Como enfrentar a rejeição?

A rejeição é uma experiência que quase todos nós enfrentamos em algum momento de nossas vidas. Segundo Harold Kushner, “ser rejeitado pode causar uma dor imensa. Pode levá-lo a questionar o seu futuro e o seu próprio mérito, mas pode ser resultado das limitações de outra pessoa, e não das suas”.

A rejeição pode ter um impacto significativo na autoestima de uma pessoa. Pode levar à dúvida, à incerteza e ao questionamento da própria identidade.

O psicólogo Albert Ellis sugere que, quando uma pessoa é rejeitada, ela pode desenvolver ideias e crenças limitantes sobre si mesma e sobre a sua capacidade de ser amada ou aceita.

Estas crenças limitantes, por sua vez, podem ter um efeito prejudicial sobre as emoções.

O psicólogo e pesquisador Roy Baumeister afirma que a rejeição pode levar a sentimentos intensos de tristeza, raiva e frustração. Estes sentimentos negativos podem ser difíceis de superar e podem levar a um ciclo de auto-rejeição – a pessoa rejeitada rejeita a si mesma devido às experiências negativas que vivenciou.

No entanto, é crucial lembrar o que Kushner destaca: a rejeição muitas vezes diz mais sobre a pessoa que rejeita do que sobre a pessoa rejeitada.

A psicóloga e autora Susan David diz que as ações e decisões das pessoas são muitas vezes impulsionadas pelos seus próprios medos, inseguranças e limitações. Ou seja, quando alguém nos rejeita, isso pode ser reflexo das suas próprias lutas internas.

Entender a rejeição como algo que é mais sobre a outra pessoa do que sobre nós mesmos pode nos ajudar a desmistificar a experiência e a recuperar o controle sobre a nossa autoestima e as nossas emoções.

Isso não significa que a rejeição não doa ou que não devemos levar em conta o feedback construtivo, mas sim que devemos ter cuidado para não permitir que a rejeição nos defina ou limite o nosso potencial.

Portanto, ao enfrentar a rejeição, é essencial lembrar-se das palavras de Kushner e entender que a rejeição muitas vezes diz mais sobre as limitações da outra pessoa do que sobre nós.

Pra concluir, quero deixar algumas dicas. Reagir de maneira saudável e produtiva à rejeição pode ser desafiador, mas quero fazer algumas sugestões que podem ajudar:

1- Reconheça suas emoções: A primeira etapa para lidar com a rejeição é permitir-se sentir. É normal sentir-se triste, magoado ou até mesmo com raiva. O importante é não reprimir essas emoções, mas reconhecê-las e permitir-se vivenciá-las.

2- Faça uma reavaliação cognitiva: A rejeição pode levar a pensamentos negativos sobre si mesmo. Tente identificar esses pensamentos e questioná-los. Lembre-se do que Harold Kushner mencionou – a rejeição muitas vezes diz mais sobre a pessoa que rejeita do que sobre a pessoa rejeitada.

3- Exercite a auto-compaixão: A autocompaixão envolve ser gentil consigo mesmo e tratar-se com o mesmo cuidado e compreensão que você daria a um amigo. O trabalho de Kristin Neff mostra que a autocompaixão pode ser uma ferramenta poderosa para lidar com a rejeição.

4- Busque apoio: Compartilhe suas experiências com amigos ou familiares em quem você confia. Às vezes, apenas falar sobre o que aconteceu pode ajudar a aliviar a dor da rejeição.

5- Cresça a partir da experiência: Procure aprender com a situação. Embora possa ser doloroso, a rejeição pode ser uma oportunidade para o crescimento pessoal. Pergunte a si mesmo: há algo que eu possa aprender com isso? Existe alguma forma de eu me fortalecer a partir dessa experiência?

Pegou a ideia?

Lembre-se, a rejeição é uma experiência que todos nós enfrentamos. Não é um reflexo de seu valor ou mérito. Portanto, trate-se com gentileza, compaixão e lembre-se de que você é muito mais do que as rejeições que possa ter enfrentado.