A mídia e a receita do canibal

Sou jornalista e amo minha profissão, mas tem coisas que não são admissíveis. Por exemplo, como é que alguém permite a divulgação de uma entrevista, em rede de televisão, daquele canibal alemão? Pior: além de ser ouvido, o camarada deu uma receita de um filé de carne humana. Sinceramente, me dá nojo…

Em todo lugar do mundo, existem jornalistas que pensam que a atividade se justifica pelo espetáculo. Esses “profissionais” acreditam que tudo é notícia; ignoram o estímulo social que podem provocar. Será que ninguém será estimulada a experimentar a “receita” desse canibal?

Salário de secretários e vereadores

Li há pouco essa nota no blog do Rigon:

A vereadora licenciada e secretária de Esportes e Lazer de Maringá, Edith Dias de Carvalho (PP), em entrevista a Herculano Ferreira, na Atalaia, disse que vereadores deveriam ter a experiência de serem secretários, e vice-versa. Confessou que secretário municipal trabalha mais que vereador, embora ganhe menos.

Cá com meus botões, penso que a declaração da vereadora Edith Dias tem outra intenção: preparar o “terreno” para a votação do aumento dos salários dos secretários municipais. Pouca gente tem se dado conta que resta pouco tempo para isso. A administração acaba no ano que vem. Portanto, os salários de secretários e vereadores da próxima gestão precisam ser votados até o fim de 2008. Como o assunto sempre causa bastante polêmica e resistência junto à comunidade, nada melhor do que ir “plantando” na cabeça das pessoas que esses servidores merecem um salário maior.

Pirataria…

Locadoras de Maringá se mobilizam para combater a pirataria. Amanhã, representantes do setor estarão reunidos nessa quinta-feira, às 9h, na ACIM. Segundo o empresário Genilson Camargo, a preocupação dos donos de locadoras é que se repita em Maringá o que ocorreu em Londrina. Naquela cidade, quase 100 locadoras fecharam as portas em função da expressiva presença de camelôs, que vendem livremente DVDs piratas.

Contorno Sul: é só problema

O repórter Everton Barbosa fez uma matéria sobre os problemas enfrentados pelos motoristas que trafegam pelo contorno sul, em Maringá. A situação é mesmo muito complicada. Ultimamente, tenho evitado aquele trecho. A impressão que tenho é que o termo que melhor caracteriza a situação daquela via é “abandono”. Existem muitos buracos, falta sinalização e, pior, num determinado trecho, por causa da deterioração da pista, a prefeitura interditou-a – ou seja, anulou uma das vias (a pista deixou de ser dupla).

Na reportagem, o diretor da Secretaria de Serviços Públicos, Vagner Múcio, diz que a prefeitura tem feito operações tapa-buraco. Mas ele reconheceu que elas não são suficientes. Falou, inclusive, que a administração municipal tem um orçamento de quanto custaria para resolver definitivamente o problema: R$ 6 milhões. Contudo, não soube dizer quando isso vai se concretizar, já que Maringá carece de financiamento estadual ou federal para a obra.

O Bosque das Grevíleas

O companheiro e jornalista Marcelo Bulgarelli comentou o post “Prefeitura pode trocar o Bosque das Grevíleas”. Ele escreveu aquilo que todos nós sempre suspeitamos quando ouvimos determinados argumentos de gente ligada ao poder público…

Pelo que já fiz de matérias sobre o Bosque das Grevíleas, posso dizer que os raios derrubam as árvores com uma certa freqüência. Alguns troncos do bosque serviram como matéria prima para o playground de madeira existente no Parque do Ingá. E tem mais: essa é a terceira administração que fala sobre o mesmo assunto:
1) Que os raios caem sobre as árvores;
2) Que o nome do bosque pode ser mudado.
E outra que eles devem repetir:
Grevílea é árvore exótica, portanto, pode ser derrubada.