Prefeitura falha no atendimento à população de rua

A prefeitura de Maringá tem falhado nas políticas de atendimento à população de rua. E não é de hoje. O problema se arrasta há várias gestões. Porém, acentuou-se nos dois últimos anos. Embora a gente não tenha estatísticas oficiais, é visível o aumento da quantidade de pessoas que estão nas ruas.

Gente nas ruas é resultado, geralmente, de três situações: dependência química, perda de emprego e conflitos familiares. Ou seja, a solução para o problema passa pelo desenvolvimento de políticas públicas bastante distintas. Desde a prevenção e tratamento de dependentes químicos até acolhimento das famílias.

Contudo, essas políticas não possuem efeito imediato. Por isso, além de cuidar das causas, há necessidade de ações imediatas. Não dá para o poder público se proteger atrás da legislação que permite o ir e vir das pessoas. Moradores de rua, principalmente quando são dependentes químicos, fazem abordagens que intimidam, assustam e colocam em risco a população.

Hoje, dificilmente alguém consegue circular por alguns espaços públicos sem ser abordado por gente pedindo dinheiro e, por vezes, de maneira intimidadora. A população acaba se sentindo insegura, com medo.

Por isso, é fundamental que o poder público tenha ações ostensivas. É necessário colocar a guarda municipal, assistentes sociais e até mesmo a polícia para abordar essas pessoas diariamente. Há necessidade de uma política ostensiva. O poder público precisa oferecer amparo para esse público, insistir que participem dos programas de inserção, mas ao mesmo tempo é preciso que sintam que a cidade tem comando. A população de rua não pode se sentir livre, à vontade para ficar onde quiser e agir como bem entender.

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