Vencendo a preguiça: como transformar procrastinação em ação

Você já se viu adiando aquela corrida matinal porque a cama estava muito gostosa?

Ou talvez você foi adiando, adiando aquele projeto importante até o momento em que o prazo se tornou inevitavelmente apertado?

Esses são exemplos claros de como a procrastinação se infiltra em nossas vidas, muitas vezes sem percebermos.

A gente tem mania de adiar tarefas.

Bate uma preguiça danada… Parece que todo cansaço do mundo recai sobre nós. E tudo que desejamos é evitar aquela tarefa necessária, o projeto que nos desafia, aquela ação que nos tira da zona de conforto.

Este tipo de preguiça não é apenas uma falta de vontade de fazer as coisas; é uma resposta emocional e física que nos diz algo importante sobre nossas necessidades e limites.

Por isso, toda vez que a gente sente essa preguicinha, vale a pena se questionar: o que está acontecendo comigo?

Muitas vezes, não é que não queremos fazer algo, mas sim que estamos sobrecarregados, estressados ou até mesmo desinteressados pelas tarefas que temos à frente.

Pesquisas na área de psicologia comportamental sugerem que essa sensação de preguiça (que não tem a ver com a preguiça do preguiçoso)… Essa sensação pode ser uma forma de nos protegermos contra o esgotamento ou a frustração.

Procrastinamos para evitar emoções negativas associadas a uma tarefa, optando por um alívio temporário, mas a longo prazo, isso pode levar a um ciclo de estresse, culpa e até mesmo depressão.

O problema é que ela também pode se tornar um ciclo vicioso; a falta de ação leva a mais preguiça e, consequentemente, a mais procrastinação. É como se estivéssemos em um carro com o motor ligado, mas sem engatar a primeira. Ou seja, a gente não sai do lugar.

Vamos pensar em como isso se manifesta na vida cotidiana. Talvez seja a simples tarefa de organizar seu guarda-roupas ou espaço de trabalho, mas o trabalho parece tedioso, chato, pouco gratificante.

Todos nós temos esses momentos em que a preguiça nos impede de avançar.

A chave para superar essa barreira está em reconhecer e aceitar como estamos nos sentindo – sem julgamento.

Isso não significa se render e tampouco adotar uma atitude de coitadinho. Mas significa entender que essa “preguiça” é sinal de que precisamos ajustar nossa abordagem ou mentalidade.

Uma estratégia é começar com algo pequeno, uma tarefa que você sabe que pode concluir facilmente. Isso pode ajudar a construir um ímpeto – quando a gente finaliza uma tarefa, a gente tem uma sensação boa, de realização, de vitória… E isso produz uma espécie de efeito dominó, que torna mais fácil enfrentar tarefas maiores.

Outra dica: procure focar nos benefícios a longo prazo. Visualize como você vai se sentir depois de completar a tarefa e lembre-se de que o esforço temporário vale a recompensa duradoura.

Além disso, criar um ambiente propício, livre de distrações, pode ajudar a minimizar a preguiça e facilitar o início das tarefas.

Por fim, é essencial cultivar a autocompaixão e reconhecer que todos nós temos dias difíceis, dias em que nos faltará disposição.

Nesses momentos, permita-se descansar ou faça uma pausa para relaxar (mas use esse tempo para descansar, de fato – inclusive longe das telas, do celular, da TV… a mente precisa desse repouso)…

Porém, dê este tempo para você, mas defina um momento específico para retomar a tarefa. Tratar-se com gentileza e entender suas próprias limitações pode transformar a maneira como você lida com a preguiça e a procrastinação.