A comunicação é necessária, mas não é nada fácil dialogar dentro do relacionamento

Você se sente confortável em conversar com o seu parceiro/a?

Deixa eu reformular a ideia: você consegue conversar sobre tudo com a pessoa que você ama? Você dá conta de falar a respeito de tudo, de expor tudo o que pensa, o que sente?

Ou será que tem coisas que você não consegue conversar com ele/a?

A gente sempre defende que a comunicação é essencial nos relacionamentos. E, de fato, é. Em quase todas as questões que discutimos a respeito da dinâmica dos relacionamentos, sustentamos a necessidade de uma boa comunicação para que a vida a dois funcione. Ou seja, se conversássemos mais, muita coisa seria resolvida, muitos problemas seriam evitados.

Porém, não é tão simples dialogar. Existe uma distância entre aquilo que deveria acontecer e o que realmente acontece. E não é porque a gente não sabe que precisa conversar; a maioria de nós, sabe. Quase todo mundo já ouviu alguma coisa sobre a importância do diálogo. E também penso que a maioria reconhece o valor do diálogo. Mas simplesmente não consegue colocar isso em prática.

E vou além… Alguns assuntos, inclusive, são tabus. A gente não quer se expor. A gente não quer falar e muito mesmo revelar – mesmo para a pessoa que amamos.

Nos sentimos desconfortáveis em tratar de alguns temas.

O filósofo Alain de Botton fala sobre isso quando discute a questão do sexo no casamento. Ele mostra que nos escondemos e evitamos falar sobre certas coisas que pensamos ou desejamos.

O filósofo destaca que, num casamento com cinco anos, dez anos ou mais, as pessoas não deveriam se sentir desconfortáveis em se expor. Mas não é isso o que acontece. De certa forma, temos receio da reação da outra pessoa.

Gente, precisamos ser realistas: o diálogo real, profundo, não é nada fácil.

A complexidade do diálogo nos relacionamentos humanos transcende a mera troca de palavras; essa dificuldade se enraíza nas vulnerabilidades, medos e, sobretudo, nos tabus que permeiam a intimidade humana.

Este tema reflete a nossa contínua luta entre a necessidade de conexão autêntica e o medo da exposição. A gente quer se conectar, mas se expor não é nada confortável.

Vivemos uma constante dança entre o desejo de sermos compreendidos e o receio de nos revelarmos por completo.

O desafio do diálogo nos relacionamentos amorosos reside não apenas na capacidade de falar, mas, crucialmente, na habilidade de ouvir.

A escuta ativa requer uma abertura para acolher o outro em sua totalidade, incluindo seus desejos mais profundos, medos e inseguranças, muitos dos quais se encontram velados sob camadas de constrangimento e vergonha.

É triste dizer isso, mas a verdade é que não temos, na casa da gente, um ambiente totalmente livre de julgamentos e tampouco com a empatia necessária para que haja acolhimento.

O diálogo pleno não acontece porque temos receio de que o outro não nos ame quando revelarmos nossas vulnerabilidades.

A dificuldade em abordar temas considerados tabus não acontece apenas por uma negligência na comunicação, por falta de vontade de compartilhar… A dificuldade ocorre por um temor profundo de julgamento, rejeição ou mesmo de não corresponder às expectativas do parceiro.

Aqui reside o desafio diário que enfrentamos no relacionamento: a verdadeira intimidade emerge da coragem de nos desnudarmos emocional e psicologicamente, enfrentando nossos próprios fantasmas para permitir que o outro nos veja como realmente somos.

Mas como fazer isto?

Ei, eu vou dizer algo pra você… Muita gente talvez não concorde, mas ainda assim eu preciso dizer: talvez você nunca consiga expressar ao seu parceiro/a tudo o que vai no seu coração.

Para que esse diálogo profundo, verdadeiro, aconteça de fato, o casal precisa a cada dia criar um ambiente de confiança, de acolhimento, livre de julgamentos. E isso depende de cada pessoa, individualmente.

Deve começar com você. Se você quer um espaço seguro para a comunicação, onde ambos se sintam apoiados para expressar suas verdadeiras necessidades, desejos e preocupações, você deve tentar oferecer este ambiente para o seu parceiro/a.

Não dá para esperar pelo outro.

Vai ter que haver disposição para que a outra pessoa se sinta totalmente livre para verbalizar tudo o que pensa… Essa intimidade total é fruto de um trabalho diário, contínuo e, por vezes, desgastante, porque, na prática, nem sempre estamos prontos para ouvir o que a outra pessoa tem a dizer.

Portanto, repito, para que o diálogo seja realmente livre e aberto, comece por você. Construa o cenário para que seu parceiro/a se sinta, de fato, “em casa”. Com o tempo, talvez vocês dois consigam aquilo que poucos conseguem: dialogar livremente, sem medo.

Como você lida com as preocupações?

Ei… Como você lida com as preocupações? Ou será que você é o tipo de pessoa que não se preocupa?

Eu invejo quem não se preocupa. Deve ser bom viver sem preocupações.

Prefere ouvir? Dê o play!

Mas confesso que também fico preocupado com quem não se preocupa (risos). Afinal, se uma pessoa não se preocupa, talvez ela também seja uma pessoa inconsequente, uma pessoa que age sem pensar no que pode acontecer depois.

A preocupação é uma reação humana diante de um cenário incerto.

E quase tudo na vida traz incertezas.

É fato que muitas que nos parecem naturais, não ocupam nossa mente, não nos causam preocupação – embora a gente não tenha garantia alguma que seguirão como parte da nossa rotina.

Acordar, levantar, comer alguma coisa, ir para o trabalho, ir para a escola… Quem tem visão, enxerga tudo direitinho, não deita preocupado se no dia seguinte estará vendo.

Essas coisas rotineiras, embora também possam ser interrompidas por alguma surpresa desagradável, geralmente não nos causam preocupação. A gente só se dá conta da importância delas quando algo acontece.

Eu lembro que, quando estava na cadeira de rodas, após um acidente de moto, me preocupava se voltaria a andar. Pela janela do apartamento, via as pessoas andando, correndo no bosque, e ficava pensando: será que vou conseguir voltar a andar?

Sigo sem correr e andando devagar, mas já não começo o dia pensando se vou conseguir ficar de pé e dar um passo após o outro.

Enfim…

A preocupação é uma reação normal de alguém que quer o bem para si e para as pessoas que ama, mas não sabe se terá o que precisa.

Entretanto, por mais que seja uma reação normal, a preocupação pode gerar ansiedade, medo, desespero.

O sábio Salomão, em Provérbios 12:25, diz: “A preocupação deprime a pessoa, mas uma palavra de incentivo a anima”.

Pois é… A preocupação deprime a pessoa.

Quando estamos preocupados, nos falta um sorriso. E se sorrimos, o sorriso é falso; é um sorriso amargo, cheio de dor, porque não é um sorriso espontâneo.

A preocupação rouba o sono… Preocupados, alguns comem demais; outros, não comem.

Por isso, o sábio diz: a preocupação deprime a pessoa.

Mas Salomão também diz: mas uma palavra de incentivo a anima.

E essa observação da sabedoria bíblica é preciosa; ela mostra o quando é importante estarmos próximos das pessoas.

Só recebe uma palavra de incentivo quem não está sozinho, quem não está isolado.

No isolamento, não existe ninguém que pode dizer: ei, vai passar!

Quando temos pessoas por perto, Deus pode falar conosco e nos incentivar por meio de outras pessoas.

É curioso que o próprio Cristo, no seu momento de maior angústia, Ele pediu que seus discípulos mais próximos estivessem junto dEle enquanto orava.

Ou seja, Jesus não queria ficar sozinho, mesmo estando diante do Pai em oração.

Jesus queria a companhia dos amigos, enquanto orava no Getsêmani.

Deus nos fez para dividirmos a nossa vida com outras pessoas.

Desde o princípio… Deus olhou para Adão e viu que não era bom que Adão continuasse sozinho. Mais do que dar uma esposa a Adão, Deus deu a ele uma companhia, alguém para estar ao lado dele.

Por isso, querido amigo/a, quero te dizer uma coisa: divida suas preocupações com pessoas confiáveis.

Existem dois benefícios diretos de contar com alguém nas suas preocupações. O primeiro deles é que, ao falarmos, deixamos extravasar parte do que sentimos.

O próprio fato de verbalizamos nossas preocupações permite que organizemos melhor as ideias e ouçamos a nós mesmos, percebendo inclusive possíveis contradições em nossos pensamentos. Porque nossa mente tem a capacidade de amplificar os problemas e quanto mais a gente pensa neles, maiores ficam.

Segundo benefício é que, ao falarmos com pessoas sábias, podemos receber delas a palavra de incentivo que necessitamos.

Pessoas sábias, quando não podem ajudar, ainda assim, oram por nós, oram conosco. E esse tipo de atitude traz alívio e nos fortalece na caminhada, nos ajuda a enfrentar as incertezas com esperança.

6 coisas que podem melhorar o seu humor

Hoje, vou apresentar 6 coisas que podem melhorar o seu humor — e que não envolvem dieta ou exercício.

O conteúdo foi apresentado pelo médico e jornalista da BBC, Michael Mosley. E a BBC Brasil reproduziu as informações em seu site.

Eu curti demais o conteúdo. Então, organizei as ideias e vou compartilhar com você.

Primeiro, um breve esclarecimento. Praticar exercícios e manter uma dieta saudável são essenciais para nossa saúde. Exercícios e alimentação estão entre as condições básicas para uma boa vida.

E também são estratégias reconhecidas que contribuem para melhorar o estado de ânimo. Mas, no que diz respeito a melhorar o humor, não são as únicas ferramentas disponíveis para alcançar esse resultado.

Então aqui estão algumas recomendações para melhorar o humor. Dê o play e ouça!

Desistir pode ser libertador

A vida é uma jornada repleta de desafios e obstáculos. E a persistência geralmente é o que determina nosso sucesso ou nosso fracasso. Quando esbarramos nas dificuldades – e elas sempre vão existir -, e desistimos, nos apequenamos.

No entanto, há momentos em que nossa persistência se transforma em teimosia, e insistimos em algo que não nos leva a lugar algum. A linha entre persistência e teimosia pode ser muito tênue. E não é tão simples saber se estamos sendo persistentes ou apenas teimosos.

A verdadeira sabedoria está em saber quando desistir. Admitir a necessidade de desistir não é fácil; afinal, ninguém gosta de admitir derrota ou abandonar um projeto no meio do caminho. Mas às vezes, desistir é a escolha mais inteligente que podemos fazer.

A diferença entre persistência e teimosia – Persistência é uma qualidade admirável. É aquela força interior que nos impulsiona a continuar mesmo quando enfrentamos dificuldades. No entanto, é preciso observar os sinais – inclusive os mais sutis – para reconhecer quando essa persistência se torna teimosia. Se não fizermos isso, perdemos de vista o objetivo original e ficamos presos em um ciclo improdutivo.

Imagine um alpinista escalando uma montanha. Ele enfrenta ventos fortes, temperaturas congelantes e terrenos traiçoeiros. Sua persistência o mantém focado no topo da montanha. Mas se ele continuar escalando mesmo quando as condições se tornam perigosas demais, ele estará agindo por teimosia.

Ou ainda… Imagine aquela mulher que insiste em manter um casamento com um homem que a maltrata, humilha, trai ela com várias outras mulheres, vez ou outra dorme na casa de amantes. Estaria ela sendo persistente para salvar o casamento ou apenas teimosa, agredindo-se diariamente, destruindo a autoestima, o amor próprio, o senso de valor?

Avalie suas escolhas – Para saber quando desistir, é fundamental avaliar nossas escolhas com clareza. Pergunte-se:

  • Estou progredindo ou apenas me mantendo ocupado?
  • Isso está me fazendo bem ou prejudicando minha saúde mental e emocional?
  • Existem alternativas mais eficazes?

Se perceber que está preso em um ciclo improdutivo ou que sua persistência está causando mais danos do que benefícios, considere a possibilidade de desistir.

A liberdade na desistência – Quando a persistência se revela improdutiva, tem prejudicado a saúde mental, emocional e não há sinais de que as coisas vão mudar, vale a pena abrir daquilo que parecia um sonho, um projeto de vida.

Todo sonho que se torna um pesadelo consome nossas energias. E mais, rouba nossa vida. Costumo dizer que dias perdidos é vida perdida. Quando perdemos dinheiro, podemos lutar e ganhar novamente. Com a vida é diferente; um minuto que perdemos, é um minuto que não conseguimos recuperar. Não dá pra esticar a vida para recuperar o que foi perdido.

E, na prática, o que acontece é justamente o contrário. Quando persistimos em algo que não nos faz bem, geralmente nosso corpo paga o preço. Basta reparar: pessoas que vivem situações muito difíceis quase sempre carregam as marcas do sofrimento em seus corpos. Noutros palavras, envelhecem mais rápido.

Por isso, desistir pode ser libertador. Abrir mão de algo que não está funcionando permite que recomecemos, que façamos algo diferente. Ou seja, desistir dá a chance de colocar algo novo no lugar – um novo sonho, um novo projeto e até um novo relacionamento.

Portanto, lembre-se: desistir nem sempre é sinal de fraqueza; pelo contrário, muitas vezes é uma atitude corajosa e sábia.

O que fazer quando o casamento acaba e a pessoa não sabe por quê? 

Sabia que isso acontece?

O homem, ou a mulher, diz que não quer mais, pega as malas e vai embora… E não dá nenhuma satisfação.

Acontece.

Não é o mais comum, mas acontece.

E foi exatamente isso o que viveu um dos nossos amigos. Ele mandou recado dias atrás no meu Instagram.

Eu havia falado sobre divórcio. Havia comentado sobre as razões que levam pessoas à separação e nosso amigo disse:

Ronaldo, o que a gente faz quando a outra pessoa vai embora e nem dá uma explicação?

Ele me contou que o casamento terminou há mais de três anos. E até hoje não entende o que aconteceu.

Pior, por não saber o que aconteceu, ele sofre e não consegue seguir em frente. Ele parou no tempo e segue remoendo o fato.

Complicado, né?

Casamentos acabam todos os dias. E não existe divórcio feliz. Pode até ser que represente alívio para uma das partes… Ou que um dos cônjuges saia feliz da relação. Mas todo divórcio deixa marcas. E machuca pessoas.

Por isso, é importante que a pessoa só entre num casamento se estiver disposta a se doar, a renunciar, a amar quando não deseja amar.

Mas, infelizmente, por diferentes razões, pessoas desistem do casamento.

E nosso amigo não sabe por que a companheira decidiu deixá-lo.

Bom, então vamos refletir sobre algumas coisas.

Primeira, a gente já entendeu que o divórcio não faz bem. E nem é plano de Deus para nós. Porém, se a separação se torna necessária, ela deve ser o final de um processo que começou com a luta para salvar o relacionamento.

Segunda, uma separação nunca acontece sem um motivo. Ninguém abandona o marido, a esposa sem uma razão.

Algo estava acontecendo. Talvez a parceria ofendida não verbalizava. E falhou ao não tratar do problema. Falhou, ao não dialogar.

Mas quem é pego de surpresa com um pedido de divórcio também falhou. Não viu os sinais. Não viu que a outra pessoa não estava inteira na relação, que estava incomodada.

Quem não enxerga o distanciamento do outro também é responsável pelo fracasso da relação. Porém, talvez não seja responsável pelo que motivou o distanciamento da companheira, do companheiro.

Terceiro ponto, quem é pego de surpresa com um pedido de divórcio e não recebe explicações, vai ter dificuldade para seguir em frente.

E sabe por quê? Porque precisamos fechar ciclos. Nosso cérebro precisa disto. A gente quer entender. E enquanto não entende, aquilo fica incomodando. Esse incômodo causa sofrimento emocional.

E aqui entra o quarto ponto: a gente precisa fechar ciclos. Porém, não temos controle de tudo.

Se o parceiro ou a parceira vai embora e não dá explicações, restam três coisas a fazer.

Primeira, enfrentar o luto. Lidar com a perda. E enquanto lida com a perda, tentar avaliar os erros e acertos do relacionamento para não repeti-los.

Segunda, aceite que não há nada a fazer e, mesmo sem entender os motivos, admitir que não há explicação para tudo.

Este processo é muito difícil, mas necessário.

Por isso, a terceira dica: se não conseguir elaborar sozinho/a a ruptura e a falta de explicações, busque ajuda profissional.

Preste bem atenção: ninguém merece parar no tempo e deixar de viver em função de alguém que não teve o respeito sequer de dar as explicações necessárias.

Então busque ajuda e se reconstrua!

Alerta para os pais: seus filho não vai escapar da pornografia na internet

Crianças e adolescentes estão em perigo. Hoje, é quase impossível garantir que os menores nunca vejam pornografia.

Vamos falar sobre isso?

As novas tecnologias, potencializadas pelo acesso à internet, colocam a informação a apenas alguns cliques de distância.

Essa facilidade, porém, traz novos desafios, especialmente quando se trata da proteção de nossas crianças e adolescentes. Um dos maiores perigos que rondam o mundo digital é o acesso à pornografia.

Em entrevista recente ao jornal ABC, um dos maiores periódicos espanhóis, a psicóloga Anna Salvia, especialista em educação sexual, fez um alerta crucial. Ela disse: “Hoje em dia, é impossível garantir que os menores nunca vejam pornografia”.

A especialista destacou que, com a proliferação de smartphones e tablets, o conteúdo pornográfico está mais acessível do que nunca, e muitas vezes disfarçado em sites e aplicativos aparentemente inofensivos.

Isso reforça algo que a gente tem insistido aqui: os pais não podem ficar omissos. Eles devem tomar agir, porque a pornografia não só está acessível como também “normaliza a desigualdade e a violência sexual contra as mulheres”, além de produzir uma visão estereotipada sobre o sexo.

E pra você entender a urgência de agir pra evitar que seu filho/a tenha acesso à pornografia, vou listar alguns riscos do acesso a esse tipo de conteúdo.

Primeiro – Desenvolvimento sexual distorcido: A pornografia apresenta uma visão irreal e fantasiosa do sexo, podendo levar a expectativas irreais e frustrações na vida sexual real. A pornografia “mostra uma maneira irreal de ter relações sexuais”, o que distorce gravemente a percepção dos jovens sobre a sexualidade saudável.

Segundo – Comportamentos de risco: A exposição à pornografia violenta ou degradante pode aumentar a chance de comportamentos sexuais agressivos ou de risco.

Terceiro – Vício e isolamento: O consumo excessivo de pornografia pode levar ao vício, comprometendo o desempenho escolar, social e profissional do jovem.

Quarto – Problemas de autoestima: A comparação com os corpos irreais da pornografia pode gerar baixa autoestima e insatisfação com a própria imagem.

Quinto – Dificuldades nos relacionamentos: A visão distorcida do sexo pode prejudicar a comunicação e a intimidade em futuros relacionamentos. A psicóloga Anna Salvia salienta a importância de diferenciar o sexo real do sexo pornográfico. A pornografia cria expectativas irreais que prejudicam relacionamentos íntimos saudáveis.

Diante de tantos problemas, o que os pais podem fazer?

Vou dar cinco dicas:

Diálogo aberto: Converse com seus filhos sobre sexualidade de forma natural e aberta, desde cedo. A psicóloga Anna Salvia encoraja os pais a tomar a iniciativa e começar a conversa. Não dá pra fingir que o problema não existe.

Educação digital: Ensine seus filhos sobre os perigos da internet e como se proteger de conteúdos impróprios, reforçando a necessidade do uso consciente das tecnologias digitais.

Controle parental: Utilize ferramentas de controle parental para restringir o acesso a sites e aplicativos pornográficos. Essa é uma estratégia essencial.

Monitoramento: Acompanhe o comportamento online de seus filhos. Saiba por onde seus filhos navegam, confira o histórico…

E, por fim, se você notar que seu filho está apresentando comportamentos preocupantes relacionados à pornografia, procure ajuda profissional.

Lembre-se: a prevenção é sempre o melhor caminho.

Ao manter um diálogo aberto com seus filhos e educá-los sobre os perigos da pornografia, você estará protegendo-os de riscos que podem ter consequências graves para o desenvolvimento físico e emocional.

Cabe aos pais auxiliar os filhos a desenvolver uma visão crítica sobre a pornografia, inclusive para que estejam preparados para tomar decisões acertadas sobre a própria sexualidade.

É por isso que nenhum relacionamento está blindado às crises

Tenho visto gente fazendo sucesso com livros e palestras apresentando ideias de como blindar o relacionamento. Ou seja, essas pessoas sustentam o discurso de que é possível construir um relacionamento pleno, feliz e fechado às tentações, traições etc.

Geralmente listam uma série de coisas que o casal deve fazer como se uma bem sucedida vida a dois fosse resultado de um manual de comportamento do tipo “faz isso, faz aquilo… pode isso, não pode aquilo”.

Porém, as coisas não funcionam assim.

Prefere ouvir? Dê o play!

E sabe por quê?

Porque você pode fazer tudo pela relação. Você pode ser uma pessoa que luta diariamente pelo relacionamento. E faz de Deus o seu maior parceiro. Mas você não pode fazer o seu companheiro, a sua companheira, ter as mesmas atitudes que você tem.

Gente, eu acredito no investimento diário, na construção mútua de um relacionamento feliz. Porém, não acredito em blindagem.

Viver a dois é vida a dois. Você pode fazer tudo, mas só pode ser responsável por seus atos.

Embora suas atitudes afetem a vida do outro, o outro também deve fazer a parte dele. E isso de boa vontade, por ter objetivos comuns, por sonhar os mesmos sonhos que você sonha.

Quando a gente aceita dividir a vida com alguém, deve entender que essa caminhada está sujeita a todo tipo de dificuldade.

E isso exige que as duas pessoas envolvidas estejam comprometidas com um mesmo propósito: superar todas as adversidades a fim de preservarem o relacionamento.

Acho incrível a tese do “felizes para sempre” vendida pelos contos de fadas, porém ela é falsa. Os contos de fadas nos enganaram.

Não é por que o casal está feliz hoje que amanhã o casal seguirá feliz.

A vida nos surpreende. E coisas ruins acontecem, inclusive com pessoas boas.

Uma das ilusões que muitas vezes alimentamos é de que a pessoa amada nunca vai nos decepcionar. Mas vai. É evidente que vai. Em algum momento, a pessoa vai falhar…

E nós também vamos falhar. E isso por uma razão muito simples: somos humanos.

Humanos não são robôs, nem sempre dão conta de seguir a receita, de fazer tudo certinho.

A gente até pode saber o que tem que fazer, mas nem sempre faz.

Por exemplo, eu apresento aqui em diferentes textos uma série de atitudes que podem ajudar o relacionamento, mas tenho consciência que colocar em prática é uma outra coisa.

A gente sabe o que precisa fazer. Mas nos faltam forças, motivação e, às vezes, até por não estarmos tão empolgados com a parceiro/a, negligenciamos aquilo que deveríamos fazer para o relacionamento, de fato, estar protegido de tentações ou problemas.

Nossa natureza, muitas vezes, parece desejar que as coisas funcionem sem esforço, sem investimento. É assim que somos.

Nem sempre estamos com paciência; nem sempre temos forças para ficar fazendo coisas e coisas em prol da relação.

E, volto a dizer, ainda quando temos toda essa disposição, não há garantia de que a parceira/o fará o mesmo.

Por isso não acredito nas “receitas” de como blindar o relacionamento.

Isso quer dizer que devemos deixar de investir no relacionamento? Evidente que não.

Relacionamentos são fadados ao fracasso. Esse é o destino de todo romance, se não houver o desejo e esforço diário por “fazer dar certo”.

A ideia de blindagem da relação pode levar, inclusive, ao comodismo. A pessoa se acomoda, acha que o relacionamento está blindado e esquece que todos os dias há uma nova batalha a ser enfrentada para que a vida a dois funcione.

Como cristãos, também não podemos esquecer que o inimigo também luta todos os dias para destruir as famílias.

Por isso, o desafio é diário. Investimento constante. Não dá pra ter uma folguinha…

Quando se tem o parceiro, a parceira como prioridade… Quando se tem o viver bem a dois como objetivo maior, existe uma chance de dar certo. Cada um faz a sua parte. E Deus abençoa. Deus honra! E o relacionamento se torna uma bênção para a vida dos dois, dos filhos… E pessoas são abençoadas pelo testemunho de um casal feliz.

A batalha nossa de cada dia

A gente enfrenta, todos os dias, uma grande batalha. Uma batalha interna. Uma batalha que praticamente ninguém vê. Uma batalha silenciosa.

A gente enfrenta uma batalha entre a nossa natureza e a nova vida em Cristo.

Essa luta é angustiante… principalmente se você, de fato, deseja ser uma pessoa segundo o coração de Jesus.

Falo sobre isso neste vídeo.

Mais difícil do que dizer “não”, é a outra pessoa aceitar o “não” com naturalidade

Já notou isso?

Quando a gente diz “não”, a outra pessoa “torce o nariz”. E talvez, também por isso, temos tanta dificuldade para dizer “não”.

A gente fica com receio da reação da outra pessoa. Mesmo que a reação não seja verbalizada, a gente percebe que a outra pessoa não gostou muito.

Ela tinha a expectativa do nosso “sim”. Quando ouve o “não”, se fecha.

Porém, dizer “não” é necessário é necessário. Muitas vezes, nos encontramos em situações em que dizer “não” é não só necessário, mas vital para nossa saúde mental, nosso tempo e nossos limites pessoais.

Por exemplo, alguns dias da semana, eu trabalho até mais do que 12 horas por dia. Então o tempo que estou em casa é precioso. Mas como explicar isso para alguém que me convida para apresentar um evento?

Na cabeça da pessoa, é só ir lá e falar… Não me custa nada.

Por isso, cada “não” que eu digo me causa sofrimento emocional.

Não sei como funciona pra você… Porém, pelos recadinhos que recebo no Instagram, noto que muita gente também sofre para dizer “não”. E o desafio não termina ao verbalizarmos nossa negativa. A verdadeira prova vem quando esperamos que o outro lado aceite nossa decisão com respeito e compreensão.

Sabe… Dizer “não” é um ato de coragem. É escolher respeitar-se em vez de se tornar refém das expectativas alheias… É honrar a si mesmo acima da necessidade de agradar aos outros.

E quando esse “não” é recebido com naturalidade pela outra pessoa, ocorre uma troca ainda mais profunda. Há um reconhecimento mútuo de limites e um respeito pela individualidade do outro. Isso não apenas fortalece relações, como também promove um ambiente de empatia e compreensão.

A dificuldade de dizer “não” e ser aceito reflete muito sobre a cultura e as expectativas sociais que nos cercam.

Vivemos em uma sociedade que frequentemente valoriza a disponibilidade e que toma como referência as imagens que possuímos da outra pessoa.

Sim, porque quando a gente pede algo para alguém, a gente também alimenta a ideia que a outra pessoa pode nos atender. Ou tem disponibilidade para atender.

Dizer “não” é muitas vezes interpretado como falta de interesse ou cooperação.

No entanto, aprender a dizer “não” – e receber um “não” – com graça, é uma habilidade crucial para o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e para a manutenção do bem-estar pessoal.

Costumo dizer que quem é capaz de ouvir um “não” e faz isso com naturalidade, sem deixar que isto afete a amizade ou mesmo impeça outros pedidos futuros, é gente com maturidade, é gente que, de fato, tem respeito pela outra pessoa.

Portanto, da próxima vez que você se encontrar na posição de dizer ou receber um “não”, lembre-se do valor que isso carrega.

Respeitar os próprios limites e os limites dos outros é a base para interações significativas, autênticas e saudáveis.

Quando definimos o que podemos fazer e o que não podemos, estamos não apenas protegendo nosso espaço emocional e físico, mas também nos respeitando…

Os limites não são barreiras para manter as pessoas afastadas, mas sim pontes que nos conectam de maneira mais autêntica e significativa, permitindo interações que respeitam a individualidade e a liberdade de cada um.

Dizer “não” não é uma rejeição; dizer “não” é uma afirmação de si mesmo e das próprias necessidades.

E ser capaz de aceitar um “não” com naturalidade é um ato de compreensão e respeito, essencial para construir relações genuínas e duradouras.

Enfrentar o “não” pode nos ajudar a enxergar a outra pessoa em suas necessidades. Por isso, ao receber um “não” não julgue. Exerça empatia e não se feche para essa pessoa. O “não” dela não significa que te rejeitou.

Como falar com seu filho adolescente para que ele te escute?

Falar é fácil, né? Difícil mesmo é falar de uma maneira que o filho escute. Conversar com nossos filhos deveria ser algo fácil, mas não é. Na verdade, a gente tem dificuldade para dialogar – não importa com quem. Qualquer conversa que demanda um pouco mais de atenção, que trata de algo mais complexo, é um processo sofrido pra muita gente.

E não é diferente com os filhos.

Prefere ouvir? Dê o play!

Muitas vezes, os pais se sentem frustrados, ignorados ou desafiados pelos seus filhos, que parecem viver em um mundo à parte. Mas, entenda: é possível estabelecer uma relação de confiança, respeito e diálogo com os adolescentes, seguindo algumas dicas simples.

Pegue as dicas:

Seja breve e direto. Os adolescentes não têm paciência para ouvir longos discursos ou sermões. Por isso, tente transmitir a sua mensagem de forma clara e objetiva, usando frases curtas e simples. Evite repetir as mesmas coisas ou dar muitas explicações.

Às vezes, a gente parece ter a impressão que, para que o outro entenda, é necessário repetir 20 vezes a mesma coisa. Isso cansa e o filho/a bloqueia a informação. Na prática, ele não escuta o que você falou.

Dê espaço para que o seu filho também se expresse e faça perguntas. Diálogo é isso: um fala, o outro escuta… Depois, quem escutou também fala, se expressa, questiona…

Mostre interesse e empatia. Os adolescentes precisam se sentir compreendidos e valorizados pelos seus pais. Por isso, demonstre que você se importa com o que ele pensa, sente e faz.

Escute com atenção, sem interromper ou julgar. Reconheça os seus pontos de vista, mesmo que não concorde com eles. Tente se colocar no lugar dele e entender o que ele está vivendo.

Escolha o momento certo. Não se trata de se tornar refém do seu filho. Trata-se de ter bom senso. Seu filho é uma pessoa, um ser humano – como você. Quando você está cansado, irritado ou teve um dia complicado, como você se sente? Tem disposição de ter uma conversa mais difícil?

Então, entenda isso… Procure um momento em que ele esteja mais relaxado, receptivo e disposto a dialogar. Pode ser durante uma refeição, um passeio, uma atividade em família… Enfim, escolha um momento mais calmo. E que você também esteja bem, com paciência inclusive para ser questionado/a. Evite abordar assuntos delicados ou polêmicos quando ele estiver com os amigos, na frente da TV ou do celular.

Use o humor e a criatividade. Os adolescentes gostam de se divertir e de se surpreender. Por isso, use o humor e a criatividade para tornar as conversas mais leves e interessantes.

Seja positivo e elogie. Os adolescentes precisam de incentivo e reconhecimento dos seus pais. Por isso, seja positivo e elogie os seus esforços, os seus progressos e as suas conquistas.

Demonstre que você valoriza seu filho. Evite criticar, comparar, culpar ou rotular o seu filho. E quando falo de comparação, isso é forte, viu? Toda comparação é desastrosa. Não use o irmão, a irmã… o amigo/a de seu filho como referência.

Estabeleça limites e regras. Ser legal com seu filho, não significa abrir mão da autoridade. Pais são pais, não são amiguinhos.

Os adolescentes precisam de orientação e disciplina dos seus pais. Por isso, estabeleça limites e regras claras, coerentes e consistentes para o seu filho.

Explique o porquê das suas exigências e as consequências de não cumpri-las. Seja firme, mas flexível. Negocie quando for possível e mantenha a sua palavra. Aplique as sanções com justiça e proporcionalidade.

Expresse o seu amor e o seu apoio. Os adolescentes, acima de tudo, precisam de amor e apoio dos seus pais.

Por isso, expresse o seu amor e o seu apoio de forma verbal e não verbal. Diga que você o ama, que se orgulha dele, que confia nele, que está ao seu lado. Abrace, beije, acaricie, sorria, olhe nos olhos. Mostre que você é o seu maior aliado e que pode contar com você para o que precisar.

Por fim, uma última dica: não se coloque como pessoa perfeita e que não erra. Seu filho sabe que você está mentindo e te conhece melhor do que você pensa. Mostre suas vulnerabilidades, reconheça seus defeitos… Desarme-se antes de conversar com seu filho. Seja verdadeiro sobre quem você é.