Você já parou pra pensar sobre todos os benefícios do exercício físico?

Quando a gente fala sobre cuidar do corpo, a gente fala sobre os exercícios.

Quando a gente fala sobre o cuidado da mente, da saúde da mente, a gente fala sobre os exercícios.

Quando a gente comenta sobre estratégias para garantir um envelhecimento saudável, a gente relaciona os exercícios físicos como um dos pilares fundamentais.

Por isso, hoje, quero desafiar você a se mexer, a se mover. Sem preguiça! O exercício físico é vida.

Eu não sou educador físico. Mas sou educador. E pesquisador na área do cuidado de si. Além disso, sou adepto da musculação. Por isso, me sinto encorajado a falar sobre o tema.

Gente, o exercício físico vai além das tarefas do dia a dia. Fazer exercício físico não é a mesma coisa que realizar suas atividades rotineiras.

Quando falamos sobre se exercitar, estamos falando de se movimentar com uma intenção, com objetivos específicos e mensuráveis, como aumentar a força muscular, a resistência cardiovascular ou a flexibilidade.

Historicamente, o exercício físico vem sendo valorizado – mesmo antes dos avanços científicos modernos. Na antiguidade, os gregos e romanos já valorizavam muito a atividade física.

Quem não ouviu falar das famosas Olimpíadas da Grécia Antiga? As Olimpíadas eram um verdadeiro espetáculo de força e habilidade.

Durante a Idade Média e o Renascimento, a percepção do exercício físico mudou um pouco, mas a prática nunca foi completamente esquecida.

Com a Revolução Industrial, no entanto, surgiu a necessidade de academias de ginástica, já que as pessoas começaram a levar uma vida mais sedentária.

Nos séculos XX e XXI, avanços científicos provaram definitivamente a importância do exercício para a saúde, fazendo com que ele se tornasse parte essencial das nossas vidas.

Então vamos aos benefícios do exercício físico, descobertos pela ciência.

Primeiro, os benefícios físicos. O exercício regular melhora a saúde cardiovascular, reduzindo o risco de doenças cardíacas. Além disso, ajuda a controlar o peso, mantendo um peso saudável.

Outro grande benefício é o fortalecimento muscular e ósseo, o que é especialmente importante à medida que envelhecemos. E não podemos esquecer do aumento de energia que o exercício proporciona, reduzindo a fadiga e nos mantendo ativos ao longo do dia.

Benefícios mentais e emocionais. Não é só o corpo que se beneficia. O exercício físico também traz inúmeros benefícios para a nossa mente e emoções. Ele ajuda a reduzir o estresse, graças à liberação de endorfinas, conhecidas como os hormônios do bem-estar.

Além disso, melhora o humor, combatendo a depressão e a ansiedade.

Também há benefícios cognitivos. O exercício físico melhora a função cognitiva, aumentando a capacidade de aprendizado e memória. Além disso, estudos mostram que ele pode proteger contra doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, ajudando a manter nosso cérebro saudável por mais tempo.

Por fim, temos os benefícios sociais. Participar de atividades físicas em grupo fortalece os laços sociais e nos ajuda a desenvolver disciplina e responsabilidade, porque, para o treino físico também serve para treino para rotinas e metas pessoais.

Pegou a ideia?

Então, pra quem quer começar, fica a dica: comece com atividades simples como caminhadas, corridas leves ou natação.

Saúde do cérebro: 8 hábitos que você precisa abandonar para garantir a saúde do cérebro

Você sabia que nossos hábitos podem prejudicar o cérebro?

Eu já falei aqui em diferentes ocasiões sobre a saúde do cérebro. Já ressaltei inclusive que, mais do que cuidar do corpo, precisamos cuidar da saúde do cérebro. E isto com o objetivo de preservar a qualidade cognitiva durante o envelhecimento.

A ciência não pode garantir que ao adotar certas práticas você vai preservar a saúde do cérebro. Mas a ciência já demonstrou que certos hábitos ajudam – e muito – a manter o cérebro ativo, saudável.

E a ciência também tem demonstrado que algumas práticas são muito nocivas. Ou seja, quer estragar o cérebro? É só manter os prejudiciais.

Dias atrás, o jornal O Globo publicou uma lista com hábitos do cotidiano que fazem mal para o cérebro.

E quando falo de hábitos do cotidiano, estou falando de coisas que você e eu, sem perceber, às vezes, fazemos.

Eu separei 8 hábitos e vou listar pra você!

Primeiro – Estar acelerado durante o dia todo.

Já comentei aqui que tenho uma rotina puxada. Mas organizo tudo para não viver de forma acelerada. Você pode ter apenas uma hora pra almoçar. E está tudo bem, desde que você use a hora que você tem pra almoçar e cuidar de você.

Nem todo mundo faz isso. Muita gente não organiza seus horários. Muita gente vai assumindo compromissos, atropelando os horários… E, sem rotina, passa o dia todo em ritmo intenso, e com a ansiedade a mil. Isso não faz bem: o estresse crônico afeta diretamente o córtex pré-frontal, área responsável pela memória e pelo aprendizado.

Segundo – Não fazer exercícios físicos.

Fazer exercícios não tem a ver apenas com o cuidado do corpo.

Quando você se exercita, você cuida do cérebro. “Quando alguém está em boas condições físicas, a incidência de distúrbios de memória é reduzida em 50%.”, aponta a ciência.

Terceiro hábito nocivo ao cérebro – Fazer jejum intermitente.

Já notou que esse negócio de “jejum intermitente” anda na moda? Pois é, gente. É moda. Deixar de comer direitinho reduz o fornecimento de energia para o cérebro.

Sem ser alimentado pela energia que vem dos alimentos, o cérebro tem que buscar energia noutro lugar. E isso gera um desequilíbrio, inclusive hormonal.

Quarto – Comer muito açúcar.

O cérebro precisa de açúcar, porque o açúcar é fonte de energia. Mas existe açúcar em vários alimentos. Além disso, quando o açúcar é consumido em excesso, o cérebro entra num processo de dependência.

E o pior: o açúcar ajuda no desenvolvimento de doenças crônicas, como a diabetes.

Quinto – Isolar-se da vida social.

Quem se isola, perde a chance de assegurar um movimento fundamental para o cérebro garantido pelo fenômeno dos neurônios-espelho. A convivência com outros traz alegria, diversidade de ideias, distração e até desafios, que são necessários para exercitar o cérebro e lidar com emoções importantes como a raiva, a frustração, etc.

E o sentimento de solidão, potencializa a depressão e o Alzheimer.

Sexto – Descansar mal.

Quem dorme mal, não descansa o corpo, não descansa a mente. Quem dorme mal, não permite que o cérebro passe por um processo necessário de higiene mental.

Dormir bem garante um “limpeza metabólica”, fundamental para a restauração diária do cérebro.

Sétimo – beber muito álcool e fumar.

Meu filho, que é médico, sempre diz: não existe um único paciente que deixaria de se beneficiar com a eliminação do álcool e do cigarro.

Ou seja, pra todo mundo, tirar o álcool e o cigarro significa melhorar a qualidade de saúde. E isso também vale para o cérebro.

O álcool afeta os neurônios e prejudica as extensões e ramificações do cérebro; noutras palavras, o álcool reduz a velocidade com que os impulsos nervosos são transmitido para o cérebro. E isso faz com o cérebro, aos poucos, seja danificado.

Já o fumo, faz o seguinte: quando uma pessoa fuma, a massa cinzenta do cérebro e a quantidade de oxigênio que chega até ela também são reduzidas.

Na prática, menos oxigênio, menos sangue circulando no cérebro, mais dificuldade para compreender e aprender.

Oitavo hábito – Comer alimentos ultraprocessados.

Do que estou falando? Salsicha, biscoito recheado, salgadinhos, barras de cereais, macarrão instantâneo, sopas de pacotinho e por aí vai…

Esses alimentos ultraprocessados e as gorduras saturadas obstruem as artérias. E isso prejudica a circulação do sangue pelo corpo, inclusive no cérebro.

Sem circulação adequada de sangue, temos condições favoráveis para a ocorrência de derrames cerebrais e, a longo prazo, para o desenvolvimento de demências, como a doença de Alzheimer.

E aí, você tem um desses oito hábitos?

Se tem, trabalhe isso aí, vença este hábito e ajude seu cérebro.

Não esqueça que nossa qualidade de vida também está atrelada à qualidade da mente, da nossa capacidade de pensar, aprender, manter memórias… enfim.

Hábitos de vida protegem o cérebro, mesmo quando já existem sinais de demência

O jornal O Estado de São Paulo publicou o resultado de alguns estudos que revelam algo precioso: hábitos de vida, simples, preservam o cérebro e podem auxiliar até mesmo pessoas já diagnosticadas com demência.

Gente, na busca por uma vida longa e saudável, a atenção se volta cada vez mais para a saúde do cérebro.

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É no cérebro que tudo acontece. Quando perdemos algumas funções do cérebro – como a memória, por exemplo – perdemos a nossa identidade. É como se deixássemos de existir.

Mas como proteger o cérebro?

Pesquisas recentes trazem boas notícias, sugerindo que determinados hábitos de vida podem ser a chave para manter a saúde cerebral, até mesmo quando já existem sinais de demência.

A demência, uma condição que afeta milhões de pessoas, não tem cura conhecida até o momento. No entanto, um estilo de vida saudável oferece esperança para muita gente.

Um estudo destacado na JAMA Neurology revelou que idosos com um estilo de vida saudável mantêm uma função cognitiva superior, mesmo quando existem sinais físicos de demência.

Os pesquisadores utilizaram dados do Rush Memory and Aging Project, um estudo de longo prazo que analisou os estilos de vida e a saúde dos pacientes e avaliou dados de autópsias de 1997 a 2022.

Os cientistas examinaram informações demográficas, de estilo de vida e pós-morte de 586 pacientes, incluindo detalhes sobre dietas, funcionamento cognitivo antes da morte e fatores de estilo de vida, como consumo de álcool e prática de atividade física.

E sabe o que os cientistas descobriram?

O estilo de vida foi o fator comum entre todos aqueles que viveram melhor e tiveram melhor saúde do cérebro.

Entre todos os pacientes, as maiores pontuações de estilo de vida saudável foram observadas nos seguintes pontos: alimentação, estímulo do cérebro, atividade física, abandono do tabagismo e redução do consumo de álcool.

Esse resultado sugere que é possível fortalecer a “reserva cognitiva” para enfrentar as adversidades cerebrais.

Então grave aí quais são os cinco pilares da saúde cerebral:

Nutrição – A alimentação exerce um papel crucial na saúde cerebral. Dietas ricas em frutas, vegetais, peixes e nozes, com baixo consumo de álcool, contribuem para diminuir a inflamação e o estresse oxidativo, elementos associados ao desenvolvimento de demência.

Exercício – Estudos da Universidade de Washington complementam essa visão, associando a prática regular de atividade física a um aumento no volume cerebral, particularmente em áreas ligadas à memória e ao aprendizado, como o hipocampo.

Abandono do tabagismo – O tabagismo, por sua vez, é um dos maiores inimigos da saúde cerebral. Abandonar o cigarro pode retardar ou até mesmo prevenir o desenvolvimento de condições neurodegenerativas.

Desafios Mentais – Engajar-se em atividades que desafiam o cérebro, como aprender uma nova língua, jogar xadrez ou resolver quebra-cabeças, também é vital. Estas práticas estimulam a neuroplasticidade, fortalecendo a reserva cognitiva.

O papel do sono – Um bom descanso noturno é essencial para a saúde do cérebro. Durante o sono, o cérebro remove toxinas e consolida memórias, processos cruciais para a manutenção da saúde cognitiva.

Ei, escuta o Ronaldo: incorporar esses hábitos no cotidiano pode parecer desafiador, mas mesmo pequenas mudanças podem ter um impacto significativo.

Optar por uma alimentação mais saudável, dedicar-se a atividades físicas e mentais, eliminar o tabagismo, cuidar do sono são passos acessíveis a todos.

Pegou a ideia?

A mensagem é clara: adotar um estilo de vida saudável não é apenas benéfico para o corpo de modo geral, mas é essencial para proteger o cérebro, inclusive quando há sinais de demência.

6 coisas que podem melhorar o seu humor

Hoje, vou apresentar 6 coisas que podem melhorar o seu humor — e que não envolvem dieta ou exercício.

O conteúdo foi apresentado pelo médico e jornalista da BBC, Michael Mosley. E a BBC Brasil reproduziu as informações em seu site.

Eu curti demais o conteúdo. Então, organizei as ideias e vou compartilhar com você.

Primeiro, um breve esclarecimento. Praticar exercícios e manter uma dieta saudável são essenciais para nossa saúde. Exercícios e alimentação estão entre as condições básicas para uma boa vida.

E também são estratégias reconhecidas que contribuem para melhorar o estado de ânimo. Mas, no que diz respeito a melhorar o humor, não são as únicas ferramentas disponíveis para alcançar esse resultado.

Então aqui estão algumas recomendações para melhorar o humor. Dê o play e ouça!

Sono de qualidade, envelhecimento e memória

Como estão as suas noites de sono? Tem dormido bem?

Você sabia que o cuidado de si passa também por uma noite bem dormida?

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E dormir bem não significa necessariamente dormir muitas horas. É fato que existem aquelas pessoas chamadas como “grandes dormidores” que podem precisar de dez a doze horas por noite para, de fato, estarem prontas para um novo dia de desafios.

Mas dormir significa, principalmente, ter uma noite sem interrupções durante o sono.

E, gente, à medida que avançamos para a meia-idade, muitos de nós começamos a sentir as consequências de noites mal dormidas de maneiras que não esperávamos.

Estudos recentes sobre a qualidade do sono, especialmente entre as pessoas com mais de 30, mais de 40 anos, podem indicar qual será a saúde cognitiva em fases posteriores da vida.

Deixa eu falar de outro jeito… Quem dorme mal aos 30, 40 anos, pode ser uma pessoa que terá mais problemas de memória e na saúde cognitiva.

Um estudo publicado na revista ‘Neurology’ confirma essa informação. Ao longo de 11 anos, 526 indivíduos foram acompanhados por pesquisadores.

Essas pessoas tinham uma idade média de 40 anos no início do estudo. Os pesquisadores utilizaram monitores de pulso, semelhantes a relógios inteligentes, para avaliar a qualidade do sono dos participantes – se essas pessoas ficavam acordando ou tendo interrupções nas diferentes fases do sono.

As conclusões foram reveladoras: aqueles com sono de má qualidade tinham uma probabilidade duas vezes maior de desenvolver problemas cognitivos e de memória uma década depois, em comparação com aqueles que tinham um sono menos perturbado.

Gente, sabe o que isso significa pra nós? Conforme vamos envelhecendo, noites mal dormidas podem ampliar nossas dificuldades para aprendermos coisas novas, para lembrarmos inclusive de coisas básicas.

E quando falo de aprender coisas novas, não estou falando de nada complexo. Estou falando de coisas básicas – como, por exemplos, funções novas que certamente vão aparecer nos nossos celulares, no caixa do banco…

Você já reparou como algumas pessoas encontram dificuldade para usar inclusive algumas funções do whatsapp? Eu conheço pessoas que não sabem fazer uma chamada de vídeo, não sabem enviar uma mensagem de voz…

Por que essa dificuldade para aprender algo que parece tão simples? Porque o processo de aprendizado se torna mais desafiador ao longo dos anos. E, por isso, a gente precisa fazer tudo que puder para preservar nossa saúde cognitiva e nossa capacidade de memória.

Não estou dizendo que dormir bem será suficiente para aprendermos certas coisas que ainda vão surgir nos próximos meses ou ano. Estou dizendo que dormir bem, segundo os estudos, ajuda a preservar as funções cognitivas e nossa memória.

É triste quando a gente começa a ter dificuldades em lembrar de coisas simples, como onde deixou as chaves do carro ou o nome de um colega de trabalho.

Também não é nada legal quando a gente tem dificuldades para se concentrar em tarefas no trabalho, ou se sentir confuso ao tentar seguir o passo a passo de um manual de instruções de um aparelho novo que a gente comprou.

Estes são sinais de um declínio na saúde cognitiva.

Então, escuta o Ronaldo: o estudo que eu citei ressalta a importância de priorizar a qualidade do sono como uma estratégia de saúde preventiva.

Para melhorar a qualidade do seu sono, considere estas recomendações:

Crie um ambiente de sono tranquilo e confortável. Vale o cuidado com o lençol, travesseiro, temperatura…

Mantenha uma rotina de sono. Procure deitar e dormir sempre nos mesmos horários.

Reduza a exposição à luz azul de dispositivos eletrônicos antes de dormir. O celular é um problema.

Pratique atividades relaxantes antes de dormir. A leitura é minha recomendação.

Se você suspeita de distúrbios do sono, como apneia do sono, não hesite em procurar ajuda médica.

Lembre-se, investir na qualidade do seu sono é investir na sua saúde cognitiva a longo prazo, no cuidado com a sua memória.

O sono não é apenas um período de descanso, mas uma ferramenta essencial para manter sua mente afiada e seu corpo saudável nas décadas que virão. Sem contar que ajuda em inúmeros outros aspectos da sua vida cotidiana: motivação, desempenho, qualidade do seu humor… Mas, enfim, esses são aspectos para um outro programa.

11 recomendações para um envelhecimento saudável do cérebro

Conforme nos tornamos mais velhos, o nosso cérebro, assim como o restante do nosso corpo, sofre transformações significativas – a gente falou sobre isso no episódio anterior.

As mudanças começam pelo volume cerebral, que sofre uma redução perceptível. Também há diminuição do tecido cerebral e mudanças nas conexões neurais.

Estas alterações podem levar a mudanças emocionais, esquecimentos frequentes, riscos de demência e comprometimento de diversas funções motoras e cognitivas.

Além disso, há uma diminuição na plasticidade neural, que afeta nossa capacidade de aprendizagem e adaptação, e na atividade da amígdala, responsável por regular diversas de nossas respostas emocionais.

A gente já falou sobre isso. E justamente pelas perdas que acontecem naturalmente com o envelhecimento, a gente precisa investir na saúde do cérebro para que esse processo seja tranquilo e não crie limitações que nos farão perder muitas das nossas habilidades… E que vão fazer a gente dar trabalho para as outras pessoas, né?

Enfim, é crucial buscarmos estratégias que atuem como aliadas na promoção de um envelhecimento cerebral saudável.

Afinal, as mudanças que ocorrem no cérebro não estão exclusivamente vinculadas à idade, mas também estão diretamente relacionadas aos nossos hábitos e ao ambiente em que vivemos.

Recomendações para um envelhecimento saudável do cérebro:

1 Cuide da sua saúde mental: Priorize atividades que lhe proporcionem bem-estar e tranquilidade. Lembre-se de colocar a mente para descansar. Isso não significa parar de pensar – ninguém consegue, né? Descansar a mente significa reduzir os estímulos, inclusive ficando fora das telas.

2 Mantenha uma dieta equilibrada: Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, nozes e peixes ricos em ômega-3, ajudam a proteger o cérebro.

3 Mantenha-se curioso e sempre aprenda algo novo: Isso mantém seu cérebro ativo e desafiado, promovendo a neuroplasticidade.

4 Desenvolva sua inteligência emocional: A capacidade de reconhecer e gerenciar suas emoções e as dos outros é essencial para um bem-estar mental duradouro.

5 Aprenda técnicas de gerenciamento de estresse: Técnicas como respiração profunda podem ajudar a reduzir o cortisol, um hormônio do estresse prejudicial ao cérebro.

6 Mantenha-se socialmente ativo e faça novos amigos: Relações sociais são essenciais para um cérebro saudável. Busque envolver-se em atividades comunitárias ou grupos de interesses comuns.

7 Pratique exercícios físicos e mentais: Ambos são cruciais para manter o cérebro em boa forma. Caminhadas diárias e jogos mentais, como palavras cruzadas, podem ser benéficos.

8 Estabeleça metas e desafios constantes: Isso mantém o cérebro motivado e engajado, promovendo o crescimento neuronal.

9 Durma bem: Um sono de qualidade é crucial para a consolidação da memória e a reparação de células cerebrais.

10 Evite toxinas: O consumo excessivo de álcool e a exposição a outras toxinas podem danificar células cerebrais.

11 Consulte regularmente um profissional de saúde: Manter check-ups regulares ajudará a identificar potenciais problemas em estágios iniciais, facilitando a prevenção e o tratamento.

O envelhecimento é um processo natural, mas como vivenciamos esse processo é, em grande parte, resultado de nossas escolhas. Escolher cuidar do cérebro hoje é investir em uma vida mais plena e saudável no futuro.

Envelhecimento cerebral: Como o cérebro se transforma e estratégias para saúde mental duradoura

O nosso cérebro muda à medida que envelhecemos. Mas você sabe o que acontece com nosso cérebro enquanto envelhecemos?

Este é o nosso assunto de hoje.

Nosso cérebro, assim como o corpo, se transforma e envelhece ao longo dos anos. Embora isso possa trazer desvantagens, também há benefícios nesse processo.

Entenda, de forma resumida, como o cérebro se modifica e quais são as consequências dessas mudanças.

A maneira como o cérebro se altera com a idade sempre foi de interesse científico, principalmente em uma sociedade com uma expectativa de vida crescente.

O objetivo da ciência é entender como a gente pode chegar à velhice mantendo as funções cognitivas em bom estado.

O processo degenerativo do cérebro geralmente começa entre os 30 e 40 anos, com a função cognitiva declinando lentamente até os 60 anos.

Depois dos 60 anos, a taxa de deterioração aumenta. Porém, existem estratégias para retardar este processo.

Durante o processo de envelhecimento, algumas coisas acontecem com nosso cérebro.

  • Perda de volume cerebral: Conforme envelhecemos, o cérebro reduz em volume e massa devido à diminuição do tecido cerebral. As células cerebrais perdem conexões e algumas desaparecem gradativamente. Por isso, as alterações de humor se tornam mais comuns, as pessoas podem ficar mais depressivas, há maior risco de demência.
  • Também há alterações na substância branca: Durante o envelhecimento, é comum observar lesões nesta área do cérebro, que é responsável pela comunicação entre diferentes regiões neurológicas. Isso deixa a gente mais lento para aprender, compromete um pouco a atividade motora, afetando a nossa coordenação motora… Também altera nossa memória, que guarda menos as coisas.
  • Sofremos mudanças na estrutura das neurônios: Acúmulo de proteínas e outras disfunções ocorrem com o envelhecimento, diminuindo as funções cognitivas, como raciocínio, memória, atenção, entre outras.
  • Diminuição da plasticidade cerebral: Isso afeta nossa capacidade de aprender e adaptar-se, mas manter bons hábitos de vida pode ajudar a preservar essa capacidade.
  • Redução da atividade da amígdala: A amígdala é uma estrutura pequena e em forma de amêndoa no cérebro, crucial para processar e regular respostas emocionais, como medo e prazer. Para muita gente, a redução da amígdala pode representar uma boa notícia, porque diminuem as respostas emocionais, os excessos… E já há indicações inclusive que idosos podem se tornar mais positivos.

Mas o que a gente pode fazer para promover a saúde cerebral?

Segundo David Eagleman, um renomado neurocientista, o modo como o cérebro muda está diretamente relacionado aos nossos hábitos de vida e ao ambiente em que vivemos. Embora alguns fatores estejam fora de nosso controle, sempre podemos promover mudanças para melhorar a saúde cerebral.

Recomendações para um Envelhecimento Saudável do Cérebro:

  • Cuide da sua saúde mental.
  • Mantenha uma dieta equilibrada.
  • Mantenha-se curioso e sempre aprenda algo novo.
  • Desenvolva sua inteligência emocional.
  • Aprenda técnicas de gerenciamento de estresse.
  • Mantenha-se socialmente ativo e faça novos amigos.
  • Pratique exercícios físicos e mentais.
  • Estabeleça metas e desafios constantes.

Para concluir, é essencial cuidar do cérebro assim como cuidamos do resto do corpo. Proteja-o e promova seu bem-estar.

Jovens entre 18 e 24 anos: Ansiosos, sedentários e com sobrepeso

Dados do Relatório Covitel, após levantamento com 9 mil jovens entre 18 e 24 anos.

Resultados e dados apresentados:

* 40,3% dos jovens entre 18 a 24 anos estão com excesso de peso (soma de pessoas com sobrepeso e com obesidade). A obesidade aumentou 90% nesta faixa etária – de 9% para 17,1%.
* 31,6% já receberam diagnóstico médico de ansiedade e 14,1%, de depressão.
* 32,6% relataram episódio de consumo abusivo de álcool.
* Jovens são os que menos consomem frutas, verduras e legumes e os que mais consomem refrigerantes e sucos artificiais.
* Apenas 36,9% praticam os 150 minutos semanais de atividade física recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
* 76,1% usam dispositivos como celulares, tablets ou televisão três horas ou mais por dia para lazer.
* 8,2% já tiveram diagnóstico médico de hipertensão arterial (1,4 milhão de pessoas).

Números gerais:

* Menos da metade (45,5%) consome verduras e legumes cinco vezes ou mais na semana. A faixa etária que mais come é a dos mais velhos, com 65 anos ou mais. A porcentagem é similar com as frutas: 41,8%.
* Apenas 31,5% dos brasileiros praticam pelo menos 150 minutos de atividade física. Os homens são mais ativos do que as mulheres.
* 12,7% dos brasileiros já receberam diagnóstico médico para depressão e 26,8% para ansiedade.
Quase 60% dos entrevistados disseram que dormem o tempo recomendado para a sua idade e têm um sono de qualidade.

A pesquisa ouviu 9 mil brasileiros, de capitais e cidades do interior das cinco regiões do Brasil, entre janeiro e abril de 2023.