Assédio moral: quando acontece?

Deveríamos ter relações saudáveis no ambiente de trabalho. Pela nossa saúde física e emocional, a empresa teria que ser um local alegrador e de realizações. Com exigências sim – afinal, estamos falando de um ambiente profissional -, mas um um espaço de respeito, produção de riquezas e desenvolvimento pessoal.

Porém, nem sempre é isso o que acontece.

No ambiente de trabalho, os profissionais se deparam com uma diversidade de desafios que transcendem as tarefas cotidianas. E o assédio moral se destaca como uma questão grave, capaz de minar a autoestima, a produtividade e o bem-estar dos envolvidos.

O assédio moral se manifesta através de comportamentos abusivos, repetitivos e prolongados. E acaba por desestabilizar a vítima fazendo-a duvidar de si, de sua capacidade e tirando o prazer de trabalhar.

O assédio moral pode acontecer de várias maneiras, mas hoje quero apresentar as formas mais comuns:

  1. Isolamento e exclusão: Quando um funcionário é sistematicamente ignorado, isolado de reuniões importantes ou excluído das comunicações da equipe sem justificativa plausível. A pessoa sequer é consultada quando tarefas que dizem respeito a ela vão ser executadas.

Também é isolamento e exclusão ignorar sistematicamente os e-mails ou mensagens de um colaborador, não incluí-lo em discussões relevantes ou fazer com que se sinta invisível durante as interações da equipe.

Isso pode fazer com que o profissional se sinta desvalorizado e rejeitado. É ainda uma maneira de humilhar e agredir emocionalmente o colaborador.

  1. Desqualificação e humilhação pública: Ataques constantes à capacidade profissional, com críticas públicas, piadas depreciativas ou a atribuição de tarefas incompatíveis com seu nível de competência.

Às vezes, esse tipo de crítica e humilhação acontece diante dos colegas, em reuniões ou em espaços compartilhados por outras pessoas. Mas também ocorre em frente aos clientes, fornecedores…

  1. Sobrecarga de trabalho: Carga de trabalho excessiva ou prazos impossíveis de serem cumpridos também se configuram como assédio.

Às vezes, o assediador é alguém que trabalha demais e não se dá conta que está passando dos limites. Mas a falta de empatia e de percepção do contexto em que o trabalhador está inserido não justifica os abusos, principalmente se acontecem de maneira recorrente.

Outras vezes, o trabalhador é sobrecarregado por falta de pessoal. A empresa tenta garantir a produtividade, mas não amplia o quadro de funcionários e exige que a pessoa faça mais do que ganha para fazer, excedendo a quantidade de tarefas, a carga horária e a função para a qual foi contratada.
Também ocorre quando o chefe ou empregador delega apenas as tarefas indesejadas ou aquelas que estão claramente além da capacidade de conclusão no tempo dado a um único funcionário, enquanto outros membros da equipe recebem tarefas equilibradas e oportunidades de destaque.

  1. Ameaças e intimidações: Ameaças veladas ou explícitas de demissão, redução de posição (ou seja, quando o funcionário é rebaixado ou perde sua função sem um acordo prévio e compensações)… A perda de benefícios, quando é usada como meio de coação do trabalhador… Essas são expressões de ameaças, de intimidação e se configuram como assédio moral.

O profissional que enfrenta essas situações no dia a dia está diante de um possível quadro de assédio moral. E o assédio moral é crime. Pode render até dois anos de prisão para o assediador, além do pagamento de multas.

Por isso, se você sofre assédio moral, fique atento. Identifique o problema, reúna provas, se posicione sobre o problema no departamento pessoal da empresa e se, continuar sendo desrespeitado, procure um advogado para mais orientações.

Da parte das empresas, é crucial que líderes e empregadores estejam atentos e procurem criar um ambiente de trabalho seguro, respeitoso e inclusivo. As organizações devem promover políticas claras contra o assédio moral, oferecer canais de denúncia anônimos e seguros, e garantir que todas as reclamações sejam tratadas com seriedade e imparcialidade.

Três erros comuns que os casais cometem durante conflitos

Quando você tem um conflito com seu parceiro, com sua parceira, vocês conseguem resolver com tranquilidade?

Ou a casa cai aí?

Hoje vou citar três erros comuns que os casais cometem durante conflitos. 

Sabe, é muito comum, mesmo casais que estão há bastante tempo juntos, enfrentarem problemas. E repetirem comportamentos que são nocivos para o relacionamento. 

Então, quais são esses erros? Pegue aí… 

Erro 1: Exigir mudança do outro

Focar apenas nas falhas do parceiro sem reconhecer as próprias é um erro comum. Isso geralmente resulta numa atitude defensiva da parte do outro e potencializa o confronto, porque quem é cobrado também fará cobranças. 

E aí nada vai mudar. Se ele precisa mudar, certamente você também tem coisinhas aí que ele gostaria que mudassem. Por que só ele ou ela precisa mudar? 

Por isso, encorajo os casais a exercitarem a empatia; procure se colocar no lugar do seu parceiro/a, sem ideias pré-concebidas. Tente compreender a perspectiva dele, a visão dela. Pessoas são diferentes, lembre-se disso. 

Além disso, vale lembrar: ninguém muda ninguém. Você nunca vai mudar seu parceiro/a, se ele/a não tiver consciência da necessidade de mudar. 

Erro 2: Escalar o conflito

Quando a gente quer ser ouvido, a gente pode se perder e aumentar o tom de voz. Já notou isso? 

Quando a outra pessoa parece estar bloqueando o que estamos falando, vamos intensificando o tom de voz… E, às vezes, gritamos. 

Mas nem sempre fica só nos gritos. Gritos podem vir acompanhados de ironia, sarcasmo ou até insultos. Essas táticas apenas agravam o conflito, e produz mágoas, ressentimentos e desamor. 

Erro 3: Evitar e ceder

Em situações de conflito, evitar ou ceder é outro erro comum. 

Deixa eu explicar… Eventualmente, um dos parceiros, para pôr fim ao conflito, pode se desligar da situação – seja se afastando fisicamente, desconectando-se emocionalmente ou cedendo para evitar mais discussões. 

No coração da pessoa, a situação não está resolvida, mas ainda assim prefere evitar a discussão ou ceder. Quando isso acontece, o ressentimento se acumula. 

Esse comportamento impede uma resolução verdadeira e pode fazer com que o conflito ressurja mais tarde.

Mas e aí, Ronaldo, como superar o impasse? – talvez essa seja a sua pergunta.

Algumas dicas: 

Primeira – aceite que ambos, talvez, tenham razão (ou os dois estejam errados). Por isso, evite pensar em termos de certo e errado, e adote uma abordagem mais aberta, reconhecendo que ambas as perspectivas têm validade. Isso encoraja a busca por soluções criativas juntos.

Segunda – investigue a verdadeira origem do conflito. Muitas vezes, disputas recorrentes têm raízes mais profundas, possivelmente relacionadas a traumas passados (ou problemas não resolvidos). Eu costumo dizer que “o passado nos persegue” e, vez ou outra, aparece para atrapalhar nossa vida. 

Terceira dica para não errar na resolução dos conflitos – permaneça engajado no conflito. O que isso quer dizer? Não corra para resolver o conflito. Pode ser desconfortável, mas enfrentar o problema sem pressa para resolvê-lo imediatamente permite um entendimento mais profundo e soluções mais duradouras.

Quarta dica – seja vulnerável. Não se esconda. Expresse seus sentimentos, suas preocupações de forma aberta. Diga o que vai no coração, sem atacar o outro. Isso pode fortalecer a conexão e o entendimento mútuo.

Quinta dica – lembre-se daquilo que une vocês. Os pontos fortes que conectam vocês devem ser lembrados. Partir daquilo que une o casal, lembrar-se das concordâncias facilita a cooperação e a resolução conjunta de problemas.

Essas estratégias podem ajudar casais a superar impasses e construir um relacionamento mais forte e compreensivo.

Seja o melhor que puder…

Você é o tipo de pessoa que busca se aperfeiçoar, busca crescer cada vez mais mais?

Eu gosto demais da frase: seja o melhor que puder!

Acho essa ideia fantástica. Ela é imperativa e estimula o constante aperfeiçoamento, a busca por crescimento.

“Seja o que melhor que puder” é palavra de ordem que transcende o sentido de ser um melhor profissional.

Pra mim, ser o melhor que posso ser significa ser uma melhor pessoa, um melhor marido, um melhor pai, um melhor filho, um melhor amigo, um melhor professor, um melhor comunicador, um melhor escritor… E isso a cada novo dia.

Ser o melhor que posso ser, pra mim, não é apenas frase de efeito; é prática de vida.

Ser o melhor que podemos ser é uma filosofia de vida que todos devemos adotar.

Trata-se de a cada novo dia acordar determinado a ser melhor do que foi ontem. E, amanhã, tentar ser melhor do que hoje.

Lamentavelmente, somos bastante displicentes com o autodesenvolvimento. Não assumimos a responsabilidade pelo nosso processo de evolução. Não buscamos os recursos e as condições que estão disponíveis para o cuidado de si. Muitos sequer investem tempo no autocuidado!

A busca por ser o melhor que puder ser é um compromisso com o autoconhecimento, com a autorresponsabilidade, com a busca por lapidar-se como ser humano.

É estar comprometido consigo mesmo! Um comprometimento que motiva um olhar atento para si mesmo a fim de identificar o que pode ser mudado, o que há de bom e que pode ser potencializado.

E essa não é uma ideia de coach. Essa ideia nasce na filosofia antiga e encontra, na Bíblia Sagrada, uma orientação maravilhosa. A palavra sagrada sustenta a necessidade de vivermos diariamente o processo de santificação.

A busca pela santificação não significa uma busca por ser santo – alguém que nunca falha.

A busca pela santificação se traduz por uma prática de vida consciente em que cada pessoa tenta tornar-se uma pessoa melhor, mais parecida com Cristo.

Ser o melhor que puder significa exatamente isso: estar consciente de que há espaço para crescer em todas as áreas da vida – há espaço para espiritualidade mais profunda, há espaço para se tornar uma pessoa mais bondosa, mais amável, mais generosa, mais acolhedora, mais empática…

Em todas as áreas da vida, há espaço para crescimento. Se você tem o hábito de reclamar, dá para trabalhar isso aí… Se costuma se atrasar sempre, por que não mudar esse comportamento? Se não cuida da alimentação, será que não dá para melhorar pelo menos um pouquinho? Se há muito tempo não faz um curso de aperfeiçoamento profissional, que tal encontrar algo interessante e vencer o comodismo?

Tá entendendo?

“Seja o melhor que puder” é viver a busca pela excelência, mas sem alimentar a crença da perfeição.

Não somos perfeitos. E temos limites físicos, biológicos e também impostos pelas circunstâncias.

Seja o melhor que puder é também se respeitar e compreender que esbarramos nesses limites. Por exemplo, na “década de 1950, o eminente psicanalista Donald Winnicott introduziu o conceito de ‘mãe suficientemente boa’. (Sonja L.)

Winnicott, ao apresentar o conceito de “mãe suficientemente boa”, quis mostrar que uma mãe que deseja ser perfeita agride-se diariamente, é sufocada por um ideal inalcançável.

O que é uma mãe suficiente boa? “É uma mulher que não se esforça à perfeição para atender imediatamente a todas as necessidades de seu filho, mas que, ainda assim, permite que o filho se transforme em um adulto bem-ajustado” (Sonja L.). Na prática, ela busca ser o melhor que ela pode ser .

Pegou a ideia?

Comprometa-se com você! Comprometa-se com o seu crescimento. Seja o melhor que você puder.

Sozinho, mas não solitário

Viver sozinho/a é diferente de ser solitário/a.

No texto anterior, falei sobre a “economia da solidão”, um movimento do mercado que identificou um novo nicho: o das pessoas que vivem sozinhas.

No capitalismo é assim: tudo tem potencial de virar dinheiro. E isso não é necessariamente ruim.

No caso da chamada “economia da solidão”, tratam-se de iniciativas extremamente interessantes. Garantir um atendimento que deixa a pessoa confortável no restaurante, na compra ou locação de um imóvel, pacotes de viagem e até para compra de produtos, como um bolo feito para uma pessoa só… É também uma forma de respeito.

Porém, fechei o texto destacando que, embora a “economia da solidão” tenha aspectos positivos, não é bom que as pessoas vivam solitárias.

E aí recebi alguns comentários que me motivaram explicar algumas coisas.

A primeira e mais importante: viver sozinho/a é diferente de ser solitário/a.

Muita gente vive só porque os filhos já foram embora; às vezes, o marido ou a esposa faleceu… Tem situações de separação… Tem jovens que moram sozinhos; alguns porque estudam fora… Meu filho, por exemplo, foi fazer residência médica em Curitiba. Ele é solteiro. E vive sozinho.

Ou seja, existem inúmeras situações que levam uma pessoa a viver sozinha. E algumas, inclusive, por escolha, porque preferem viver sozinhas.

Entretanto, nenhuma dessas pessoas deveria viver solitária. Ou seja, isolada.

A solidão se instala, de fato, no isolamento. Quando a pessoa perde conexão com outras pessoas. E isso não é bom. Não é saudável.

Deus não nos criou para vivermos sozinhos. E a ciência comprova que nosso cérebro necessita de conexões sociais. Daniel Goleman, no livro ‘Inteligência Social’, destaca a importância dos neurônios espelho, sugerindo que nosso cérebro é naturalmente inclinado à interação social, refletindo a necessidade de ter outras pessoas em nossas vidas.

Talvez você more sozinho/a. Talvez você faça alguns programas sozinho/a. Mas se você não tem um único amigo, um único familiar com quem você possa conversar, sair para almoçar… Você está diante de um problema.

A falta de conexões sociais não apenas empobrece sua experiência de vida, mas também pode prejudicar seriamente sua saúde emocional e física.

O isolamento social pode levar ao aumento dos sentimentos de solidão, ansiedade e depressão. A falta de interações sociais significativas pode diminuir o senso de pertencimento e autoestima, e isso aumenta o risco de transtornos mentais.

Já os neurônios espelho, mencionados por Daniel Goleman, não apenas nos ajudam a entender as ações e emoções dos outros, mas também são cruciais para o desenvolvimento da empatia. A ausência de interações sociais regulares pode atrofiar nossa sensibilidade, nos tornar pessoas amargas.

Mas não para por aí… Estudos demonstram que o isolamento social e a solidão podem ter efeitos negativos na saúde física, comparáveis a fatores de risco bem conhecidos como fumar e obesidade. Isso inclui um maior risco de condições como doenças cardiovasculares, hipertensão, declínio cognitivo e até mesmo morte prematura.

Além disso, as interações sociais regulares ajudam a construir uma rede de apoio emocional, que é vital para enfrentar estresses e adversidades da vida. Sem uma rede de apoio, a gente se vê em situações muito complicadas quando enfrenta um problema de saúde e não tem ninguém sequer para levar ao hospital, se está passando mal.

E o que é mais triste: o isolamento pode se tornar um ciclo vicioso. Quanto mais uma pessoa se isola, mais difícil pode ser para ela se reconectar ou formar novas relações.

Então, pegue a dica: a interação humana é um pilar fundamental para o nosso bem-estar. Você pode morar sozinho/a, mas não pode se isolar.

Se você não tem família por perto, faça amizades, procure se conectar com pessoas da sua comunidade – vizinhos, pessoas da igreja… Geralmente, as cidades têm programas sociais que reúnem pessoas para fazer artesanato, exercícios físicos… Participe! Se conecte com as pessoas.

Reconhecer a importância das relações sociais é o primeiro passo para buscar uma vida mais plena e saudável.

Economia da solidão: como o mercado se adapta à tendência de viver sozinho

Você sabia que o crescimento de parcela da população que vive sozinha é tão significativo que já surgiu um segmento da economia que se chama “economia da solidão”?

É isso mesmo… “Economia da solidão”. Trata-se de um mercado específico para atender pessoas solitárias.

O capitalismo não perde tempo, né? Tudo é dinheiro. E como muitas pessoas estão vivendo sozinhas, o mercado tem se organizado para garantir um atendimento diferenciado para quem vive nessa condição.

O jornal Folha de São Paulo tratou deste tema dias atrás. Segundo dados do Instituto Gallup e da Meta, aproximadamente 24% da população de 142 países se declara muito ou razoavelmente solitária.

Este fenômeno tem despertado o interesse de empresas de diversos setores, que percebem oportunidades de negócios e investimentos nesse mercado em expansão.

A chamada “economia da solidão” abrange uma variedade de setores, incluindo tecnologia, alimentação e serviços.

Empresas estão lançando produtos e serviços direcionados para atender às necessidades e preferências desses indivíduos solitários. E aí tem muita coisa acontecendo… Desde opções de entretenimento até soluções práticas para o dia a dia.

Por exemplo, às vezes, a pessoa vive sozinha e quer ir a um restaurante. Mas chega no local só tem mesa para quem vai acompanhado… A pessoa fica até meio deslocada. Sem contar que, se for mulher, ao ocupar uma mesa de dois lugares ainda corre o risco de um engraçadinho querer ocupar o outro lugar para flertar… É chato para a pessoa; para o dono do restaurante, não é bom para os negócios.

No Brasil, o número de pessoas que se dizem sozinhas está em crescimento. Cerca de 15% dos entrevistados pelo Instituto Gallup afirmaram ser sozinhos, indicando um considerável potencial de mercado.

Essa mudança de comportamento também está refletida no aumento da procura por serviços como reservas de mesas individuais, opções de viagem silenciosa em aplicativos como o Uber e até mesmo robôs de companhia, como o Lovot, que mais parece um bichinho de estimação e pede até carinho.

E a “economia da solidão” também já notou que esses indivíduos que vivem sozinhos tendem a gastar menos em certos itens, como alimentação, ao escolherem opções mais econômicas e embalagens compactas.

Então, pegue a dica: se você é comerciante, trabalha na área de serviços ou produtos, não ignore esse mercado em expansão – o das pessoas sozinhas. Crie estratégias para atendê-las bem!

Enfim…

Essa escolha deliberada de viver sozinho pode também influenciar positivamente a economia, com maior capacidade de poupança e tomada de decisões de consumo mais conscientes.

Porém, além da informação deste fenômeno contemporâneo com efeitos na economia, vale uma pergunta: até que ponto a solidão faz bem?

Talvez, do ponto de vista econômico, existem vantagens.

Mas há pelo menos dois outros aspectos que precisam ser considerados.

Por que as pessoas preferem viver sozinhas?

E até que ponto a solidão afeta nossa saúde emocional?

As respostas não são simples e merecem inclusive dois novos textos.

Mas, pra hoje, quero finalizar com um recado: morar sozinho ou sozinha não significa necessariamente ser uma pessoa sozinha.

Existem muitas pessoas que vivem sozinhas, mas não são solitárias. Elas têm amigos, se envolvem com a comunidade…

Para essas pessoas, o movimento da chamada “economia da solidão” é positivo, porque representa uma espécie de respeito às pessoas que não estão sempre acompanhadas.

Pra quem vive sozinho, sozinha, e quer fazer uma viagem, faz bem ter opções de viagem que não sejam pensadas apenas para quem tem um companheiro, companheira ou esteja com amigos…

Para quem vive só, é legal não se sentir estranho num restaurante porque não está acompanhado.

Porém, escuta o Ronaldo: ainda que o mercado crie alternativas para humanizar as relações de consumo para pessoas que vivem sozinhas, não aceite a solidão como normal.

Você pode não ser casado, casada… Mas não pode abrir mão das conexões familiares, das boas amizades… Sua saúde mental agradece!

É por isso que você precisa mudar a opinião que tem sobre si mesmo(a)

Como você se enxerga? Qual a opinião que você tem a respeito de você mesmo/a? Você já considerou que sua autoimagem pode ser a chave para desbloquear seu verdadeiro potencial?

A maneira como nos enxergamos molda nossas ações, nossas decisões e, inevitavelmente, nossa história.

Se acreditamos ser incapazes, limitados ou definidos por nossas circunstâncias, agimos dentro de uma caixa invisível de possibilidades. Por outro lado, se reconhecemos nossa capacidade de crescimento e aprendizado, as fronteiras se expandem, e o mundo se abre a nós.

Imagine por um momento a vida de alguém que cresceu ouvindo que nunca seria bom o suficiente, que seus sonhos eram demasiado grandes para sua realidade… Imagine uma pessoa que cresceu ouvindo que nunca seria uma boa esposa, um bom pai…

Como acha que será a imagem dessas pessoas?

Essa pessoa pode ver suas aspirações como inalcançáveis, suas habilidades como imutáveis e, por fim, deixar de lutar pelo que realmente deseja.

Mas e se essa mesma pessoa começasse a adotar uma mentalidade de crescimento? E se ela começasse a acreditar que, com esforço e dedicação, poderia desenvolver suas habilidades e transformar seus sonhos em realidade?

A mudança na perspectiva é poderosa. Ela não apenas altera a forma como nos vemos, mas também como interagimos com o mundo ao nosso redor.

Nossas atitudes são condicionadas pela opinião que temos a nosso respeito, a respeito do que acontece conosco.

A opinião que temos sobre nós mesmos atua como uma lente através da qual vemos nossas vidas.

Se essa lente é embaçada pela dúvida e pelo medo, nossa visão do que é possível se torna limitada. Mas, ao limpar essa lente com a crença em nosso potencial, passamos a enxergar oportunidades onde antes víamos obstáculos.

Essa transformação não acontece da noite para o dia.

É um processo que exige conscientização e esforço contínuo. Começa com o reconhecimento de que as qualidades podem ser cultivadas. Isso significa que, independentemente de onde começamos, temos a capacidade de aprender mais, de nos tornarmos mais habilidosos e de superar as expectativas que nos foram impostas.

Não estamos fadados a repetir os padrões ou limitações de nossas famílias ou das pessoas que nos cercam. Somos capazes de traçar nosso próprio caminho, de construir uma nova história para nós mesmos e, por extensão, para aqueles ao nosso redor.

Adotar uma mentalidade de crescimento significa abraçar desafios como oportunidades de aprendizado. Significa entender que o fracasso não é uma declaração definitiva sobre nossas capacidades, mas sim um degrau no processo de desenvolvimento. É saber que o esforço e a persistência são os verdadeiros motores da mudança.

Quando começamos a aplicar esse modo de pensar em nossa vida, as mudanças se manifestam em todas as áreas.

No trabalho, tornamo-nos mais dispostos a buscar novas habilidades e aceitar as críticas que podem nos fazer crescer. Nas relações pessoais, aprendemos a valorizar mais as conexões do que a busca por validação, por gente que só concorda conosco. Na nossa jornada pessoal, encontramos uma resiliência que desconhecíamos.

Então, como começar essa transformação? Primeiro, preste atenção na linguagem que você usa consigo mesmo.

Evite se rotular; seja generoso/a com você. Questione as ideias limitantes e declare que você é capaz, que você pode aprender, que você pode superar as crenças limitantes.

Em vez de dizer “eu não sou bom nisso”, experimente “eu ainda não sou bom nisso, mas posso aprender”. Essa simples mudança de perspectiva abre a porta para o desenvolvimento contínuo.

Além disso, celebre seus esforços, não apenas seus resultados. Cada passo em direção ao seu objetivo, não importa quão pequeno, é uma vitória. Reconheça e valorize o processo de aprendizado.

Por fim, rodeie-se de pessoas que apoiam e incentivam seu crescimento. Tem gente que só nos puxa pra baixo. Fuja dessas influências.

A jornada rumo ao auto aperfeiçoamento é infinitamente mais rica e gratificante quando compartilhada com outros que também valorizam a evolução pessoal.

Essas relações servem não apenas como um sistema de apoio, mas também como um espelho que reflete o progresso que talvez não vejamos em nós mesmos.

O importante é entender que a mentalidade de crescimento não é uma solução mágica que irá resolver todos os seus problemas de imediato. Mas é sim uma mudança fundamental na forma como você olha para si mesmo/a, para os desafios que enfrenta e em sua capacidade de superar os obstáculos.

Hábitos de vida protegem o cérebro, mesmo quando já existem sinais de demência

O jornal O Estado de São Paulo publicou o resultado de alguns estudos que revelam algo precioso: hábitos de vida, simples, preservam o cérebro e podem auxiliar até mesmo pessoas já diagnosticadas com demência.

Gente, na busca por uma vida longa e saudável, a atenção se volta cada vez mais para a saúde do cérebro.

Prefere ouvir? Dê o play!

É no cérebro que tudo acontece. Quando perdemos algumas funções do cérebro – como a memória, por exemplo – perdemos a nossa identidade. É como se deixássemos de existir.

Mas como proteger o cérebro?

Pesquisas recentes trazem boas notícias, sugerindo que determinados hábitos de vida podem ser a chave para manter a saúde cerebral, até mesmo quando já existem sinais de demência.

A demência, uma condição que afeta milhões de pessoas, não tem cura conhecida até o momento. No entanto, um estilo de vida saudável oferece esperança para muita gente.

Um estudo destacado na JAMA Neurology revelou que idosos com um estilo de vida saudável mantêm uma função cognitiva superior, mesmo quando existem sinais físicos de demência.

Os pesquisadores utilizaram dados do Rush Memory and Aging Project, um estudo de longo prazo que analisou os estilos de vida e a saúde dos pacientes e avaliou dados de autópsias de 1997 a 2022.

Os cientistas examinaram informações demográficas, de estilo de vida e pós-morte de 586 pacientes, incluindo detalhes sobre dietas, funcionamento cognitivo antes da morte e fatores de estilo de vida, como consumo de álcool e prática de atividade física.

E sabe o que os cientistas descobriram?

O estilo de vida foi o fator comum entre todos aqueles que viveram melhor e tiveram melhor saúde do cérebro.

Entre todos os pacientes, as maiores pontuações de estilo de vida saudável foram observadas nos seguintes pontos: alimentação, estímulo do cérebro, atividade física, abandono do tabagismo e redução do consumo de álcool.

Esse resultado sugere que é possível fortalecer a “reserva cognitiva” para enfrentar as adversidades cerebrais.

Então grave aí quais são os cinco pilares da saúde cerebral:

Nutrição – A alimentação exerce um papel crucial na saúde cerebral. Dietas ricas em frutas, vegetais, peixes e nozes, com baixo consumo de álcool, contribuem para diminuir a inflamação e o estresse oxidativo, elementos associados ao desenvolvimento de demência.

Exercício – Estudos da Universidade de Washington complementam essa visão, associando a prática regular de atividade física a um aumento no volume cerebral, particularmente em áreas ligadas à memória e ao aprendizado, como o hipocampo.

Abandono do tabagismo – O tabagismo, por sua vez, é um dos maiores inimigos da saúde cerebral. Abandonar o cigarro pode retardar ou até mesmo prevenir o desenvolvimento de condições neurodegenerativas.

Desafios Mentais – Engajar-se em atividades que desafiam o cérebro, como aprender uma nova língua, jogar xadrez ou resolver quebra-cabeças, também é vital. Estas práticas estimulam a neuroplasticidade, fortalecendo a reserva cognitiva.

O papel do sono – Um bom descanso noturno é essencial para a saúde do cérebro. Durante o sono, o cérebro remove toxinas e consolida memórias, processos cruciais para a manutenção da saúde cognitiva.

Ei, escuta o Ronaldo: incorporar esses hábitos no cotidiano pode parecer desafiador, mas mesmo pequenas mudanças podem ter um impacto significativo.

Optar por uma alimentação mais saudável, dedicar-se a atividades físicas e mentais, eliminar o tabagismo, cuidar do sono são passos acessíveis a todos.

Pegou a ideia?

A mensagem é clara: adotar um estilo de vida saudável não é apenas benéfico para o corpo de modo geral, mas é essencial para proteger o cérebro, inclusive quando há sinais de demência.

Cinco erros no relacionamento pais e filho que prejudicam o casamento

A chegada de um filho/a muda o casamento, mas os efeitos da mudança dependem de como o casal vai reagir ao nascimento dessa criança.

Vamos falar sobre isso?

Quando formamos uma família, precisamos aprendemos a equilibrar. E esta palavrinha deve nos fazer lembrar o que ela significa de fato.

Se você tem uma pilha de pratos nas mãos – dez, doze pratos – e mais alguns copos sobre os pratos, e você caminha da mesa até a pia com esses pratos e copos… No caminho entre a mesa e pia, ainda transita um cachorrinho, existem alguns móveis e alguém derrubou suco no chão…

O que você precisa para não causar um acidente e quebrar tudo?

Você precisa de equilíbrio. E só vai ter equilíbrio se você estiver bastante concentrado/a na tarefa que você está executando.

Concorda?

Pois é… É isso o que significa “equilíbrio” quando falamos do relacionamento entre homem e mulher e a chegada de uma criança.

É preciso equilibrar. E ter muita atenção na jornada. Do contrário, vai quebrar.

Entre nós e nossos filhos, existem fronteiras invisíveis que precisam ser estabelecidas. Se forem bem estabelecidas, podem ser a salvação de um casamento.

É inegável que os filhos trazem uma luz única ao lar, mas essa mesma luz pode ofuscar se não soubermos estabelecer limites claros.

Sem essas fronteiras, os filhos podem, sem querer, colocar em risco o vínculo que mantém um casal unido.

Quando uma criança chega à família, o dinamismo do casamento se transforma.

Subitamente, o universo gira em torno desse novo membro que demanda amor, cuidado e atenção constante.

Embora isso seja natural, é crucial que a atenção dedicada ao bebê não esvazie o reservatório de carinho e conexão do casal. O segredo está em reconhecer e se adaptar a essa mudança rapidamente, balanceando os papeis de pais e parceiros.

Hoje, listei algumas coisas que podem acontecer e, se acontecerem, vão prejudicar o relacionamento.

Primeira, priorizar os filhos acima de tudo: Quando cada momento do dia é dedicado exclusivamente aos filhos, sobra pouco para nós e para nosso parceiro. É fundamental aprender a distribuir nosso tempo e energia, cuidando tanto dos filhos quanto da relação.

E, detalhe, filhos cansam. Então, se dedicar toda energia a sua criança, vai ficar sem fôlego pro casamento.

Segundo ponto, permitir que os filhos dominem o lar: Ceder constantemente aos desejos dos filhos e evitar corrigir comportamentos prejudiciais podem criar um ambiente onde falta respeito e sobra caos.

Terceiro, manipulação infantil: Crianças são maravilhosas, mas nascem egoístas. É natural que tudo se resuma ao mundinho delas. Por isso, os pais serão testados.

E como são observadoras natas, podem aproveitar as incoerências no processo de educação para conseguir o que querem. É crucial que os pais se apresentem como uma frente unida, mostrando que são autoridades, não apenas amigos.

Quarto, viver pelos sucessos dos filhos – este é outro erro que muitos pais cometem. É natural sentir orgulho pelos feitos dos filhos.

Mas também é saudável lembrar que somos mais do que pais. Temos nossas próprias vidas, sonhos e necessidades que merecem atenção e cuidado.

Um dia os filhos se vão. E o que vai sobrar de nós?

Quinto erro: conversas giram apenas em torno dos filhos.

Os pais devem falar sobre os filhos – até para discutir como educá-los. Mas os filhos não devem ser o único assunto de conversa. Diversificar os temas enriquece a relação, inclusive sobre vocês, mantém o vínculo do casal forte e interessante.

Pegou a ideia?

Os filhos são uma parte vital de nossas vidas, mas o relacionamento com nosso parceiro/a é o alicerce sobre o qual construímos nossa família.

Cuidar desse alicerce é garantir que, no futuro, teremos não apenas filhos bem ajustados, mas também um casamento pleno e feliz.

A coragem de ouvir a verdade

Quando somos confrontados pelo olhar do outro a nosso respeito, podemos crescer.

E esta é a reação adequada: ouvir para mudar. Ouvir para crescer.

Eu sei que é mais fácil ouvir e rejeitar. É mais ouvir e rebater. É mais simples ouvir e culpar.

Mas o caminho é outro: é ouvir, avaliar com sabedoria, reter o que é bom e descartar o que não serve. A partir disso, mudar o que precisa ser mudado.

Se nos cercamos de pessoas sinceras, verdadeiras, ao nos mostrarmos abertos para ouvir a verdade, temos a chance de estabelecer conexões profundas e que acabarão resultando num ambiente onde a verdade vai prevalecer.

E é isto que o apóstolo Paulo nos aconselhava ao sustentar que devemos dizer a verdade. Porque dizer a verdade implica também em ouvir a verdade.

Então por que não começarmos por aí? Por que não começarmos por uma escuta atenta do que o outro tem a nos dizer?

A abertura que damos ao outro é também um convite para que outros façam o mesmo, criando um ciclo de confiança e apoio.

No final das contas, a jornada para a mudança e a cura é uma jornada que devemos empreender juntos.

Encorajo você a buscar e cultivar essas conexões honestas e profundas.

Pegou a ideia?

Que possamos criar um espaço onde a verdade não seja apenas falada, mas vivida. Onde, em vez de esconder nossas falhas, as enfrentamos com coragem, sabendo que não estamos sozinhos.

É nesse espaço de vulnerabilidade e apoio mútuo que encontramos o caminho para uma vida mais plena e autêntica.

Quer melhorar a sua concentração? Descubra como

Você já reparou no quanto estamos cercados de estímulos o tempo todo?

Já notou também que a gente tem se distraído cada vez mais?

Eu confesso a você que, frequentemente, pego o celular com o objetivo de executar uma determinada tarefa e, quando me dou conta, não lembro mais o que tinha que fazer.

Ultimamente, mantenho sempre um bloquinho de papel e uma caneta por perto. Quando vou fazer algo, anoto. Aí, se me distraio, recupero a informação na anotação que fiz.

Gente, esse montão de estímulos que chegam em notificações no celular, informações que vêm de todos os lados… Nas cidades, temos poluição sonora, poluição visual… É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e demandando nossa atenção. Isso tudo está nos afetando. Está interferindo na nossa capacidade de manter o foco nas tarefas do dia a dia.

Então me dê um pouquinho da sua atenção agora. Faz uma força aí e foca aqui no Ronaldo.

Existe uma estratégia simples que pode ajudar a melhorar sua concentração e dar aquele alívio mental que tanto precisamos.

Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, realizaram um estudo publicado na revista Nature, que nos traz uma descoberta fascinante: caminhar em meio à natureza pode ser a chave para recuperar o desgaste mental e melhorar nossa capacidade de atenção.

Pois é, gente, algo tão simples quanto uma caminhada ao ar livre em uma área verde pode fazer toda a diferença.

Mas o que o estudo nos diz exatamente?

Bem, os cientistas recrutaram 92 voluntários que, após serem submetidos a um teste de atenção desafiador, foram divididos em dois grupos. Um deles fez uma caminhada de 40 minutos em um bosque, enquanto o outro andou por um ambiente urbano. Ah… sem uso de fones, sem ouvir podcasts…

O interessante é que, independentemente do ambiente, a caminhada leve já apresentou benefícios na atenção dos participantes.

Mas, olha que interessante…

Aqueles que estiveram em contato com a natureza mostraram melhorias significativas nas tarefas que exigem controle executivo, um aspecto crucial para planejar e gerenciar ações voltadas a objetivos específicos.

E por que isso acontece?

Porque a natureza permite que os mecanismos que sustentam nossa atenção descansem e se recuperem.

Quem vive nos centros urbanos, principalmente nas médias e grandes cidades, além de encarar os estímulos digitais, com todas as tecnologias que estão diante de nós, ainda enfrenta a poluição sonora (muito barulho, muito ruído), o trânsito enlouquecedor, a quantidade enorme de compromissos… Isso afeta o nosso cérebro.

Nós não fomos feitos para viver essa vida louca que vivemos.

Por isso, o contato com a natureza tem poder restaurador.

O contato com a natureza pode ajudar nosso cérebro a se recuperar dos desgastes do dia a dia. Em ambientes naturais, nos afastamos dos estímulos estressantes típicos da vida urbana, permitindo que nossa atenção se renove de forma suave e natural.

Agora, você deve estar se perguntando: e se eu moro em um grande centro urbano e não tenho fácil acesso à natureza? O que fazer?

Bom, a pesquisa sugere que mesmo pequenas pausas para relaxar e se desconectar dos estímulos constantes podem ser benéficas.

Além das caminhadas, a contemplação de imagens da natureza, ou até ouvir música instrumental, música, podem ajudar a recuperar sua atenção e aliviar a fadiga mental.

Então, fica a dica: quer melhorar a sua concentração?

Tire um tempinho para você… Um tempinho para descansar a mente. Faça meditação, uma caminhada num parque, ou pelo menos, desligue-se de tudo, feche os olhos, coloque uma música tranquila… respire.

Pequenos atos de cuidado podem fazer uma grande diferença na sua capacidade de foco e bem-estar geral.

Lembre-se: cuidar da sua mente é tão importante quanto cuidar do seu corpo. Permita-se esse tempo e veja como pequenas mudanças podem trazer grandes benefícios para sua vida.