O corpo como instrumento de conquista

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Às vezes me questiono sobre o valor de determinados textos que escrevo… Acabo me perguntando: será que as pessoas não sabem disso? Era necessário tratar desse tema?

É o caso deste texto. Parece tão óbvio que o corpo não deve ser instrumento de conquista que nem deveríamos discutir a questão. Entretanto, não raras vezes, noto que algumas pessoas fazem do corpo o principal instrumento de sedução.

Sabe, não existe problema em se cuidar. E cada um deve saber em que medida se sente confortável em sensualizar, seduzir… Porém, no que diz respeito à conquista, é fundamental compreender que, se o corpo é o “cartão de visitas”, você atrairá pessoas que mais valorizam a imagem que o conteúdo.

Estar bela, sentir-se bela é fundamental. Faz bem para a autoestima. Ninguém gosta de se sentir “caidinho”. Muito menos se sente confortável em sair de “qualquer jeito” para encontrar alguém. Entretanto, existe uma enorme diferença entre ser/estar bonita, ter um belo corpo, vestir-se bem e usar o corpo para conquistar. Quem faz isso atrai gente que se interessa por um corpo, pela aparência. Atrai gente que quer a mulher gostosa, não quer a inteligência dela.

Isso é machismo? Sim. É justamente a cultura machista que motiva essa visão da mulher como produto a ser consumido. Por isso, quando a mulher faz do corpo um instrumento de conquista, reproduz essa visão machista. Além disso, em certa medida, está aceitando ser tratada como objeto.

Mulheres que querem ser bem-sucedidas num relacionamento usam a inteligência, o conhecimento, para mostrar quem são. Essas mulheres vão atrair homens sensíveis e interessados em ter como parceira alguém que é muito mais que um corpo; vão atrair homens que têm interesse num compromisso para a vida, pois sabem que a beleza vai embora, mas o ser humano – com seu saber, com seus valores – permanece.

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