Pare de aspirar a ser outra coisa além do melhor de você mesmo…

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Já se pegou fazendo comparações, achando que as outras estão à sua frente, são melhores do que você?

Já desejou ter a vida, o corpo ou o sucesso de outra pessoa?

Se a resposta é “sim”, primeiro, não se culpe. Eu já fiz isso e ainda hoje, vez ou outra, caio nesta armadilha emocional.

É muito fácil a gente olhar para o lado e pensar coisas do tipo: “poxa, eu trabalho aqui há 10 anos, mas é o fulano que chegou agora que é tratado como se fosse o mais experiente”.

Ou ainda… “Eu sempre fui um aluno dedicado, me esforcei, mas é o fulano que nem aparecia nas aulas que hoje faz sucesso”…

Pior que este tipo de sentimento surge inclusive dentro da igreja. Você sabe que é comprometido, dedicado e qualificado, mas é outra pessoa a que é lembrada para ocupar uma função de liderança.

Isto incomoda. E pode mexer com nossa cabeça.

Por isso, recorrer à sabedoria que vem do passado pode nos ajudar.

Um sábio chamado Epicteto disse: “Pare de aspirar a ser outra coisa além do melhor de você mesmo. Porque isso está sob seu controle.”

A afirmação do sábio é um importante lembrete para que nos concentremos em fazer o nosso melhor. É só isso que controlamos.

E o que está sob nosso controle?

“Sob nosso controle estão as nossas opiniões, aspirações, desejos e as coisas que nos causam repulsa ou nos desagram” (Epicteto). Noutras palavras, “temos sempre a possibilidade de escolha quando se trata do conteúdo e da natureza de nossa vida interior”.

Na prática, o que podemos, de fato, é sermos o melhor de nós mesmos. Sermos pessoas melhores, inclusive reagindo melhor aos fatos, acontecimentos.

A cada dia, você pode ser um melhor aluno, um melhor pai, uma melhor esposa… E é isso o que você controla.

Ser melhor não é sobre ser o melhor em relação aos outros… E nem em ser melhor do que os outros e tampouco ser melhor para ter garantias de ser beneficiado.

Trata-se de canalizar forças, investir em nosso próprio crescimento e evolução. Não pelos outros, mas porque, se somos filhos de Deus, podemos nos tornar pessoas melhores.

E nesta jornada de crescimento, aspiramos o desenvolvimento não para nos encaixarmos em algum padrão, ou naquilo que talvez seja a referência do momento.

Um exemplo: hoje, em função da lógica imposta pelos algoritmos das redes sociais, existem pessoas que, em nome da visibilidade, estão perdendo a essência. A pessoa deixa de falar o que acredita para falar o que vai viralizar.

Quando isso acontece, onde fica a verdade? Como fica a identidade da pessoa?

Gente, a verdadeira aspiração deve ser tornar-se a melhor versão de nós mesmos, pois isso está sob nosso controle.

Em um mundo dominado por padrões efêmeros, é fácil perdermos de vista essa verdade fundamental.

Entretanto, ao voltarmos o olhar para dentro e nos concentrarmos em aprimorar nosso caráter, habilidades e compreensão, encontramos um propósito mais profundo e duradouro. Esse é o norte que devemos buscar.

Não se trata de ser melhor que os outros ou de se moldar ao que o mundo espera de nós, mas de honrar nossa essência, nutrir nossos talentos e seguir a nossa bússola moral e ética. Em resumo, ser genuinamente nós mesmos, na melhor versão possível.

Assim, ao invés de buscar incessantemente por aprovação externa ou tentar se encaixar em moldes pré-definidos, que tal focar no que realmente está sob seu controle?

Seja o autor de sua própria história, abrace suas singularidades, e todos os dias, inspire-se a ser, não o que o mundo quer que você seja, mas o melhor de si mesmo. Afinal, é nesse compromisso autêntico com nosso próprio ser que encontramos a verdadeira liberdade e realização.