Políticas de atendimento aos moradores de rua

Defendi e defendo uma política mais ostensiva para reduzir o número de moradores de rua. Em Maringá e noutras cidades do Brasil, mais que um problema social, a presença dessas pessoas nas ruas também representa um risco à segurança.

O poder público em nossa cidade tem falhado no enfrentamento dessa realidade.
Contudo, tem gente que questiona esse posicionamento. Primeiro, afirma que agir de forma mais ostensiva para reduzir os moradores de rua significa ausência de sensibilidade social. Segundo, tem também quem alega que o aumento da população de rua é culpa do (des)governo Michel Temer que teria ampliado os bolsões de miséria.

Posso assegurar que tenho sensibilidade social e reconheço que o (des)governo Temer tem potencializado a miséria no país. Contudo, ficar achando culpados não resolve o problema.

A gente precisa agir. E em duas frentes. A primeira, no reconhecimento das causas que levam às pessoas pras ruas. Com isso, desenvolver políticas de tratamento de dependentes químicos, inserção em cursos profissionalizantes e apoio às famílias. Mas a segunda frente é de caráter imediato. Trata-se da presença efetiva do poder público nas ruas. Ação de abordagem, levantamento de dados, investigação de antecedentes criminais… Isso precisa ser feito todos os dias. Quem mora nas ruas precisa sentir-se vigiado, monitorado. Eu disse e volto a repetir: as pessoas precisam perceber que a cidade tem comando.

Hoje, observa-se nitidamente que a ausência de políticas ostensivas motiva o crescimento da população de rua. Eles migram inclusive de outras cidades. Tá tudo muito fácil.

Essas pessoas que moram nas ruas devem ser estimuladas a deixar essa condição de vida, ainda que para isso, inicialmente, sintam-se pressionadas.

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