Cinco erros no relacionamento pais e filho que prejudicam o casamento

A chegada de um filho/a muda o casamento, mas os efeitos da mudança dependem de como o casal vai reagir ao nascimento dessa criança.

Vamos falar sobre isso?

Quando formamos uma família, precisamos aprendemos a equilibrar. E esta palavrinha deve nos fazer lembrar o que ela significa de fato.

Se você tem uma pilha de pratos nas mãos – dez, doze pratos – e mais alguns copos sobre os pratos, e você caminha da mesa até a pia com esses pratos e copos… No caminho entre a mesa e pia, ainda transita um cachorrinho, existem alguns móveis e alguém derrubou suco no chão…

O que você precisa para não causar um acidente e quebrar tudo?

Você precisa de equilíbrio. E só vai ter equilíbrio se você estiver bastante concentrado/a na tarefa que você está executando.

Concorda?

Pois é… É isso o que significa “equilíbrio” quando falamos do relacionamento entre homem e mulher e a chegada de uma criança.

É preciso equilibrar. E ter muita atenção na jornada. Do contrário, vai quebrar.

Entre nós e nossos filhos, existem fronteiras invisíveis que precisam ser estabelecidas. Se forem bem estabelecidas, podem ser a salvação de um casamento.

É inegável que os filhos trazem uma luz única ao lar, mas essa mesma luz pode ofuscar se não soubermos estabelecer limites claros.

Sem essas fronteiras, os filhos podem, sem querer, colocar em risco o vínculo que mantém um casal unido.

Quando uma criança chega à família, o dinamismo do casamento se transforma.

Subitamente, o universo gira em torno desse novo membro que demanda amor, cuidado e atenção constante.

Embora isso seja natural, é crucial que a atenção dedicada ao bebê não esvazie o reservatório de carinho e conexão do casal. O segredo está em reconhecer e se adaptar a essa mudança rapidamente, balanceando os papeis de pais e parceiros.

Hoje, listei algumas coisas que podem acontecer e, se acontecerem, vão prejudicar o relacionamento.

Primeira, priorizar os filhos acima de tudo: Quando cada momento do dia é dedicado exclusivamente aos filhos, sobra pouco para nós e para nosso parceiro. É fundamental aprender a distribuir nosso tempo e energia, cuidando tanto dos filhos quanto da relação.

E, detalhe, filhos cansam. Então, se dedicar toda energia a sua criança, vai ficar sem fôlego pro casamento.

Segundo ponto, permitir que os filhos dominem o lar: Ceder constantemente aos desejos dos filhos e evitar corrigir comportamentos prejudiciais podem criar um ambiente onde falta respeito e sobra caos.

Terceiro, manipulação infantil: Crianças são maravilhosas, mas nascem egoístas. É natural que tudo se resuma ao mundinho delas. Por isso, os pais serão testados.

E como são observadoras natas, podem aproveitar as incoerências no processo de educação para conseguir o que querem. É crucial que os pais se apresentem como uma frente unida, mostrando que são autoridades, não apenas amigos.

Quarto, viver pelos sucessos dos filhos – este é outro erro que muitos pais cometem. É natural sentir orgulho pelos feitos dos filhos.

Mas também é saudável lembrar que somos mais do que pais. Temos nossas próprias vidas, sonhos e necessidades que merecem atenção e cuidado.

Um dia os filhos se vão. E o que vai sobrar de nós?

Quinto erro: conversas giram apenas em torno dos filhos.

Os pais devem falar sobre os filhos – até para discutir como educá-los. Mas os filhos não devem ser o único assunto de conversa. Diversificar os temas enriquece a relação, inclusive sobre vocês, mantém o vínculo do casal forte e interessante.

Pegou a ideia?

Os filhos são uma parte vital de nossas vidas, mas o relacionamento com nosso parceiro/a é o alicerce sobre o qual construímos nossa família.

Cuidar desse alicerce é garantir que, no futuro, teremos não apenas filhos bem ajustados, mas também um casamento pleno e feliz.