Morte de professora reforça necessidade de maior controle de população de rua

Talvez eu esteja sendo repetitivo… Porém, o assassinato da professora Kaka, em Maringá, reforça a necessidade de um olhar mais atento à população de rua. Maria Aparecida Carnelossi Pacífico foi morta no sábado, na casa dela, enquanto dormia. Suspeita-se que os assassinos sejam moradores de rua.

Tenho dito que ignorar a relação que existe entre o aumento da população de rua e a violência é se omitir diante de um problema grave, que afeta toda a população.

Morador de rua não é necessariamente bandido. Mas vários estudos mostram que quase 40% desse público são dependentes químicos. E pesquisas também mostram que pessoas sob efeito de drogas perdem parcialmente a capacidade de agir com bom senso. Princípios éticos e morais são atropelados. A necessidade de acesso às drogas também motiva furtos e assaltos.

Ainda nesse último domingo, um amigo da minha filha, um garoto de 17 anos, apanhou de dois moradores de rua que tentaram assaltá-lo. O rapazinho está com rosto machucado e algumas partes do corpo doloridas.

Entendo que o poder público não deve adotar uma política higienista. Mas é fundamental manter uma postura ostensiva. Moradores de rua precisam diariamente ser abordados, observados, revistados… Os pertences deles devem ser verificados. Há necessidade de ver se carregam algum tipo de arma, drogas, objetos de furtos…

A prefeitura tem que saber quem são esses moradores, seus nomes, suas histórias… Identificar onde dormiram hoje e onde vão pernoitar amanhã… Se já participaram de algum programa de reabilitação, se têm ficha policial, se possuem família na cidade, se têm interesse em algum curso profissionalizante…

Essa abordagem tem que ser sistemática. Isso mostra controle. Mostra que a cidade tem comando.

Se isso não for feito, nenhum programa de atendimento à população de rua será eficaz e muito menos o combate à violência terá sucesso.

Um comentário em “Morte de professora reforça necessidade de maior controle de população de rua

  1. A droga é efeito, não causa da exclusão. A pessoa já vive excluída socialmente, e sua miserabilidade faz a droga florescer.
    Qdo a droga for realmente tratada como efeito vamos conseguir resgatar a dignidade dessas pessoas.

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