9 coisas que você pode fazer por sua saúde mental

Por mais que você tenha planos, sonhos, projetos… Cuidar de você deve ser a sua prioridade. Você não vai ter um bom relacionamento, se você não estiver bem. Você não vai ter um excelente desempenho na carreira, se você não estiver bem. E você não vai fazer o melhor para honrar a Deus, se você não estiver bem.

Prefere ouvir? Dê o play!

Por isso, é fundamental cuidar de si mesmo/a. E isto envolve o cuidado com a saúde mental. Uma boa saúde mental permite que as pessoas maximizem seu potencial, trabalhem de forma produtiva, realizem seus objetivos e contribuam para suas comunidades.

Então, siga as dicas.

Apreciar a natureza.
Somos seres naturais. Não podemos viver desconectados da natureza. Por isso, frequentar bosques, passar um tempo em ambientes verdes, locais com lagos, rios, parques pode reduzir o estresse, melhorar o humor e aumentar a sensação de bem-estar. Atividades como caminhadas ao ar livre, jardinagem também são extremamente benéficas.

Exercício físico
Exercitar-se regularmente é mais do que apenas manter a forma física. Segundo estudos, a atividade física melhora a qualidade do sono, reduz o estresse e eleva a liberação de neurotransmissores como serotonina e dopamina, fundamentais no combate à depressão e à ansiedade.

Dormir bem
Já que citei a qualidade do sono, como efeito da atividade física… Entenda: Um sono de qualidade é essencial para a saúde mental. Muita gente, hoje, negligencia o tempo de sono, principalmente os mais jovens. A privação do sono pode causar problemas de concentração, irritabilidade e diminuição da motivação.

Conexões sociais
Engajar-se em hobbies e manter conexões sociais são vitais para a saúde mental. Investir em sua família, se conectar às pessoas é essencial. A manutenção de relacionamentos saudáveis fornece suporte emocional, aumenta a autoestima e ajuda a gerenciar estresse e ansiedade.

Tenha algum hobby
Faça algo pelo prazer de fazer… Particularmente, gosto da música – que tem um efeito poderoso sobre a mente. Também amo os livros. Mas você pode fazer a sua escolha. Vale o artesanato, pintura, esporte…

Trabalhe, mas estabeleça limites
Reconhecer sinais de estresse e esgotamento no trabalho é crucial. Estabelecer limites entre a vida profissional e pessoal, e comunicar necessidades e preocupações no ambiente de trabalho pode ajudar a manter um equilíbrio saudável. Precisamos do trabalho e estar comprometidos com os negócios faz bem para a mente. Porém, para tudo há um limite.

Organização da rotina
Manter uma rotina organizada é essencial para o bem-estar mental. Usar uma agenda para planejar atividades e compromissos pode ajudar a evitar sobrecarga e estresse, permitindo um melhor gerenciamento do tempo e das responsabilidades. Quando não temos boa organização, sofremos inclusive situações de estresse desnecessárias ao sermos cobrados, por exemplo, por compromissos que esquecemos.

Prática da gratidão
Estudos mostram que reservar um momento do dia para refletir sobre as coisas pelas quais somos gratos pode aumentar o bem-estar psicológico, reduzir sintomas de depressão e ansiedade, e promover uma perspectiva mais positiva da vida. Tem um estudo específico que aponta o valor de listar 3 motivos diários de gratidão.

Ajuda profissional
Não é frescura! Contar com ajuda de um terapeuta pode fazer toda a diferença. Cada pessoa tem necessidades únicas, e um especialista pode oferecer suporte personalizado e orientação para enfrentar desafios específicos – inclusive para lidar com traumas do passado, relacionamentos mal resolvidos etc.

Pegou a ideia?

Quando você investe nas práticas que listei, você investe em você. Você melhora a sua vida! Pode apostar.

Ocupe a sua mente!

Quais são os seus pensamentos?

Você já reparou nas coisas que você pensa?

Já prestou atenção nos temas que ocupam a sua mente?

Deixa te contar uma coisa…

Um grupo de pesquisadores americanos, liderado por Marco Iacoboni e Matthew Lieberman, investigou o cérebro em um estudo de ressonância magnética funcional.

Esses pesquisadores descobriram que a atividade padrão do cérebro – o que acontece automaticamente quando nada mais está acontecendo – parece ser matutar sobre nossos relacionamentos.

É como se o nosso cérebro ficasse ruminando as coisas negativas que acontecem em nossas relações.

Os pesquisadores descobriram que nosso cérebro dá enorme importância ao mundo social. As coisas que acontecem conosco, e que envolvem outras pessoas, ocupam parte significativa dos nossos pensamentos.

Detalhe, os cientistas também notaram que, se não trabalharmos conscientemente nesses pensamentos, existe enorme possibilidade de se tornarem um problema. Isso porque ficamos analisando, analisando de novo e, frequentemente, nos apegamos aos pequenos detalhes negativos dos acontecimentos.

Sabe aquelas palavras duras que seu chefe disse? Elas voltam à sua mente quando sua mente não está ocupada com outras coisas importantes e mais urgentes.

Você deu bom dia para o colega de trabalho e ele mal olhou pra você. Pronto, seu cérebro vai ficar ruminando o que aconteceu, trazendo uma série de pensamentos negativos.

Sua sogra fez um comentário sobre o que ela fazia por seu marido quando ele era garoto e isso é suficiente para você ficar ruminando, imaginando que ela quis dizer que você é uma péssima esposa.

Na prática, o seu cérebro, ao ruminar sobre os acontecimentos envolvendo outras pessoas, cria monstros e destrói seu humor.

A coisa é tão complexa que nesse processo de ruminação, nosso cérebro resgata até mesmo coisas que, de fato, já machucaram no passado , voltam a machucar. E às vezes com potencial ainda mais destrutivo.

E tem mais… Todas as nossas memórias são uma espécie de filme que nós mesmos criamos a partir dos acontecimentos.

Nosso cérebro, em função das nossas vivências e das nossas emoções, edita tudo o que ocorre conosco criando uma imagem do que aconteceu. Mas essa imagem não é perfeita. Ela reproduz, em parte, a realidade; parte das imagens são criações do próprio cérebro – são histórias que contamos para nós mesmos.

Ei… você já ouviu aquele ditado que diz que “mente vazia é oficina do diabo”?

Pois é… É exatamente isso que a equipe de pesquisadores dos doutores Marco Iacoboni e Matthew Lieberman descobriu.

Quando você está de bobeira, o cérebro viaja. E pode viajar justamente para as suas relações sociais mais próximas. E aí você fica ruminando e desenvolvendo pensamentos negativos, inclusive sobre pessoas que você ama e amam você.

Então qual a dica dos cientistas para nós:

Ocupe a mente. Se não ocuparmos a nossa mente com nossas obrigações, vamos nos perder nos nossos pensamentos.

A mente precisa estar ocupada com o que realmente importa. Mente voltada no que importa não é ocupada pelas distrações e pensamentos vazios.

E aqui uma observação sobre as redes sociais. A mente vazia, quando voltada para o consumo de conteúdos das redes sociais, pode navegar por mares perigosos, principalmente se você ficar espionando os conteúdos publicados pelas pessoas que são alvo da sua ruminação. Isso vai potencializar ainda mais emoções negativas a respeito de pessoas com as quais você convive.

A segunda dica é a seguinte: ocupe sua mente com coisas positivas. Quando você estiver mais tranquilo, não fique à toa…

Dedique esse tempo livre à leitura de um bom livro, à leitura da Bíblia, ouça uma música inspiradora, veja um bom programa na tv… Estude algo!

Só não permita que seu cérebro seja oficina de pensamentos negativos, principalmente, dando espaço para alimentar coisas ruins a respeito das pessoas.

E mais uma dica do Ronaldo: quando sua mente se voltar para algo que aconteceu nas relações, com o marido, com a mulher, com os filhos… Se segue te incomodando, converse com a pessoa. Esclareça. Coloque em dúvida, inclusive as suas convicções sobre o que aconteceu envolvendo você e e outra pessoa. Permita-se duvidar. E dê uma chance para a outra pessoa. Esclareça! Não carregue com você sentimentos negativos.

Pegou a ideia?

Prisioneiros de si mesmos

triste sozinha

Cheguei há pouco de uma corrida na chuva. Caminhar, correr são coisas que gosto. Mas, na chuva, não diria que seja algo que faço rotineiramente. Entretanto, com a academia fechada nas férias, não dá pra descuidar. Então, por volta das 20h, coloquei short, camiseta, tênis e saí pro parque. Confesso que, apesar da água escorrendo no rosto e molhando toda a roupa, a sensação é agradável – sem contar que não há riscos de trombar com ninguém. Porém, sair de casa foi uma “briga”.

Enquanto corria, pensava… O que somos? Somos uma mente em movimento. Claro, tem corpo, alma… essas coisas todas – dependendo, claro, da posição religiosa de cada um. Mas tudo passa pela nossa mente. Ou, como prefiro, nossa consciência (pra quem gosta de teorias, falo de consciência na perspectiva de um autor russo chamado Bakhtin).

Por que falo da consciência? Dessa mente em movimento? Por uma razão bem simples: quando decidi correr na chuva, fiz isso por uma escolha. Uma escolha que nasceu e se realizou na minha mente. De verdade, a ideia não parecia a mais divertida. E acho que a maioria das pessoas pensa a mesma coisa. Afinal, não havia mais ninguém no parque. Camisa molhada, tênis molhada… Um friozinho… Nada parecia empolgante. Por que relutava ir? Qual o prejuízo? Apenas o desconforto do corpo. Minha mente não seria molhada. Apenas o corpo. Se minha mente ignorasse a chuva, achasse normal a gotas d´água caindo sobre a cabeça, não teria problema algum. Tudo passaria – e passou – pela maneira como eu encararia o cenário.

Sabe, de certa forma é bem isso: o corpo é apenas a “casa” de nossa mente. Nossa consciência é que comanda tudo. Não raras vezes, travamos diante da vida não porque não somos capazes, mas porque acreditamos ser incapazes. 

Este é um drama diário. Nosso corpo é motivado por desejos. Mas quem comando o corpo? Deveria ser nossa mente. Nem sempre é. Mas deveria. Não raras vezes nos tornamos reféns do corpo, dos desejos. Ou da ausência deles. E a mente fica presa a um corpo cheio de vícios. O sujeito sabe o que fazer, mas não consegue fazer. Onde está o problema? Na ausência de comando. A mente (a consciência) não consegue fazer o corpo responder. As atitudes não respondem à razão, apenas aos desejos.

Diante de um banquete, a pessoa perde o controle. Sabe que não pode exagerar, mas come mais do que deve. A pessoa está acima do peso, sabe da importância de exercitar-se, mas fica adiando. Nunca começa.

E o que dizer dos bloqueios emocionais? O sujeito está numa entrevista de emprego, sabe o que deve fazer, mas não consegue. Mal dá conta de abrir a boca. Depois sai dali lamentando-se e se achando a pior pessoa do mundo. O camarada conhece uma garota maravilhosa. Porém, não consegue sequer convidá-la pra jantar. Tem medo de ouvir um “não”.

Outras tantas pessoas olham pra si mesmas de maneira negativa. Olham para o espelho e se enxergam desprovidas de beleza, incapazes, derrotadas. O problema é físico? Não, não é. O corpo apenas sofre as consequências de uma mente. A sua consciência está deformada e o cérebro não comanda. Nada dá certo. E o problema está lá dentro… Na maneira como a própria pessoa se vê.

Tem saída? Sempre tem. Entretanto, é preciso acreditar em si mesmo. Transformar a mente em comandante do corpo. Uma consciência doente vai matando o corpo aos poucos… aniquilando os desejos, roubando a vida. Uma mente passiva, que se deixa dominar pelos desejos também causa dor, pois agride a razão. Nessa guerra, são vencedores aqueles que valorizam os desejos, mas sabem controlá-los por meio de sua consciência. São vencedores aqueles que conhecem a si mesmos, dominam as próprias vontades, superam as crises de auto-imagem e entendem que somos aquilo que pensamos ser.

Como disse certa vez o escritor alemão Goethe:

Não basta saber, é também preciso aplicar; não basta querer, é preciso também agir.