Hábitos de vida protegem o cérebro, mesmo quando já existem sinais de demência

O jornal O Estado de São Paulo publicou o resultado de alguns estudos que revelam algo precioso: hábitos de vida, simples, preservam o cérebro e podem auxiliar até mesmo pessoas já diagnosticadas com demência.

Gente, na busca por uma vida longa e saudável, a atenção se volta cada vez mais para a saúde do cérebro.

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É no cérebro que tudo acontece. Quando perdemos algumas funções do cérebro – como a memória, por exemplo – perdemos a nossa identidade. É como se deixássemos de existir.

Mas como proteger o cérebro?

Pesquisas recentes trazem boas notícias, sugerindo que determinados hábitos de vida podem ser a chave para manter a saúde cerebral, até mesmo quando já existem sinais de demência.

A demência, uma condição que afeta milhões de pessoas, não tem cura conhecida até o momento. No entanto, um estilo de vida saudável oferece esperança para muita gente.

Um estudo destacado na JAMA Neurology revelou que idosos com um estilo de vida saudável mantêm uma função cognitiva superior, mesmo quando existem sinais físicos de demência.

Os pesquisadores utilizaram dados do Rush Memory and Aging Project, um estudo de longo prazo que analisou os estilos de vida e a saúde dos pacientes e avaliou dados de autópsias de 1997 a 2022.

Os cientistas examinaram informações demográficas, de estilo de vida e pós-morte de 586 pacientes, incluindo detalhes sobre dietas, funcionamento cognitivo antes da morte e fatores de estilo de vida, como consumo de álcool e prática de atividade física.

E sabe o que os cientistas descobriram?

O estilo de vida foi o fator comum entre todos aqueles que viveram melhor e tiveram melhor saúde do cérebro.

Entre todos os pacientes, as maiores pontuações de estilo de vida saudável foram observadas nos seguintes pontos: alimentação, estímulo do cérebro, atividade física, abandono do tabagismo e redução do consumo de álcool.

Esse resultado sugere que é possível fortalecer a “reserva cognitiva” para enfrentar as adversidades cerebrais.

Então grave aí quais são os cinco pilares da saúde cerebral:

Nutrição – A alimentação exerce um papel crucial na saúde cerebral. Dietas ricas em frutas, vegetais, peixes e nozes, com baixo consumo de álcool, contribuem para diminuir a inflamação e o estresse oxidativo, elementos associados ao desenvolvimento de demência.

Exercício – Estudos da Universidade de Washington complementam essa visão, associando a prática regular de atividade física a um aumento no volume cerebral, particularmente em áreas ligadas à memória e ao aprendizado, como o hipocampo.

Abandono do tabagismo – O tabagismo, por sua vez, é um dos maiores inimigos da saúde cerebral. Abandonar o cigarro pode retardar ou até mesmo prevenir o desenvolvimento de condições neurodegenerativas.

Desafios Mentais – Engajar-se em atividades que desafiam o cérebro, como aprender uma nova língua, jogar xadrez ou resolver quebra-cabeças, também é vital. Estas práticas estimulam a neuroplasticidade, fortalecendo a reserva cognitiva.

O papel do sono – Um bom descanso noturno é essencial para a saúde do cérebro. Durante o sono, o cérebro remove toxinas e consolida memórias, processos cruciais para a manutenção da saúde cognitiva.

Ei, escuta o Ronaldo: incorporar esses hábitos no cotidiano pode parecer desafiador, mas mesmo pequenas mudanças podem ter um impacto significativo.

Optar por uma alimentação mais saudável, dedicar-se a atividades físicas e mentais, eliminar o tabagismo, cuidar do sono são passos acessíveis a todos.

Pegou a ideia?

A mensagem é clara: adotar um estilo de vida saudável não é apenas benéfico para o corpo de modo geral, mas é essencial para proteger o cérebro, inclusive quando há sinais de demência.

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