já subi ao palco sem estudar o roteiro do evento… E, posso garantir a você, não foi legal. Ninguém reclamou, mas eu sei que poderia ter feito melhor se tivesse me preparado.

E é aqui que está a chave: não significa que você não saiba fazer. Às vezes, sabe. Mas, se preparando, pode fazer melhor. Pode realizar com excelência.

Por que ser mediano, se você pode ser excelente?

Eu sei que nem todos os dias estamos bem. Mas também sei que, frequentemente, podemos fazer melhor. Basta nos prepararmos para nossas atividades.

Eu tenho um tio, já aposentado, que durante muitos anos trabalhou como mecânico numa indústria. E todos os dias ele tinha um ritual: ao final do dia, verificava todas as ferramentas, conferia o funcionamento delas, limpava, organizava e deixava tudo certinho, na caixa, para o dia seguinte.

É isso, gente!

Você se prepara para fazer o que você tem pra fazer?

O preparo adequado pode estar nas roupas que precisa usar, na organização das ferramentas, no estudo do ambiente, na sondagem das necessidades do cliente…

Pegou a ideia?

Lembre-se: ainda que você seja um excelente profissional, prepare-se antes da realização de seu trabalho, de sua atividade.

O que é bom pode ser ainda melhor!

Saúde do cérebro: 8 hábitos que você precisa abandonar para garantir a saúde do cérebro

Você sabia que nossos hábitos podem prejudicar o cérebro?

Eu já falei aqui em diferentes ocasiões sobre a saúde do cérebro. Já ressaltei inclusive que, mais do que cuidar do corpo, precisamos cuidar da saúde do cérebro. E isto com o objetivo de preservar a qualidade cognitiva durante o envelhecimento.

A ciência não pode garantir que ao adotar certas práticas você vai preservar a saúde do cérebro. Mas a ciência já demonstrou que certos hábitos ajudam – e muito – a manter o cérebro ativo, saudável.

E a ciência também tem demonstrado que algumas práticas são muito nocivas. Ou seja, quer estragar o cérebro? É só manter os prejudiciais.

Dias atrás, o jornal O Globo publicou uma lista com hábitos do cotidiano que fazem mal para o cérebro.

E quando falo de hábitos do cotidiano, estou falando de coisas que você e eu, sem perceber, às vezes, fazemos.

Eu separei 8 hábitos e vou listar pra você!

Primeiro – Estar acelerado durante o dia todo.

Já comentei aqui que tenho uma rotina puxada. Mas organizo tudo para não viver de forma acelerada. Você pode ter apenas uma hora pra almoçar. E está tudo bem, desde que você use a hora que você tem pra almoçar e cuidar de você.

Nem todo mundo faz isso. Muita gente não organiza seus horários. Muita gente vai assumindo compromissos, atropelando os horários… E, sem rotina, passa o dia todo em ritmo intenso, e com a ansiedade a mil. Isso não faz bem: o estresse crônico afeta diretamente o córtex pré-frontal, área responsável pela memória e pelo aprendizado.

Segundo – Não fazer exercícios físicos.

Fazer exercícios não tem a ver apenas com o cuidado do corpo.

Quando você se exercita, você cuida do cérebro. “Quando alguém está em boas condições físicas, a incidência de distúrbios de memória é reduzida em 50%.”, aponta a ciência.

Terceiro hábito nocivo ao cérebro – Fazer jejum intermitente.

Já notou que esse negócio de “jejum intermitente” anda na moda? Pois é, gente. É moda. Deixar de comer direitinho reduz o fornecimento de energia para o cérebro.

Sem ser alimentado pela energia que vem dos alimentos, o cérebro tem que buscar energia noutro lugar. E isso gera um desequilíbrio, inclusive hormonal.

Quarto – Comer muito açúcar.

O cérebro precisa de açúcar, porque o açúcar é fonte de energia. Mas existe açúcar em vários alimentos. Além disso, quando o açúcar é consumido em excesso, o cérebro entra num processo de dependência.

E o pior: o açúcar ajuda no desenvolvimento de doenças crônicas, como a diabetes.

Quinto – Isolar-se da vida social.

Quem se isola, perde a chance de assegurar um movimento fundamental para o cérebro garantido pelo fenômeno dos neurônios-espelho. A convivência com outros traz alegria, diversidade de ideias, distração e até desafios, que são necessários para exercitar o cérebro e lidar com emoções importantes como a raiva, a frustração, etc.

E o sentimento de solidão, potencializa a depressão e o Alzheimer.

Sexto – Descansar mal.

Quem dorme mal, não descansa o corpo, não descansa a mente. Quem dorme mal, não permite que o cérebro passe por um processo necessário de higiene mental.

Dormir bem garante um “limpeza metabólica”, fundamental para a restauração diária do cérebro.

Sétimo – beber muito álcool e fumar.

Meu filho, que é médico, sempre diz: não existe um único paciente que deixaria de se beneficiar com a eliminação do álcool e do cigarro.

Ou seja, pra todo mundo, tirar o álcool e o cigarro significa melhorar a qualidade de saúde. E isso também vale para o cérebro.

O álcool afeta os neurônios e prejudica as extensões e ramificações do cérebro; noutras palavras, o álcool reduz a velocidade com que os impulsos nervosos são transmitido para o cérebro. E isso faz com o cérebro, aos poucos, seja danificado.

Já o fumo, faz o seguinte: quando uma pessoa fuma, a massa cinzenta do cérebro e a quantidade de oxigênio que chega até ela também são reduzidas.

Na prática, menos oxigênio, menos sangue circulando no cérebro, mais dificuldade para compreender e aprender.

Oitavo hábito – Comer alimentos ultraprocessados.

Do que estou falando? Salsicha, biscoito recheado, salgadinhos, barras de cereais, macarrão instantâneo, sopas de pacotinho e por aí vai…

Esses alimentos ultraprocessados e as gorduras saturadas obstruem as artérias. E isso prejudica a circulação do sangue pelo corpo, inclusive no cérebro.

Sem circulação adequada de sangue, temos condições favoráveis para a ocorrência de derrames cerebrais e, a longo prazo, para o desenvolvimento de demências, como a doença de Alzheimer.

E aí, você tem um desses oito hábitos?

Se tem, trabalhe isso aí, vença este hábito e ajude seu cérebro.

Não esqueça que nossa qualidade de vida também está atrelada à qualidade da mente, da nossa capacidade de pensar, aprender, manter memórias… enfim.

Não existe vitória sem esforço

Pode existir fracasso, mesmo depois de muito esforço. Mas vitória sem esforço não existe.

Se alguém não fez nada e ainda assim obteve êxito, certamente outra pessoa fez o trabalho duro. Mas o resultado positivo é construído por esforço. Alguém se esforçou.

Eu não estou dizendo que existe uma garantia de que todo esforço será premiado… Nem estou falando que todas as pessoas precisam se esforçar da mesma maneira, que a energia gasta e o tempo dedicado serão iguais para todos. Porém, bons resultados, em qualquer área da vida, demandam comprometimento com o objetivo a ser conquistado.

Por exemplo, dias atrás, ouvia o relato de uma conhecida que, durante três ou quatro meses, fez um tratamento para emagrecer. Ela e o marido gastaram uma pequena fortuna no tratamento dela.

Os primeiros resultados foram ótimos, impressionantes. Ela estava feliz da vida. Entretanto, todo o procedimento era a base de medicamento. Quando parou de usar o remédio, o que aconteceu? Depois de algumas semanas, voltou a engordar. E ganhou ainda mais peso.

Não estou aqui pra condenar o uso de medicamentos para emagrecer. Eles são úteis. Há situações em que são indicados. Porém, muita gente busca o medicamento porque este é o caminho mais fácil para obter o resultado desejado.

E quanta gente busca o caminho mais fácil em outras áreas da vida?

É compreensível querer o caminho mais fácil. O esforço implica em desgaste, dor, cansaço. O esforço demanda uma energia que é preciso tirar de outras coisas, muito mais prazerosas, para dedicar ao objetivo almejado.

Costumo brincar que com meus alunos que as redes sociais deles, as séries que assistem, são muito mais divertidas que minhas aulas, são muito mais alegradoras que os livros e exercícios que recomendo. Porém, com exceção dos casos em que as redes sociais e as séries nos canais de streaming fazem parte do trabalho deles, esses ambientes pouco vão favorecer aos objetivos e metas que possuem para suas vidas.

Por outro lado, o processo de aprendizado, que é entediante e cansativo, pode assegurar as referências de conhecimento que necessitam não apenas para o trabalho, mas para a vida.

Eu sempre acho graça quando alguém me diz: professor, você é tão inteligente.

Na verdade, essa afirmação guarda muito pouca verdade. Tudo o que escrevo, tudo o que falo, cada argumento que apresento em sala de aula ou para as pessoas que me acompanham no rádio e nas redes sociais… Tudo é resultado de muitos anos dedicados ao estudo. Não tem nada de excepcional; é cara enfiada nos livros, cursos feitos e muita disciplina.

Outro dia ouvi um atleta dizer que as dores fazem parte do dia a dia de quem pratica esportes. A dor é companheira do atleta. Se for evitada, o desempenho cai. Ele deixa de ser competitivo; o sofrimento físico é consequência da repetição de exercícios e, principalmente, da constante luta por mais força e melhor desempenho.

Recordo que, há pouco mais de 10 anos, meu filho disse: pai, estou decidido. Vou fazer Medicina.

Eu fiquei muito feliz. Mas tive que dizer pra ele:

Filho, você sabe… Eu não tenho condições de bancar uma faculdade particular. E nem de manter você fora de nossa cidade. Então você vai ter que passar na nossa universidade. Você vai ter que dar o seu melhor, não vai poder relaxar, mas eu acredito em você.

Ele passou. Mas estudava entre 12 a 16 horas por dia. E fez isso por cerca de 3 anos.

Quando foi tentar a residência em cirurgia, a situação foi bem parecida. E o resultado veio depois do esforço.

Hoje, noto que muita gente quer o resultado, mas não quer se dedicar.

O esforço é um processo normal. Mas tem gente que quer pular as fases.

Tem uma brincadeira num vídeo da internet que eu adoro. No vídeo, a pessoa reclama: tô pagando a academia há 3 meses, mas até agora não vi resultado. E aí do outro lado alguém pergunta: mas quando você tem vindo treinar?

Pagar a academia não traz resultado, se você não for fazer força, não dedicar tempo ao treino.

A vida funciona assim: ninguém faz pra gente aquilo que nos cabe fazer.

Quer montar um negócio? Precisa estudar, precisa planejar, precisa organizar as finanças e, depois de começar, vai trabalhar 12, 14 horas por dia pra fazer as coisas acontecerem.

Quer casar? Casa. Mas se não suar todos os dias para construir o seu relacionamento, não vai dar certo.

Esforço, gente. É claro que todo esforço, pra funcionar, precisa de método, de estratégia, mas se não houver disposição pra entregar o melhor de si para aquilo que você deseja fazer, as coisas não vão acontecer.

Seja para perder peso, vencer uma competição, aprender uma segunda língua, conquistar uma carreira ou ser feliz num relacionamento, sempre será necessário esforçar-se.

Ninguém chega ao topo sem vencer as barreiras que existem no caminho. Não há vencedor sem suor, sacrifícios e, por vezes, dor e lágrimas e dor.

A diferença entre alguém que realiza um sonho e outro que nunca o alcança muitas vezes está no grau de dedicação, na disposição que há de se pagar o preço.

Você faz o básico, o essencial para tornar saudável a convivência com outras pessoas?

Deixa eu explicar…

Esta semana, enquanto aplicava as provas numa turma da universidade, reparava alguns alunos que escreviam à lápis e, depois, com a borracha, apagavam, apagavam deixando a mesa muito suja.

Notei que dois ou três jogaram a sujeira no chão; outros deixaram na própria mesa. Mas teve uma aluna que, após entregar a prova, juntou toda a sujeira da borracha com as mãos. Fez um montinho, puxou no cantinho da mesa, aparou com uma das mãos e levou até o cesto de lixo. Só depois foi embora.

Fiquei pensando… Ela precisava fazer isto? Não. A universidade tem uma equipe de zeladoria que limpa as mesas, o chão. Porém, aquela jovem demonstrou saber bem de uma coisa: não é porque existe uma pessoa para limpar, que é preciso deixar tudo pra ela; dá pra facilitar, dá pra amenizar, dá pra tornar mais tranquilo o trabalho da outra pessoa.

E sabe de uma coisa? O que esta moça fez provavelmente aprendeu na casa dela. E reproduz fora dela.

Então como é aí na sua casa?

Depois do almoço, você leva o prato sujo na pia? Se dispõe a lavar?

Quando faz pipoca pra comer durante a série preferida, será que deixa a bacia suja, o copo de suco no sofá, no quarto?

E as roupas sujas, o que você faz com que elas? Coloca no lugar indicado?

Gente, um copo que você tira do lugar, só volta para o lugar adequado se alguém levar.

Eu confesso que, às vezes, esqueço as coisas fora do lugar. Porém, faço todo o possível pra não esquecer. E sabe por quê? Porque, se eu esqueço, alguém precisa fazer por mim. E ninguém tem a obrigação.

E aí na sua casa, mesmo que tenha uma pessoa pra cuidar, por que sobrecarregá-la?

Aquilo que, muitas vezes, começa em casa, se reproduz fora dela.

A pessoa usa o banheiro e não dá a descarga. Acaba o papel higiênico, não coloca outro no lugar e nem avisa que acabou.

Toma café e deixa a xícara suja na mesa do escritório.

Este tipo de comportamento indica que a pessoa só pensa nela.

O que dizer de alguém que, do carro, joga a garrafinha de água ou uma latinha pela janela na rua?

E as pessoas que vão à praia e deixam sacolas, garrafas e outros resíduos na areia?

Quem age assim, age como se tivesse alguém pra limpar a sujeira dela.

E é fato que alguns ambientes contam com profissionais para isso. Porém, nem sempre esses profissionais estão ali.

Quando negligenciamos pequenas tarefas, como jogar lixo no local apropriado ou manter espaços compartilhados limpos, estamos escolhendo o caminho da indiferença e da desconsideração.

Estamos falando: “O meu conforto é mais importante do que o bem-estar dos outros”. Isso é desdém. Isso é indiferença. É uma declaração do tipo “eu não me importo com o outro”.

A gente fala muito sobre nossos “direitos”, sobre cidadania, mas a civilidade se revela na preocupação e cuidado com o básico, com o essencial para tornar saudável a convivência com o outro.

Que tipo de pessoa queremos ser? Aquela que espera que outros limpem nossas bagunças, ou aquela que contribui ativamente para um ambiente mais limpo, agradável, organizado?

Talvez não seja a nossa função limpar o chão, mas nada justifica que a gente jogue lixo no chão.

Talvez não seja nossa função lavar a louça, mas nada justifica que a gente não leve o copo sujo na pia.

É o básico, mas mostra respeito pelo outro; mostra, antes de tudo, boa educação.

Pegou a ideia?

Não sejamos aqueles que apenas passam pelo mundo. Sejamos aqueles que tornam o mundo melhor – começando pelo ambiente onde estamos, pelos nossos espaços de convivência; não por obrigação, mas porque entendemos o valor de viver em uma sociedade onde o respeito e o cuidado são recíprocos.

Quem não sabe o que quer, vive uma vida sem rumo

Quem não sabe o que quer, vive uma vida sem rumo, vive uma vida vazia.

Nos últimos episódios, falei sobre a importância de vivermos uma vida consciente. Partindo de um conceito ético, filosófico, “faça o que você quiser”, destaquei que existe uma diferença entre responder as nossas vontades e agir de acordo com o querer, pensado, refletido, dentro de um propósito.

Porém, fiquei triste ao receber alguns recados. Dois, em particular, chamaram minha atenção.

Uma mulher me disse de forma bem direta: “eu não sei o que quero pra minha vida”.

Já um homem, mandou um texto longo e, no final, falou que ele olha pra si e se sente confuso. Então me questionou: onde encontro a resposta para saber o que quero pra mim? Como posso saber o que quero pra minha vida?

Será que você se sente assim?

Eu acho que estou falando agora com muita gente que vive segundo as suas vontades, porque não sabe o quer pra vida.

Se você vive assim, eu vou te dizer uma coisa: nem Deus vai responder as perguntas pra você.

Em Deus, nós encontramos qual o propósito dEle para nós, mas quem vai dizer se o propósito de Deus é o mesmo propósito seu, é você.

E mesmo que você diga que vai viver o propósito de Deus pra sua vida, só você pode dizer como você vai viver este propósito.

Deixei você confuso/a?

Então vamos lá… Primeiro, o propósito de Deus para nós é vivermos para a glória dEle. Nós existimos para a alegria do Senhor.

Semelhante a um artista que produz uma obra-prima para a sua própria alegria, Deus nos fez para a glória dEle.

E aos nos fazer para a glória dEle, Deus nos deu algumas referências de como viver. Porém, Ele também nos deu liberdade. E, por isso, ainda que você queira honrar o Senhor, a vida é sua. E você escolhe como vai honrá-lo.

Só você pode responder o que você quer pra você.

Por isso, viver uma vida ativa, uma vida plena, uma vida consciente é tão desafiadora. Requer um movimento que não gostamos muito de fazer: olhar para nós mesmos e assumirmos o protagonismo da nossa história.

A falta de clareza em seu propósito deixa a vida vazia. E ninguém pode responder por você o que você quer pra você. E em nenhum lugar haverá esta resposta, ou uma receita de como descobrir o que você quer pra sua vida.

Você precisa olhar pra você, investigar seu coração.

E se não encontrar respostas para seu propósito, sinto dizer, mas você está apenas passando os dias na terra, esperando a morte chegar.

Mas eu quero finalizar com duas sugestões:

Primeira, ao buscar entender o que você quer pra você, olhe as questões essenciais. Tipo: como eu quero que seja minha saúde, como quero que seja a minha família, como desejo construir minha carreira, como gostaria que viver minha religiosidade, minha espiritualidade?

Faça esta reflexão pessoal. Vai anotando. Você vai criar algumas referências. E, a partir destas referências, poderá agir de acordo com o que você quer para cada área de sua vida.

Segunda sugestão: para o propósito maior de vida, aquele que dá sentido aos nossos dias, recomendo o que disse Jesus – viva para servir. Não importa onde você, o que você faz, se você tenta facilitar a vida das outras pessoas, tornar o dia de alguém melhor, você cumpre o maior dos propósitos. A nossa vida se justifica quando somos bênção para alguém.

Viva uma vida alinhada aos seus propósitos

Entender a diferença entre “fazer o que você quiser” e “fazer o que dá vontade” pode ser determinante pra realização dos seus sonhos.

“Fazer o que quiser” implica numa ação racional, pensada, refletida; “fazer o que dá vontade” é a resposta a um estímulo, a um impulso emocional, a um desejo.

Quando questionei aqui “você sabe o quer”, algumas pessoas me questionaram:

– Prof, achei interessante a ideia, mas não consegui entender bem como aplicar isso no dia a dia.

Então vamos lá…

Primeiro, na filosofia, o “querer” é um ato responsável; resultado de um processo de avaliação consciente. Um olhar para si e para o outro a fim de entender as possíveis consequências das atitudes e escolhas.

Por exemplo, quando a nossa mãe coloca aquele pudim maravilhoso na mesa… Ou o pote de sorvete… Como você reage?

Eu confesso que, diante do pudim, gostaria de comer, sozinho, metade do pudim.

Mas eu como? Não, não como.

Por quê? Porque eu quero ter uma vida minimamente saudável e, nos meus 1m80, não sair da casa dos oitenta e poucos quilos. Então é um pedaço só e tudo certo.

Outro exemplo… Domingo, minha vontade é acordar, tomar meu café e sentar no sofá. Mas lembra do que eu quero? Vida minimamente saudável e controle do peso. E também quero envelhecer com força nas pernas. Por isso, domingo é dia de academia, de musculação.

Tá entendendo?

Vez ou outra, pergunto aos meus alunos na universidade: Vocês sabem o querem? Quem sabe o quer, está em sala de aula hoje e está construindo a sua jornada profissional. Talvez em três ou quatro anos, estarão empreendendo, abrindo uma agência de comunicação, um serviço de assessoria…

Aqueles que não sabem o quer, atendem suas vontades. A vontade de sair da sala e fumar um cigarro, a vontade de ir à praça de alimentação da universidade e comer um cachorro quente… E não constroem o futuro.

Quem sabe o que quer, vê a vida a médio e longo prazos; quem faz apenas aquilo que dá vontade, pode se divertir hoje, mas colhe amanhã aquilo que plantou. E se nada plantou, nada terá para colher.

Por isso, é fundamental que tenhamos uma atitude consciente diante da vida. O que eu quero da minha vida?

Saber o que quero da minha vida me leva a fazer as escolhas certas.

Eu acho – pelo menos acho – que quase todo mundo quer ter uma família feliz. Então, pra um jovem que sabe o quer, faz sentido “namorar só pra passar o tempo”?

Eu acho que todo mundo quer ter bons resultados na vida profissional. Então o que é preciso pra isso?

Gente, é evidente que tudo o que a gente quer demanda uma atitude responsável, comprometida.

Tempos atrás, eu perguntei aqui: você é comprometido com seus planos?

Quando a gente sabe o que quer, a gente não cede às vontades. A gente mantém os olhos fixos no alvo.

Uma vez eu escutei uma frase do técnico Bernardinho que aplico noutros campos da minha vida. Ao falar sobre as equipes de vôlei que comanda, o Bernardinho disse:

– Um dia que você não treina, é um dia que você não recupera. E se o adversário treinou, ele está na sua frente.

Então funciona assim: no casamento, um dia que você negligenciou a sua esposa, o seu marido, é um dia que você perdeu para investir na relação.

Um dia que você não brincou com seu filho, é um dia que você não terá de volta pra estar com ele.

Um curso que você adiou pra fazer no ano que vem, é uma oportunidade que você pode ter perdido de criar conexões, de ter um insight para um empreendimento inovador ou mesmo uma promoção que você poderá perder.

Portanto, tenha clareza sobre o você quer. E tome suas decisões de forma coerente, alinhadas com o que corresponda aos seus propósitos de vida.

Como superar o medo de falar em público?

Depois de falar sobre “O que fazer quando não acreditamos em nós mesmos?”, voltei a receber perguntas:

Professor, mas o que eu posso fazer para superar o medo de falar em público?

Alguns querem falar na igreja… Outros querem se sentir mais confortáveis de expressar opinião em reuniões da empresa… Enfim, falar em público é sempre desafiador.

Então vou tentar ajudar.

Quando eu falei sobre “acreditar em si mesmo”, destaquei a necessidade de ter uma opinião positiva sobre sua capacidade de se expressar.

Tudo começa com a confiança.

E aqui entra um ponto fundamental: a confiança não significa não ter medo. Temos medo de tudo que é desconhecido.

E mesmo que você esteja acostumado a falar com as pessoas, a palestrar, pregar etc., ainda assim pode ter medo diante de um público novo, ou estando num ambiente diferente daquele que você domina.

Por isso, não se trata de acabar com o medo, mas de saber lidar com o medo e não deixá-lo te silenciar.

Quanto às dicas, vou listar sugestões bastante pessoais. Não vou tratar de técnicas. Elas podem ser estudadas em livros, palestras e até cursos de oratória. Além disso, as técnicas são desenvolvidas e aprimoradas com o tempo.

Minha primeira dica é: seja você. Não tente ser o que você não é. Não tente falar mais bonito, não mude a entonação da voz, não seja um personagem. Se você é uma pessoa mais séria, mais fechada, não tente fazer brincadeiras. Se é brincalhão, use sua descontração.

Segunda dica: domine o assunto. Se você sabe do que vai falar, não precisa ter receio de ter “um branco” durante a sua exposição. Então conheça o assunto.

Mais do que dominar o assunto, fale daquilo que te é natural.

Fale de algo que você já sabe, um tema que você seria capaz de conversar sozinho – ou com a esposa, ou com o marido – durante horas.

Se for falar sobre algo que você estudou especificamente para aquela situação – ou seja, se for algo sobre o qual você vai falar pela primeira vez -, em função do “nervosismo”, a chance de “dar branco” é grande.

Nos meus anos como professor de orientação de projeto de pesquisas, na faculdade, eu desenvolvi um método para que os alunos não tivessem problemas na hora da apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso. Criei uma estratégia para que, em pelo menos 4 ocasiões, o aluno/a falasse sobre as pesquisas, mas sem a pressão de uma avaliação, e de público ouvinte.

Qual o propósito do método? Naturalizar o tema da pesquisa. Ou seja, no momento da apresentação definitiva da pesquisa, o aluno já tinha falado tantas vezes sobre ela que não havia mais surpresa.

Por isso, sugiro: fale sobre o que faz parte do seu repertório – por mais simples que seja.

Terceira dica: treine. Faça isso debaixo do chuveiro, em frente ao espelho e diante de uma câmera de celular. Não tenha preguiça de treinar.

Quarta dica: não decore o que você vai falar. Você deve falar com as suas palavras e não de maneira mecanizada, decorada. Quando você decora, não é você falando; é um robô.

Quinta dica: procure conhecer ou estar no ambiente onde você vai falar. Chegue com antecedência. Conheça o local, o espaço, o microfone (se for usar), as pessoas que estarão trabalhando no som. Ter o domínio do ambiente é quase tão importante quanto conhecer sobre o que vai falar.

Sexta dica: use roupa e calçado confortáveis. Quando for falar, não é dia de colocar uma sandália de salto que você nunca usa; não é dia de colocar uma camisa que deixa o pescoço apertado… Você não tem que se preocupar com nada além do conteúdo que vai apresentar.

Sétima dica: esteja pronto para o inesperado. O som pode não funcionar, o projetor de slides pode dar problemas, a música que iria completar sua fala pode não dar certo. Então, se prepare para estas situações. Quando vou usar alguma mídia, gosto de ter ela salva em diferentes plataformas – para o caso de a internet não funcionar, do email não abrir… E, principalmente, gosto de ter o meu roteiro no papel. Se tudo der errado, ainda estarei lá, eu e minhas anotações.

O que fazer quando não acreditamos em nós mesmos?

Confesso a você que tenho dificuldade para responder esta pergunta. Ela foi enviada por um dos nossos ouvintes. 

E tenho dificuldade para responder porque se trata da imagem que a pessoa tem de si mesma. 

A escritora e pesquisadora Carol Dweck, no livro “Mindset” – um livro que se tornou moda entre palestrantes, youtubers e, frequentemente é citado em podcasts – ressalta o seguinte: 

“A opinião que você adota a respeito de si mesmo afeta profundamente a maneira pela qual você leva sua vida. Ela pode decidir se você se tornará a pessoa que deseja ser e se realizará aquilo que é importante para você.”

Esta citação aparece no comecinho de uma de minhas aulas sobre “Mentalidade Criativa e Empreendedora”, na universidade. 

O que a autora diz, em resumo, é o seguinte: primeiro, possuímos um conjunto de crenças pessoais. E entre as crenças que possuímos, existem algumas que dizem respeito a nós mesmos. Ou seja, são ideias que possuímos a nosso respeito. 

Eu tenho uma imagem de mim mesmo. Você tem uma imagem a seu respeito. 

E esta imagem – ou opinião, como ela prefere dizer -, afeta nossas ações. As nossas atitudes são respostas da opinião que temos a nosso respeito. 

Por exemplo, se você acredita que é capaz de aprender a pintar, você vai buscar as técnicas adequadas, vai se esforçar, vai dar o seu melhor e vai aprender a pintar. Por outro lado, se você acha que pintura não é algo pra você, você vai ficar exatamente no lugar onde – não vai aprender nada e nunca vai pintar nada. 

Noutras palavras, agimos a partir da opinião que temos a nosso respeito. 

Tem rapaz que perde a chance de namorar com a moça que ele tanto gosta porque olha pra si e pensa: ah… ela não vai gostar de mim, ela vai dizer não pra mim. 

E por ter essa opinião, não age. Por não falar com a moça, perde a chance de, quem sabe, conquistá-la. 

Quanta gente passa a vida sonhando em abrir o próprio negócio e, por ter a opinião de quem não vai ter sucesso, que vai fracassar, nunca começa? 

Por isso, a pesquisadora Carol Dweck, conclui que, a opinião que você tem a respeito de si mesmo, pode decidir se você se tornará a pessoa que deseja ser e se realizará aquilo que é importante para você.

É justamente por isso que não é fácil responder a pergunta do ouvinte: o que fazer quando não acreditamos em nós mesmos? 

A pergunta do ouvinte está no campo das crenças, da opinião que ele tem de si mesmo. 

Ele me disse o seguinte: 

Não tenho conseguido vencer a mim mesmo, no sentido de acreditar em mim mesmo!

E aí ele me fez um relato específico do que ele vive na igreja. Ele escreveu: 

Meu pastor até me dá oportunidades na igreja e já disse que estou pronto; eu até monto uma msg mas na hora de aplicar ou explicar para igreja eu travo e não consigo passar do jeito que coloquei no papel! Pode me ajudar? 

Onde está o problema do nosso ouvinte? Na opinião que ele tem a respeito de si mesmo. Ele precisa acreditar que é capaz. 

Então, pra quem vive situação semelhante, vou deixar algumas dicas rápidas. 

Primeira, use a técnica DCD do escritor e psiquiatra Augusto Cury. Coloque em dúvida a opinião que você tem a respeito de si mesmo, critique essa ideia e declare que você é capaz. 

Ou seja, comece um processo de diálogo interior; você vai confrontar este medo, vai criticar as ideias que você tem de si mesmo. Por que você trava? O que te faz pensar que não é capaz? 

Segundo, a partir das respostas que encontrar, mostre para você mesmo que essas ideias não fazem sentido.

Um exemplo: se você acha que pregar é difícil por causa das pessoas que estarão ali assistindo, afirme para si mesmo – eu me preparei, eu organizei as ideias e, se eu errar, o que vai acontecer? Vou ser apedrejado? Não. Algumas pessoas podem rir de mim? Podem. Mas e daí, o que eu perco com isso? 

Por fim, lembre-se que toda a primeira vez é ruim. Às vezes, desastrosa. Só ficamos habilidosos com o tempo, com a repetição. Porém, sem a primeira vez, não tem segunda, terceira… 

Então aceite o desastre. Ria de si mesmo, se der errado. E faça de novo, sabendo que o pior já passou. 

Geralmente, travamos diante de situações que são novas, porque não acreditamos em nossa capacidade e também em função do medo do que os outros vão pensar. Porém, com toda sinceridade, todo mundo está ocupado demais com seus problemas. 

As pessoas podem rir de nós, falar a nosso respeito, mas só somos alvos dos outros quando estamos nos movimentando, quando estamos tentando fazer a diferença.

Toda escolha tem um custo; toda escolha tem uma perda

Quando falei aqui sobre “ame, mas não se deixe maltratar”, recebi inúmeras mensagens.

Muita gente comentou:

“Ronaldo, esta mensagem era tudo o que eu precisava ouvir”.

Ao tratar sobre a importância de amar as pessoas, mas não aceitar ser maltratado/a por elas, destaquei a necessidade de estabelecer limites. E, às vezes, se afastar.

E é neste contexto que entra o tema de hoje. Alguns ouvintes queridos falaram:

“Ronaldo, eu não queria me afastar; eu não gostaria de perder o relacionamento que tenho com minha neta…”; “eu não queria me afastar do meu pai”…

São pessoas que amam, mas tem sofrido emocionalmente em função de maus tratos verbais por parte de filhos, por parte de mães…

Ao mesmo tempo que sofrem esses abusos, no entorno dessas pessoas estão outras que são preciosas e que trazem alegria e sentido pra vida de quem está sofrendo.

Por isso, se afastar de uma filha que a trata mal pode resultar na perda de um vínculo mais próximo com uma neta, por exemplo.

Tá entendendo?

E aí, o que fazer?

Tem um ditado que minha mãe sempre repetia: “ninguém faz omelete sem quebrar os ovos”.

Gente, pra resolver um problema, é preciso saber que será preciso encarar o custo do que esse enfrentamento traz consigo.

Se você é maltratado/a, precisa pôr um ponto final nisso. E, para colocar um ponto final, terá que arcar com o custo dessa escolha.

Por isso, não é fácil escolher. Às vezes, o custo é alto. Às vezes, a perda é significativa.

Mas geralmente não dá para encontrar um meio-termo: ou você aceita, de maneira abnegada, a situação que está te machucando, ou você estabelece um limite e aceita que terá que viver uma nova realidade.

Quando você escolhe uma coisa, perde outra.

E isso acontece não apenas no caso dos relacionamentos em que você ama, mas tem sido maltratado/a.

Acontece no trabalho, acontece na escola… Acontece na igreja.

Talvez você trabalha com uma pessoa que te incomoda, que não é profissional, que, ao falhar, prejudica o seu trabalho. Mas essa pessoa é amiga do chefe e você já conversou, já relatou o problema para o departamento pessoal e nada aconteceu.

Se o problema te incomoda tanto, por mais que goste da empresa, do salário que você recebe, só resta uma saída: pedir demissão. E o desligamento implica numa perda.

Ou seja, escolher é perder.

Justamente por isso frequentemente optamos por reclamar, por lamentar e não agir.

Dias atrás, recebi a mensagem de uma mulher que sofre constante com violência psicológica. Após contar o que passa diariamente e reclamar, ela me pediu:

Ronaldo, você grava alguma coisa mostrando que pessoas como ele precisam mudar?

Fiquei sensibilizado com o pedido dela, mas tive que responder: “minha amiga, as coisas não funcionam assim; ele precisa querer mudar. Neste momento, a única coisa que você tem controle é sobre a sua escolha; é sobre o que você pode fazer para pôr fim a essa situação.”

Ela não queria abrir mão do que tinha, por isso, gostaria que o outro mudasse.

Acontece que o outro é o outro. Não temos como fazer o outro mudar. Também não temos como mudar a empresa, o chefe, os colegas na sala de aula…

O que podemos fazer é tomar uma atitude que nos proteja, que rompa com a situação que nos entristece.

Nós podemos fazer a escolha. Porém, haverá perdas. Mas não escolher também; porque, ao não escolher, você seguirá convivendo com o problema – e perdendo saúde, perdendo o amor próprio e perdendo vida. Porque dias vividos sem sentido, sem propósito, são dias não vividos.

Pegou a ideia?

Portanto, entenda: toda escolha tem perdas. Mas o mais importante é entender que “você não pode se perder”. Ter uma vida com propósito, com sentido, uma vida alegradora, com conexões sociais saudáveis são as bases para que tenhamos, de fato, uma vida.

5 características das pessoas bem-sucedidas, segundo a Bíblia

A Bíblia traz lições preciosas sobre o nosso comportamento no mundo do trabalho.

Muita gente olha para o trabalho como uma espécie de punição. Mas não é essa a relação que Deus tem com o trabalho – já falei sobre isso aqui.

Mas o texto sagrado vai mais longe: ele aponta quais são as principais atitudes de quem busca viver uma vida digna, e ser uma representante do reino dos Céus em todos os lugares – inclusive no seu trabalho. E essas pessoas se destacam no que fazem.

Hoje, separei cinco características que a Bíblia identifica daquelas pessoas que se destacam no que fazem.

Primeira, trabalham com entusiasmo. Independentemente de o trabalho ser grande ou pequeno, dê o seu melhor. Os grandes artistas dão o seu melhor esforço, não importa o tamanho da audiência. E a Bíblia diz, em Colossenses 3, 23:“Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens”.

Se tudo o que a gente faz, a gente deve fazer de todo o coração, como para o Senhor e não para as pessoas, significa que a gente faz com alegria, com entusiasmo. Não dá para fazer de cara amarrada, com má vontade.

Você aí já encontrou alguém que te atende numa loja como se você estivesse atrapalhando? Você chega para comprar e parece que a pessoa gostaria de te colocar pra fora?

Gente que se destaca é gente entusiasmada. E a Bíblia nos mostra isso.

Segunda característica – pessoas que se destacam não se acomodam; pessoas que se destacam aguçam, desenvolvem, aprimoram suas habilidades.

Elas nunca param de se desenvolver, crescer, aprender e melhorar.

Escuta só o que diz a Bíblia: “Se o machado está cego e sua lâmina não foi afiada, é preciso golpear com mais força; agir com sabedoria assegura o sucesso”, Eclesiastes 10:10.

É preciso mais do que desejo para se destacar; é preciso habilidade! Lembre-se: você nunca está desperdiçando tempo quando você está “afiando seu machado”.

Portanto, não se acomode. Busque aprender mais, treine mais, ensaie mais.

Terceira característica – Elas mantêm a sua palavra. Elas são confiáveis. Pessoas que se destacam são pessoas nas quais você pode confiar. Se prometem, cumprem. Se dizem que vão entregar algo, elas mantêm a palavra e entregam, conforme o combinado.

Pessoas assim se destacam porque as pessoas de integridade são raras em nossa sociedade. Muitos se dizem amigos leais, mas quem pode encontrar alguém realmente confiável?, Provérbios 20:6.

Ou seja, falar é fácil, difícil é realmente ser – ser confiável, ser leal, ser fiel, ser correto.

Quarta característica. Pessoas que se destacam são pessoas que mantêm uma atitude positiva.

Mesmo sob as piores circunstâncias, elas não se tornam negativas. Não vivem lamentando, não vivem reclamando.

Elas choram sim, elas sofrem sim, elas enfrentam momentos de angústia e medo, mas mantêm uma atitude positiva, porque não perdem a esperança.

Filipenses 2:14-15 diz: “Faça tudo sem resmungar ou discutir, para que você possa se tornar irrepreensível e puro, filhos de Deus sem culpa em uma geração deformada e tortuosa”.

E lembre-se da recomendação do livro de Eclesiastes: “Se seu chefe está com raiva de você, não desista! Um espírito quieto pode superar até grandes erros” (Eclesiastes 10:4 NLT).

Mas há uma quinta característica: pessoas que se destacam fazem mais do que é esperado. Este é um segredo que toda pessoa de sucesso descobriu.

Você nunca vai se destacar fazendo apenas o que é necessário. Jesus disse em Mateus 5, 41: “Se alguém o forçar a caminhar uma milha com ele, caminhe duas”.

Se mesmo diante de um cenário difícil, adverso, Cristo aponta a necessidade de irmos além, de fazermos mais do que a obrigação, podemos entender que realizar apenas o que foi pedido nunca vai nos levar a fazer diferença no nosso trabalho ou em qualquer outro lugar em que estivermos.

Portanto, fica a dica:

Mesmo quando te faltar reconhecimento, lembre-se que você não faz para o outro. Você faz para a glória de Deus.

Texto inspirado numa reflexão do Pastor Rick Warren.